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Sessão de 3 de Março de Í925

sentimento .proposto pelo Sr. Domingos Frias.

O Sr. Querubim Guimarães: — Também, em nome deste lado da Gamara, me associo ao voto -de sentimento proposto.

O Sr. Roberto Baptista: — Associo-me, em meu nome pessoal, à proposta dó nosso ilustre colega Sr. Domingos Frias.

O goneral Machado foi um distintíssimo colonial, que bem merece, pelos serviços que prestou à nossa Pátria, o nosso reconhecimento.

Tive ocasião de servir sob as ordens do falecido na província de Moçambique na ocasião em que S. Es.a desempenhava o alto cargo de governador geral, numa situação particularmente difícil.

Todos os qúé estavam naquela província reconheceram o alto" valor e mexcedí-vel patriotismo do general Sr. Machado.

]STão posso, por isso, deixar de me associar h homenagem prestada pelo Senado.

O Sr. Presidente: — Considero aprovado por unanimidade o voto de sentimento proposto pelo Sr. Domingos Frias.

O Sr. Costa Júnior:—Mando para a Mesa um projecto de lei que é. assinado também pelo Sr. Silva Barreto.

O Sr. Querubim Guimarães:— Numa das -sessões a que assisti, mandei para a Mesa um requerimento em que pedia que me fosse facultado o exame do processo de sindicância ao Sr. Veiga Simões ou que me fosse fornecida uma cópia do relatório do sindicante. • •.

Vejo no,s jornais que esse processo foi arquivado.

Trata-se nem mais nem monos do bom nomo de Portugal, porque o Sr. Veiga Simões foi nosso representante num País estrangeiro, e, ao mesmo tempo, da honra de um homem.

E necessário, portanto, que dessa sindicância alguma publicação seja feita no Diário do Governo.

Desejava que V. Ex.a me informasse se já foi concedido o que pedi, e qualquer que seja a resposta, desde já-declaro que não desistirei de tratar do assunto com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Sr. Presidente: — O pedido já foi feito, mas, por emquanto, não veio resposta alguma. Instar-se há pela resposta.

Q Sr. Presidente do Ministério (Vitorino Guimarães):—Sr. Presidente: antes de iniciar a leitura da declaração ministerial cumpre-me declarar que o Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos se não encontra presente .por. ter de . assistir,, na Câmara dos Deputados, como representante do Governo, à comemora.cão.que-ali se está fazendo pelo falecimento do ilustre parlamentar Sr. Serafim de Barros.

Leu,, seguidamente, a seguinte declaração ministerial:' '• :; ...

«Sr. Presidente: o Governo que tenho a honra de apresentar ao .Congresso da Eepública foi constituí do em circunstâncias que de todos são conhecidas.

Em conformidade com as velhas aspirações do tempo da propaganda republicana, estava:-se realizando uma obra económica e financeira que havia merecido a .vossa aprovação e encontrado profundo eco no sentimento nacional.

O Governo, ao assumir o Poder, encara, com serenidade a situação que encontrou criada, e, certo de que assim bem merecerá da Pátria e da República, vai procurar construir o futuro, do modo que o trabalho de todos se possa desenvolver dentro dos princípios da Ordem e do Progresso.

O problema português reveste hoje carácter grave no seu aspecto social e moral.

De ordem social, porque nesta se reflectiram os males que as finanças e a economia públicas e particulares do tempo da, guerra, e do período de .incerteza que; se lhe seguiu, naturalmente gelaram. :' • • • ''••'••

De ordem moral,' porque á situação assim criada veio encontrar .uma sociedade ainda insuficientemente apetrechada pela educação e pela instrução, .tornando desta forma possíveis -desvarios;que, em qualquer sentido que se dêem, conduzirão sempre o povo à miséria e à. inferioridade perante os. outros-povos. .