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Sessão de 23, 24 e 25 de Abril de 1926

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O Sr. Mendes dos Reis: —Pedi a palavra para, eni meu nome e no da Acção Eepublicana, me associar ao voto de sentimento, proposto pelo ilustre Senador Sr. Portugal Durão, pela morte do Sr. Couceiro da Costa, homem que desempenhou altíssimos cargos do administração pública, e republicano que em várias contingências soube demonstrar sempre o seu grande amor pelas instituições.

O Sr. Procópio de Freitas:—Pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento proposto pelo Sr. Alfredo Portugal.

O Sr. Dias de Andrade: — Pedi a palavra para igualmente mo associar ao voto de sentimento proposto pela morte do Sr. Couceiro da Costa.

O Sr. Tomás de Vilhena:—Pedi a palavra para em nome dos Senadores deste lado da Câmara me associar ao voto de sentimento proposto pelo nosso ilustre colega Sr. Alfredo Portugal.

O Sr. Vicente Ramos:—Pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento proposto pela morto do Couceiro da Costa.

O Sr. Constantino José dos Santos: — Pedi a palavra para na qualidade de Senador pela índia me associar ao voto de sentimento proposto pelo nosso ilustre colega Sr. Alfredo Portugal pela morte de Couceiro da Costa que foi governador geral da índia.

O Sr. Ministro dos Negócios E'trangei-ros (Pedro Martins): — Sr. Presidente: pedi a palavra para em meu nome pessoal o no do Governo me associar ao voto de sentimento proposto pelo ilustre Senador Sr. Alfredo Portugal.

O elogio de Couceiro da Costa já foi feito nesta Câmara em palavras de verdadeira eloquência pelo ilustre Senador leader da maioria.

Com efeito Couceiro da Costa afirmou--se SHinpre com elevação em todas as situações da sua vida. Por todas estas razões, bem mereceu da Pátria e da República.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação do Senado considero o voto do sentimento aprovado por unanimidade.

O Sr. Vitorino Guimarães : — Sr. Presidente: em obediência a um dever constitucional, venho como chefe do Governo expor a esta Câmara como se preparou, foi levado a efeito e se sufocou o movimento militar que por algumas horas teve em sobressalto a República e entristeceu profundamente a laboriosa c republicana população da cidade de Lisboa.

Não deve estranhar o Senado qno só hoje venha fazer esta comunicação a esta Câmara, porque, como fiz acompanhai-as declarações feitas na Câmara dos Deputados de uma proposta do lei para que ao Governo fossem dados os necessários meios que julgou indispensáveis para continuar a assegurar a tranquilidade pública e a ordem social, daí resultou quo não podia ser de forma alguma dispensada dali a minha comparência.

Só esta mzão se pode vir aduzir ao Senado como única explicação.

As duas Câmaras da República, nos seus direitos, consideração e respeito que todos lhe devemos, não se diferençam de modo algum. &

Depois, Sr. Presidente, da exposição por mim feita ria Câmara dos Deputados, da publicidade que aos. factos tem dado a imprensa e que são já do conhecimento de todos, não haveria necessidade de estar a descrever os acontecimentos com uma grande minúcia, tanto mais que minúcias não podem ainda neste momento ser completas, visto que ainda não estão feitas as investigações que nos hão-do trazer mais luz sobro a forma como os factos se desenvolveram ~e as causas se produziram.

A revolta que uma pequena fracção das forças do exército que constituíam a guarnição de Lisboa, embora tivesse uma característica militar, contava decerto, por parte dos seus promotores, de encontrar ura ambiente muito favorável o quo não sucedeu, pois a opinião pública só lhe manifestou contrária.