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ÍHário aos Setsões do Senado

os membros dó Senado têm de falar, se insurgissem contra S. Ex.as

Não obstante isso, V. Ex.a, Sr. Presidente, retirou-me a palavra.

Como me cumpria, acatei a atitude tomada por V. Ex.a para comigo, 3 calei-me.

O Sr. Júlio Ribeiro (interrompendo):— O Sr. Presidente não lhe retirou a palavra.

O Orador:—Eu insisti bem claramente: «Se V. Ex.* me retira a palavra, eu vejo-me obrigado -a terminar as minhas considerações».

De mais a mais, V. Ex.a bera viu, pela atitude que eu tomei, que não tinha desistido da palavra.

O Sr. Presidente: — Eu não disse que retirava a palavra a V. Ex.a

O Orador: — Eu estava dizendo que o Senado está trabalhando de uma maneira que entendo não pode continuar assim.

Há dias o Sr. Ministro das Colónias tinha-nos convencido que devíamos votar a proposta do financiamento de Angola.

O Sr. Ministro das Finanças a propósito do regime dos fósforos provou-nos à evidência a necessidade do votarmos uma proposta de lei tal como vinha da Câmara dos Deputados o nós votámo-la.

O Sr. Ministro do Comércio trouxe-nos ontem uma proposta abrindo um crédito de mil e tantos contos e nós votamo-la.

E, por último, o Sr. Ministro das Colónias conseguiu do Senado uma cousa quási sem precedente: marcarem-se duas sessões diferentes para o mesmo dia!

Isto representa a consideração extraordinária que nós temos por S. Ex.a e também o alto apreço pelo nome do Alto Comissário de Angola, Sr. Rego Chaves.

Pois, Sr. Presidente, abusa-se da condescendência do Senado, querendo obrigar-nos a transigências que nos deslustram.

E contra isto que eu protesto.

Apesar da nossa boa vontade, procnra-*se pôr imediatamente à discussão urna outra proposta de lei, que não é tarn urgente que não possa ser discutida em outro dia*

E por isso que em sinal de protesto rejeitarei a proposta na generalidade.

E, quando chegar â especialidade se V. Éx.e não marcar a sua discussão para outra ocasião, estou disposto á enviar várias em andas para a Mesa.

Tenho dito.

O Sr. Pereira Osório: — Sr. Presidente: pedi a palavra para responder às considerações do Sr. Mendes dos Eeis.

Isem a consideração com que S. Ex.a é aqui tratado, nem a correcção do Sr. Preside ate podem permitir que V. Ex.a pense que houve o intuito de o melindrar.

Foi com certeza um equívoco de V. Ex.a

O Sr. Ribeiro de Melo: —É para declarar em nome do Partido Radical que votamos a proposta em discussão, porque não temos desejo de que o Estado não pague as suas dívidas.

O Governo, uma vez que foi autorizado a fazer os funerais do cidadão que em vida se chamou Alves da Veiga, o chefe civil da revolução de 31 de Janeiro, e. portanto, precursor da República, deve estar habilitado a proceder de forma que os credores não possam fazer referências menos primorosas ao Estado e que se re-fiitam na memória daquele grande cidadão.

O Partido Republicano Radical, digo-o autorizado pelo meu ilustre leader Sr. Pro-cópio de Freitas, faz também os seus votos -para que de futuro estas propostas venham impressas e se dê o tempo suficiente acs Srs. Senadores para se estudar o assunto respectivo. • .

Assisti. Sr. Presidente, à sessão da Secção era que o assunto foi tratado e te-nio de reconhecer que foram então apresentados todos os elementos necessários para a proposta poder merecer os votos da mesma Secção.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Silva Barreto: — Sr. Presidente: as considerações feitas pelo Sr. Mendes dos Reis acerca do meu requerimento, não têm, quanto a mim, razão de ser.