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Diário das Sessões do Senado

O Sr. Artur Costa (em .aparte): — ;V. Ex.a queria dar-lhe cabo dos ossos!

O Orador (continuando): — Ainda bem que V. Ex.a me auxilia. E claro que eu dizia isto, mas não consentiria que fosse para S. Ex.a regressar dessa excursão com as costelas, partidas ...

O que venho dizendo, Sr. Presidente e Sr. Ministro, é para justificar o meu pedido, que é o de ser humano; para o meu distrito, e que, da verba destinada a estradas alguma cousa seja aplicada às dele, como é de direito.

Creio que, neste meu desejo, me acompanharão os meus colegas daquele lado da Câmara, que igualmente representam o mesmo distrito, Srs. Sá Viana e Santos Garcia.

O Sr. Artur Costa (em aparte): — Igual • reclamação se pode lazer para todos os 'distritos.

O Orador: — Eu falo pelo meu. Neste ponto, permita-me V. Ex.a que eu seja talvez egoista.

O Sr. Afonso de Lemos (interrompendo):— Em lugar de fazer pedido era melhor fazer reclamação.

O Orador (continuando):-^-S. Ex.a o Sr. Ministro do Comércio aceitará este meu pedido como tal, ou como reclamação. Como entender.

O meu desejo ó apenas que S. Ex.a, conforme particularmente me disse estar disposto a satisfazer o meu pedido, agora publicamente o afirme.

Tenho dito.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas): — Pedi a palavra em primeiro lugar para agradecer ao Sr. Alfredo Portugal o oferecimento que fez para que o acompanhasse a percorrer o seu distrito. Creia, porém, S. Ex.a que as costelas se mo não amolgariam porque estou acostumado a percorrer a estrada que vai do Lumiar até Odivelas, e que se encontra num estado, lastimoso.

A Câmara Municipal,.ji meu pedido, já arranjou um bocadinho, mas mesmo como agora está, quem não esteja acostumado, como eu, não pode resistir.

O Sr. Querubim Guimarães (interrompendo):— Em confronto com uma administração do Estado a Câmara Municipal tinha esses exemplos que devia seguir.

O Orador:— Com respeito às estradas do distrito de Évora já posso dizer a S. Ex.c que os Senadores da maioria, e que representam o mesmo círculo que S. Ex.a, se anteciparam nessa reclamação, são meus' correligionários, não me querem molestar.

Mas li num jornal uma correspondência em que só dizia que eu tinha tido uma longa conferência com S. Ex.a c que tinha prometido a verba para a reparação dessa estrada.

Com franqueza, fiquei um bocado comprometido.-

Quando há pouco tempo disse a demi-nuta quantia que tinha para fazer estradas não me ficava bem essa declaração, e se ó certo que ultimamente consegui à sombra das autorizações parlamentares cerca de 4:600 contos,

Esses 4:600 contos aplicaram-se principalmente nas estradas de turismo, na estrada que vem do norte ao sul de Portugal, de Lisboa ao Pôuío.

Ainda outro dia percorri 190 quilómetros de estrada do Porto a Penafiel e à Lixa. Ora aí as estradas estão esplêndidas.

Fiquei surpreendido com a leitura dessa notícia pela razão simples de que < não podia prometer essa reparação porque não tinha dinheiro. .

Contudo, logo que chegue o princípio do novo ano económico, atenderei as reclamações dos Srs. parlamentares.

Disse, o Sr. Alfredo Portugal que a verba do imposto do turism'o não é aplicada à reparação das estradas. Devo declarar que esse imposto não chega a nada.