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Itiát N das Sessões do Senado

tudo isto como se fosse um film cinematográfico, fiiin vergouhnso para a dignidade do país, e prejudicial pura os iuturêssos dos outros.

Pois, íSr. Presidente, estimaria saber se os factos coutiriiúim a noticia quo vem num jornal da responsabilidade do Diário de Noticias.

Uomo disse no oulro dia o Sr. Ministro do Comércio, estão onze barcos por pagar.

k Então não há maneira de se exigir o cumprimento das obrigações aos arrematantes ?

Mas há mais, Sr. Presidente.

Isto agora interessa sobretudo ao caso do vapor Porto, acerca do qual o Sr. Ministro do Comércio, interrogado, no outro dia, disse que se ia informar para poder explicar à Câmara o que havia acerca desse decrépito barco, que se arrastou até ao Brasil, levando iio seu s^io o Chefe da Nação e conseguindo ao fim de largos trabalhos chegar a porto de salvamento.

Pois esse Porto ê o mesmo Porto que aparece agora com o pavilhão estrangeiro, trocado por um pretenso barco chamado Sevdha, e que não sei se porventura terá a tonelagem que esta lei determina.

£ Como é que tudo isso se fez, e COEIO é que esse Porto deixou de ser uma cousa insignificante, para ser uma cousa que merece a atenção duma companhia italiana ?

£ Como é que passou à posse de estrangeiros um barco dos Transportes Marítimos, quando a lei proíbe que qualquer desses barcos vá para a .posse de estrangeiros ?

,; Como é que o detentor do navio Pôr-to, negociou a troca dessebarco.com uma entidade estrangeira, sem autorização do Governo, tomada em Conselho de Ministros?

Com certeza que o Conselho, que b aviia de ter reunido para tratar deste assunto, deixoa no respectivo Ministério qualquer informação de forma ao Sr. Ministro do Comércio poder dizer à Câmara o que há sobre este caso.

Mas mesmo, Sr. Presidente, esta disposição, que ó especial, tem de se subordinar às disposições de ordem geral que es-tão contidas nos dois artigos primeiros, que acentuam que os barcos jamais poderão passar à posse de estrangeiros.

Ainda no artigo 5.° desta lei. s;j diz que os barcos nunca serão eniivgues, s<_-m com='com' que='que' no='no' dos='dos' do='do' prazo='prazo' por='por' mesmos='mesmos' nessa='nessa' pagando='pagando' dias='dias' assegurado='assegurado' _20='_20' legal.='legal.' a='a' dentro='dentro' e='e' cento='cento' ou='ou' integralmente='integralmente' prestações='prestações' rosto='rosto' declararem='declararem' pagos='pagos' o='o' p='p' ficando='ficando' pag..m='pag..m' hpo-tea='hpo-tea' altura='altura' sorem='sorem' trinta='trinta'>

Como é que esto barco Porto, foi parar às nulos de uma entidade (jue Urígwe.ia como e quando quis a troca por outro quo ainda nHo aparereu e que se diz esiar em viagem, dizendo as más línguas indígenas que é um barco pior do que o Porto?

S tumpo de. acabarem estas farças da fatúlicí, frota dos Transportes Marítimos do Estado, é tempo e mais que tempo.

Bem sei, Sr. Presidente, que toda essa ruinosa administração dos Transportes Marítimos do Estado, como a de tantas outras ruinosas administrações feitas em tantos capítulos do.Ksta-lo português, só tem servido dentro da administração republicana para nos dar, a nós monárquicos, o direito do dizer que a República não tem emenda, e que continua a ofender a própria dignidade nacional, apesar dos protestos que estamos continuamente a ía-zer, indignadamente, e a opinião pública.

i Pois apesar de tudo isto, da delapidação enorme que representa para o Estado essa vergonha dos Transportes Marítimos do Estado, vem agora esta liquidação que representa uma vergonha para nós, em que o Estado fica prpjudicadíssimo, onde não irá encontrar compensação, nem para os seus prejuízos materiais, nem jamais encontrará compensação possível para os terríveis prejuízos morais que sofreu nos constantes arrestos desses navios, no estrangeiro. Pois, Sr. Presidente, apesar de toda esta vergonha, não há sequer a sombra de uma punição.

jjCoino é que querem V. Ex.as que eu não tenha razão para criticar esta péssima .administração das cousas do Estado?

Há algumas cousas que estão acima da dignidade das pessoas e dos partidos, é a dignidade das nações, que está ainda acima da própria dignidade do regime.