O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 23 de Janeiro de 1925

diz que eles não tinham qualidades directivas.

Ora isto contrasta absolutamente com o sistema seguido por todos os nossos homens de valor, especialmente um, o Sr. Dr. António José de Almeida, que quando esteve no Brasil fez a apologia da raça portuguesa e das suas qualidades históricas.

Não compreendo que um homem que ocapa uma cadeira ministerial vá, numa conferência pública, depreciar o valor da sua raça.

Apoiados.

Isto é deprimente.

Apoiados.

O Sr. Roberto Baptista (interrompeu' do): — É deprimente para todos nós.

O Orador : — É realmente deprimente que se vá dizer numa conferência.pública cousas desagradáveis sobre o carácter étnico do nosso povo.

Não se compreende que um homem público, com as responsabilidades do Poder, teme por tema da sua conferência um assunto, que nos desprestigia perante nacionais e estrangeiros.

Apoiados. .

Foi profundamente contristado, Sr. Presidente, que li o relato da conferência, e se porventura deixo de ler à Câmara algumas das passagens, que mais me chocaram é porque não quero maçar a assemblea.

Não apoiados.

Vozes : — É bom ler.

O orador leu algumas passagens.

O Orador: — Não ocomprenndo que o Sr.- Ezequiel de Campos fosse fazer considerações desta natureza perante uma assemblea de pessoas menos cultivadas, e que não estão conformes com a verdade dos factos.

Não pofso admitir que um-Jioniem como S. Ex.a na pasta da Agricultura mostre andar pelas regiões etéreas.

Era isto que desejava dizer à Câmara, rèferindo-me ao artigo verdadeiramente infantil do Diário de Lisboa, e à confe-rêneia verdadeiramente inconveniente feita por S. Ex.a

O Sr. Presidente: — Já passou o quarto de hora.

O Orador: — Fico, pois, por aquL O orador não reviu.

O Sr. Oriol Pena: — Sr. Presidentes desejo fazer a V. Ex.a uma ligeira pre-gunta e em seguida pedir um modesto favor.

Desejava que V. Ex.a me dissesse se & publicação do Diário desta casa está suspensa, e se foi substituída unicamente por. um boletim, cuja utilidade não nego.

De facto falta-nos mais de um ano de-relatos do que se passou aqui, e muito-poucos números foram publicados depois-de se ter interrompido e fechado a sessão* anterior.

Também esta já vai em atraso notável em vista da resolução adoptada de se pedir uma grande presteza nas nossas revisões do serviço taciuigráfico, e de se ter exigido um trabalho exaustivo aos Srs» taquígrafos.

Estamos hoje já a mais de 20 e está publicado um último número com mais der um mês de atraso.

Protesto, mais uma voz, contra tal facto porque, quando queremos verificar qualquer assunto das sessões anteriores, não-temos meios para o fazer, tendo-se, do hái muito, entregado as notas taquigráficas,. não havendo outra fornia de verificação-

Isto pode ter consequências sérias e-' trazer graves inconvenientes.

Peço a V. Ex.a o favor de fazer lembrar aos funcionários a quem isto diz respeito, e julgo serem os da Imprensa Nacional, estes inconvenientes, recomendando-lhes um pouco de mais actividade nesse-trabalho de impressão, para não vermos-acabar o quadriénio de sessões parlamentares sem estar feita essa publicação.

Feito isto tenho a pedir a V. Ex.a o far-vor de dar as suas ordens para, à Repartição do Protocolo da Presidência da República, serem indicadas as moradas da& pessoas com lugares nesta sala.

Hoje foi-me entregue, nesta casa, um sobrescrito fechado da Presidência da Re.-pública. Uma vez aberto verifiquei trazer um convite para a festa que se deu no> dia 17. Tem no endereço Rua do Olival,. 53 e uma nota a lápis dizendo: «Não há».