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Diário ãas Sessões do Senado

lheita e, correlativamente, par.-ilisíicào da indústria das conservas uctipando eórea de 1ÍU:OUO operários segundo iuíormaçòus de lá vindas, com eco ]á na impreLsa.'

Chamo a atenção de V. Ex.'1, da Câmara e do Governo, pedindo a atenção do Sr. Ministro das Finanças para este estado de cousas em Setúbal, onde 20:UUO operários sentem a escassez de trabalho estando já a câmara a fornecer-lhes ÍLÍIO-nos para evitar que algumas famílias, já a sentir a fome, em cond-içòes de \idu bum amargurada, se desesperem de todo.

Se, como disse —nào sei se o Sr. Ministro ouviu— o Governo nào pode dar remédio a causas depundendo só da Providência, outras há que podrm ser acauteladas, minoradas nos sous eíeitos e para elas peço a atenção do Sr. Ministro.

A indústria e o comércio lutam com dificuldades de desconto derivadas de mio serem facilitados os redescontos pel;> Banco de Portugal nem pela Caixe, Geial de Depósitos, 2ausaudo-lhes esse facto grandes dificuldades.

São, Sr. Ministro das Finanças, 20:000 operários numa situação difícil, escasseando-lhes, com o emprego do seu estorço, as receitas para poderem alimentar as suas famílias.

Escrevem dali pessoas alarmadas com esse estado de cousas, estranhando ale muitos não verem os seus ropresení;.ntos no Parlamento ocupar-se deste assunto.

Não podendo ser indiferente ao facto e às reclamações feitas, procuio chamar a atenção do Sr. Ministro e da Câmara para estes casos.

Ainda hoje conta A Época, por ter mandado ali um redactor fazer um inquérito, ter a câmara municipal já fornecido cerca de 700 boletins de subsi>tências para acudir a essa gente, aos mais necessitados.

Se o Governo não pode dar remédio a algumas cousas, outras há em que \:oà& intervir eficazmente, como, por exemplo, nas dificuldades de desconto, promovendo ou procurando, com uni bocadinho de boa Vontade, que o Banco de Portugal e a Caixa Geral de Depósitos remedeiem, no que puderem, e rapidamente acudam a essa situação.

i Não venho pedir ao Governo impossíveis !

Venho chamar a sua atenção para um

facto de alta gravidade, podendo trazer, num futuro mais ou menos próximo, eon-srqiic:Lctas muiro desagradáxris. A íbii.e é sempre má conselheira e não sei o que farão aqueles que téui iome e filhos a sustentar !

Nào me alargo em mais considerações por me parecer suficiente o que disse para o Governo ficar informado e se poder resolver a intervir e ajudar aqtieJa boa gente.

Sr. Presidente: aproveito a ocu^ião de estar 110 uso da palavra para la\rar aqui em público, no único sitio eni que tenho vo/:, o meu svntido e íiime pioiesto por se ter afixado numa rua das de maior cir-cul.-ição da cidade de Lisboa, o Chiado, no cartaz de um jornal, com restrita obrigai ao de o nào fazer, um boato cuja vulgarização podia ter sido de gravíssimas consequências.

Afixou-se ali a notícia íalsa, falsíssima para todos os que conheciam a pessoa visada e a não acreditaram, como a não acreditei quando à noite me loi referida, do rer-?e suicidado o Sr. general Sinel de Cordes l

Keveia o triste facto, além de enorme falta de critério, lalta de caridade e.de humanidade para a família o amigos da pessoa ludida. já em situação angustiosa por factos conhecidos.

Censurável em toda a parte é imperdoável no cartaz do jornal Novidades, jornal ao qual corria a obrigação de não pôr tal notícia em público, mesmo se verdadeira fosso.

E mais uma infamiazinha praticada por gente, pretensamente defensora dos altos interesses da igreja, da sua maior pureza, do maior respeito pelas suas doutrinas.

Fica lavrado o meu protesto.

Disse.

O Sr. Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães):—Sr. Presidente: em referência às observações que acabara de ser feitas a esta Câmara pelo Sr. Oriol Pena respeitantes à crise que atravessa no momento actual a indústria da cidade de Setúbal, tr-nho a dizer a S. Ex.a que tal assunto não tem passado indiferente ao Governo.