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5 DE DEZEMBRO DE 1952 145

Tabela de preços

II) Veículos

Cais do Sodré-Cacilhas
[...ver tabela na imagem]
Veículos Ida ou volta Ida e volta

Condições gerais

As dimensões dos automóveis contam-se entre as partes mais salientes que os veículos apresentem.

No preço da passagem dos veículos está a passagem do condutor, excepto para as bicicletas.

Se os automóveis transportarem carga pagarão além do preço desta tabela o correspondente ao da carga transportada.

Os carros de reboque usados pelos automóveis pagarão como se fossem um outro automóvel, excepto aqueles cujo comprimento não exceda 2 m, os quais pagarão apenas 5-s.

Os bilhetes de ida e volta só têm validade no dia em que forem adquiridos, excepto quando adquiridos ao sábado ou véspera de dias feriados, em que a volta se pode efectuar no dia imediato. Os bilhetes de volta que não forem utilizados no dia respectivo não têm validade alguma.

Quando a carga transportada por um camião exceda a carga máxima que lhe corresponde em mais de 1000 kg o camião pagará pela classe imediatamente superior.

Se o peso total do veículo e carga exceder 12 000 kg, cobrar-se-á um suplemento de 25 por cento, não sendo permitida a passagem de pesos superiores a 15 000 kg.

Os veículos transportados nas carreiras nocturnas pagarão um suplemento de 10 por cento sobre os preços desta tabela.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à

Ordem do dia

O Sr. Presidente: - Continua em discussão na generalidade a proposta de lei relativa ao Plano de Fomento Nacional.

Tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Pinto.

O Sr. Sousa Pinto: - Sr. Presidente: venho à tribuna quando a discussão na generalidade do Plano de Fomento vai já um tanto adiantada. Isso me leva a ser breve, dispensando-me de renovar palavras do louvor e agradecimento ao Governo pela magnitude do novo impulso que se propõe dar ao nosso país. Direi apenas que tomei conhecimento da proposta de lei que nos ocupa com aquele patriótico orgulho que deve sentir, ao encará-lo, quem quer que tenha nascido em terra portuguesa da metrópole ou do ultramar.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Limitarei as minhas considerações à parte do Plano que se refere à província de Moçambique, de cuja população tenho a honra de ser um dos representantes nesta Câmara.

A primeira parte do programa refere-se ao aproveitamento de recursos e povoamento. Consigna a verba de 464:000 contos para rega e enxugo de terrenos no vale do Limpopo e a de 220:000 contos para expropriação e preparação de terrenos no mesmo vale, instalação e transporte de colonos e assistência técna-a e financeira.

Há Cerca de duas dezenas de anos que se aguarda u realização desta momentosa obra, sobre a qual se têm formulado opiniões e vaticínios desencontrados. Em face dos que confiam firmemente no êxito da projectada colonização europeia em larga escala há os que duvidam e os que descrêem do sucesso do empreendimento, baseados estes últimos, em objecções diversas, predominantemente nas mas condições climáticas da região e consequente falta de Confiança na adaptabilidade do branco e na sua resistência ao trabalho rural.

É argumento que vai diminuindo de valor com o rodar do tempo. As medidas que pelos anos fora têm sido postas em prática vão, mais ou menos rapidamente, saneando as condições dos climas africanos, sendo numerosas, as regiões outrora consideradas muito insalubres que hoje se situam em paralelo com o clima metropolitano.

E o facto é que no vale do Limpopo, além dos numerosos indígenas que hoje ali são agricultores, já vivem colonos europeus.

Creio que o único modo decisivo de saber quem tem razão é pôr o sistema em execução. Pode objectar-se que como experiência é bastante cara. Mas eu creio. Sr. Presidente, que a despesa não será nunca improdutiva, na sua quase totalidade, por duas ordens de razões:

Em primeiro lugar, porque no conjunto da obra está compreendida a utilização da ponte-açude do Limpopo, para a ligação ferroviária de Lourenço Marques à Rodésia do Sul, problema que é do mais alto interesse para a província.

Em segundo lugar, e com vista aos incrédulos da colonização europeia naquela região, a obra. do rega do vale no Limpopo terá sempre grande valor para a província, ainda que, por inesperado insucesso do povoamento europeu, a agricultura, ali ficasse nas mãos dos indígenas, orientados e assistidos por europeus.

O vale do Limpopo, cuja excepcional fertilidade ninguém contesta, a ponto de já alguém o ter comparado ao vale do Nilo. salvas as proporções, está indicado para fornecer a Lourenço Marques a maior parte dos produtos alimentares, que hoje, são ainda importados um larga escala (milho, trigo, feijão, frutas, gado, leite, etc.).

Para que não haja dúvida de que o indígena se adapta bem ao regadio e a processos progressivos de amanho das terras, basta saber o que se passa com o regadio do trigo em Mavita e o que de admirável se está