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Diário das Sessões do Senado

quinze anos, oito deviam ser de serviço na arnada.

Pregunto:

.i este um assunto que 86 torna indispensável resolver com urgência.

Vou ainda referir-me a outro assunto de que particularmente já informei o Sr., Ministro da Marinha.

E o que diz respeito à necessidade de se criar um aquartelamento para as praças reformadas da armada. Há no exército lugares para onde podem ir viver praças que não têm família, nem casa sua.

Na armada não existe isso, lutando as praças em tal situação com rnuiías dificuldades, pois não podem vivery como é sabido, só com os ordenados que o Estado lhes paga.

Indispensável é, pois, que haja um quartel onde as praças reformadas da armada possam viver, o que aliás não é novidade nenhuma, pois que até 1907 existia esse quartel, tendo sido o Ministro Aires de Orneias quem acabou com ele.

Já me referi aqui também à inconveniência que existe na interinidade da pasta da Marinha, não por ser civil o Sr. José Domingues dos Santos, pois já A'árias vezes têm estado civis nessa pasta, mas porque, sendo S. Ex.a o Presidente do Ministério e Ministro do Interior, não pode dar a devida atenção aos assuntos que correm pela pasta da Marinha.

Tenho muita consideração pelas pessoas que estão à frente dos vários serviços do Ministério da Marinha; m^s a verdade é que esses serviços estão-se ressentindo da falta de um Ministro a valer, que dedique toda a sua atenção aos assuntos que dizem respeito à pasta da Marinha.

E preciso acabar com esta situação o mais rapidamente possível.

Tenho dito.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino, da Marinha (José Domingues dos Santos): — Sr. Presidente : principio por onde terminou o Sr. Procópio de Freitas.

Sinto a necessidade de preencher a pasta da Marinha e rapidamente. O trabalho que essa pasta me dá, junto às outras ocupações, é demasiado.

Tenho procurado, todavia, dar a maior assistência possível aos serviços

nha, e posso afirmar que tenho os vários assuntos quási todos em dia, como se efectivo fosse. Entretanto, desejo preencher essa pasta e creio que o íarei em pouco tempo.

No que respeita a outros assuntos, o facto de ter deminuído a percentagem de navegantes em relação à necessidade de médicos militares, trouxe como natural corolário a deniinuição na precisão de enfermeiros.

E possível, porém, que seja deminuto o número de enfermeiros em relação às necessidades de momento. Em tal sentido tenho já recebido várias reclamações; creio, porém, que poderei resolver esta questão no sentido indicado pelo ilustre Senador.

O aquartelamento para os marinheiros reformados é assunto de há muito tempo.

V^mos ver se dentro do novo Orçamento é possível conseguir a verba indispensável para que se realize essa justa aspiração da arruada.

O outro ponto a que se referiu o Sr, Procópio de Freitas, equiparação de marinheiros reformados, está entregue ao estudo das estações competentes, porque, pelo respeito que a mim devo, tenho obrigação de ouvir essas pessoas.

Logo que o Sr. director geral me entregue a sua informação devidamente documentada, não demorarei, nem um só dia, a resolução do assunto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas (para explicações):— Sr. Presidente: ouvi com toda a atenção as explicações dadas pelo Sr. Ministro da Marinha, que me agradaram por saber que ern breve vai ser preenchida a pasta da Marinha.

O pior ó que já várias vezes S. Ex.a tem dito que vai preencher brevemente essa pasta, mas a promessa não se tem realizado. Oxalá que agora não suceda o mesmo.

Disse S. Ex.s que o facto de deminuir o número de emigrantes para ser obrigatório o embarque de módico aumentava a assistência.