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930 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 163

Comissão Reguladora dos Produtos Químicos e Farmacêuticos a competência para a coordenação e disciplina das actividades de produção, comércio e indústria do sal.
Espero que com a publicação daquele diploma se entre brevemente na solução apropriada e definitiva do problema, solução que nesta Assembleia já declarei, noutra ocasião, julgar ser de instante necessidade pela gravidade dos aspectos económico e social que o problema salineiro comporta, pelo menos na região de Aveiro. Estou certo de que o Sr. Ministro da Economia, com a sua grande dedicação pelo interesse nacional e com as suas altas faculdades realizadoras, a que o País já tanto deve, não deixará de a impulsionar.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem!

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Pinho Brandão: - Sr. Presidente: desejo tão-sòmente associar-me, como Deputado pelo círculo do Aveiro, às palavras proferidas pêlos ilustres Deputados Srs. Engenheiro André Navarro, Dr. Paulo Cancela de Abreu e Coronel Gaspar Ferreira alusivas à construção duma pista nacional de remo.
Entendo também, Sr. Presidente, ser necessário dotar o País com uma pista adequada à prática dos desportos náuticos e julgo que no estudo da sua construção deve encarar-se a possibilidade de essa pista se fazer na cidade de Aveiro.
A situação geográfica desta cidade, a sua maravilhosa e encantadora ria, única no País, e o temperamento da sua gente o dos habitantes dos concelhos circunvizinhos, educados nas lides do mar, dão à cidade de Aveiro o direito de pedir ao Governo da Nação que sejam estudadas as condições excepcionais que militam a seu favor na escolha do local onde se construa uma pista nacional destinada à prática do remo. E é isto apenas o que Aveiro pede.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem!

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Miguel Bastos: - Sr. Presidente: há poucos dias saiu a barra, mima linda tarde de sol, um barco português levava a bordo o nobilíssimo Patriarca de Lisboa, que, em representação de Sua Santidade, se dirige à velha terra portuguesa de Geia, para presidir às comemorações do IV Centenário da Morte de S. Francisco Xavier.
Com ele partiu, naquela tarde, um pedaço grande do coração dos Portugueses!
Com ele partiu, seguindo-o e envolvendo-o, uma das páginas mais belas da missão histórica deste povo - dilatar, com o Império, a Fé. Obra de sedução e amor, feita com tal ternura e carinho que, sendo humana, é já uma sombra bendita que vem de mais longe e de mais alto!
A vocação - ela própria constitui um dom natural e por isso tem já o traço e o sabor de uma doação divina.
Percorremos as sete partidas do Mundo e onde estiveram os nossos pés lá ficou erguida para o céu uma cruz.
Na dureza de um trabalho constante pela maior glória da Pátria, a certeza de perpetuidade de um sonho através de uma palavra de amor, doce e carinhosa como n que um dia ouviu, do alto do Calvário, a Humanidade inteira. A certeza de que todo o trabalho material é vão e efémero se não for realizado na sombra amiga de tudo aquilo que é verdadeiro e eterno. Na certeza de
que todo o trabalho material tocará leve e superficialmente os homens se não for acompanhado do sentir que penetra as almas e nelas fica a viver eternamente.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - No esplendor daquela tarde cheia de luz, olhando esta cidade, plena de encanto e magia, toda deitada à beira-mar, donde partiram para a glória os navegadores e o Santo, é possível que se visse, na poeira dourada que o Sol fazia levantar, a própria cruz de Cristo - símbolo de uma fé, símbolo, para nós, da nossa própria cruzada de presença e acção através do Mundo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Hoje não se compreendem bem estas coisas, e por muitos são julgadas filhas do fanatismo ou da loucura de um século de obscurantismo. E, no entanto, na angústia dos dias que vivemos o que continuará a importar essencialmente é determinar o rumo do espírito do homem, entrar na sua alma, porque só dela pode partir a solução dos problemas políticos e económicos que abrasam apaixonadamente o pensamento de todos os responsáveis na hora presente.
Sobre o túmulo de S. Francisco Xavier, a quem Paulo III confiou a missão de restituir a fé ao Oriente, vai orar o Patriarca de Lisboa, por si e pelo mundo cristão.
«Restituir a fé ao Oriente ...» uma legenda que tem mais de quatrocentos anos, mas a que se poderia acrescentar neste instante esta outra: «Restituir ao Oriente, com a fé, a verdadeira paz ...».
Creio que interpreto o sentir de todos os Srs. Deputados ao desejar ao ilustre legado de Sua .Santidade as maiores (felicidades na sua nobre missão, para maior honra e glória da Igreja e de Portugal.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Salvador Teixeira: - Sr. Presidente: pedi a palavra para enviar para a Mesa os seguintes:

Requerimentos

«Roqueiro que pelo Ministério das Obras Públicas me seja dado imediato conhecimento dos estudos já feitos para a construção da ponte sobre o Tejo em Lisboa».
«Roqueiro que pelo Ministério das Comunicações me seja dado conhecimento imediato da média das importâncias cobradas mensalmente pela utilização da Ponte Marechal Carmona, em Vila Franca de Xira, desde que começou a efectuar-se tal cobrança».

O Sr. Vaz Monteiro: - Sr. Presidente: no dia 28 do mês findo tive a enorme satisfação de prestar justa homenagem a um homem que há um quarto de século tudo tem sacrificado aos superiores interesses da Nação, oferecendo patriòticamente a sua alta inteligência, o seu génio reformador, a sua própria saúde.
Em 22 de Maio findo Salazar despachou autorizando o dispêndio de 190:000 contos para obras de fomento no Sul de Angola, depois de meditar sobre o alcance do seu despacho, que, além de satisfazer grandes e antigas aspirações da província de Angola sobre fomento e povoamento, marcou decisivamente um rumo