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Sessão de 19 de Junho de 1925

O Sr. Serra e Moura (sobre o modo de •votar): — Sr. Presidente: pedi a palavra para mostrar à Câmara que estranho profundamente a proposta apresentada ,pelo Sr. Silva Barreto ...

O Sr. Presidente:—

O que eu .tenho agora a fazer é pôr simplesmente à votação o requerimento. Se ele for aprovado, discute-se; se íôr rejeitado, eu. nos termos de Éegimento, mando imprimir o parecer.

O Orador:—Então, Sr. Presidente, re-•servo-me para na devida oportunidade fazer as considerações que se me oferecerem sobre o assunto.

Posto à votação, é rejeitado.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: eu tinha pedido a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro do Comércio. Como S. Ex.a não está, desisto da palavra.

O Sr. Procópio de Freitas: — As considerações que eu pretendia fazer demandam também a comparência, pelo menos, dum dos membros do Governo.

Creio que o Sr. Ministro do Comércio -está próximo desta sala, talvez fosse possível V. Ex.a mandá-lo prevenir.

Entra na sala o Sr. Ministro do Comércio. «

O Sr. Presidente: — Em vista de já -estar presente o Sr. Ministro do Comércio vou dar a palavra ao Sr. Júlio Ki-beiro. x •

O Sr. Júlio Ribeiro: — Quero chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para /um facto que parece interessante e dere merecer a atenção de S. Ex.a

Como a Câmara sabe, Portalegre é uma cidade muito industrial, agrícola e comercial. Tem uma população de mais de 12:000 habitantes.

Pois esta cidade, a uma distância de cerca de 5 horas de caminho de ferro de Lisboa, tem apenas um comboio que leva o correio.

Havendo vários comboios que passam por Castelo de. Vide e Portalegre, parece.

que seria de atender às reclamações, que já várias vezes têm sido feitas de estabe-cer outro corioio.

S. Ex.a compreende que, estando Portalegre a uma distância de õ horas de comboio de Lisboa, como já disse, e levar o correio tanto tempo a chegar ali como leva ura vapor ao Funchal, é como não haver a consideração que merece uma terra tam patriótica e laboriosa como aquela.

Pedia a V. Ex.a, Sr. Ministro do Comércio, a s na atenção para este caso, estando certo que talvez não seja de.muito difícil resolução que uma simples caixa .de correio, uma mala, fosse até Castelo de Vide e dali enviada para aquela cidade. Assim teria dois correios, o que muito beneficiava aquela cidade.

O Sr. Ministro do Comércio e Comuni-•cações (Ferreira de Simas): — Sr. Presidente: ouvi com toda a atenção as considerações feitas pelo ilustre Senador Sr. Júlio Kibeiro, devendo dizer a S. Ex.a que vou tratar junto da administração dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste e administração geral dos correios este casov a ver se consigo tornar viáveis as pretensões de Portalegre..

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Pré-; sidente:fui informado de que há anos nãa são passadas as cartas.de curso da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e não sei se também das outras Faculdades, devido, creio eu, a não se ter ainda assentado na forma como devem ser feitas essas cartas.

Uns pretendem que nelas constem os valores que os alunos tiveram durante a frequência do curso; os outros não, e os. Srs. Ministros da Instrução, a melhor forma que têm tido para resolver o assunto é não resolverem cousa alguma, er creio que, desde há 6 anos, não se passam cartas.

Mas quando os alunos terminam, o curso são obrigados a depositar uma, certa quantia que actualmente é de uns 800 e tantos escudos para a carta, e em lugar desta passam-lhes um certificado.