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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 108 174

desanuviar o ambiente a tal respeito, trazendo-nos a alentadora certeza de que os problemas de fundo que tanto interessam á urbanizarão dessa cidade são por si acompanhados com um desvelo que garanta a sua rápida e eficiente solução.
O Porto. Sr. Presidente, sentiu nas palavras que lhe foram dirigidas a fio aquele vazio de promessas vagas que ainda encontra quem pense ser processo admissível na política de hoje em dia, mas sim a firme verdade de um programa que se estuda, que se assenta e que se cumpre em moldes salazarianos, sem alardes de qualquer espécie, antes com o ar natural de quem mostra simplesmente o que é possível fazer.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sentindo que na sua acção eficientíssima se desenvolve concretiza o esforço de ilustres antecessores, deixaria de cumprir um acto de dignidade se eu, que protestei tão vivamente aqui como Deputado pelo Porto, contra hesitações c demoras tão prejudiciais ao seu desenvolvimento, contra a falta de coordenarão e ide entusiasmo que tanto comprometia o seu progresso, não usasse da palavra também para testemunhar ao Sr. Engenheiro Arantes e Oliveira a confiança agradecida que o burgo portuense lhe tributa, a já radicada estima em que os Portuenses o têm.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sentimos a sua presença notamos a sua franqueza, registamos, com alegria e emoção, o seu declarado interesse pela nossa velha cidade.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Será sempre, portanto, com o maior carinho que esta receberá entre seus muros, num espírito da mais alta compreensão para o admirável sentido que tão nobremente empresta á sua acção de governar.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Paiva Brandão: - Sr. Presidente: ao tomar assento na Assembleia Nacional considerei que a contribuição mais eficiente que poderia dar ao estudo dos problemas de interesse colectivo seria a directamente relacionada com a minha especialização profissional.
Tal desígnio não obstaria no firme propósito em que também me encontro de acompanhar com a devida atenção as actividades e as legítimas aspirações do distrito que me honro de representar.
De bom grado assumi essa responsabilidade - será até um dever de consciência -. pois, se ao velho burgo portuense devo homenagem, para com a boa génio hospitaleira do seu distrito contraí dívida de gratidão que se radica nos tempos da minha infância.
Se razões de sentimento não forem de invocar, o preito de admiração é devido ao distrito e à sua capital, dado o culto ali mantido pelas tradicionais virtudes; lusitanas, considerado o generoso esforço da massa trabalhadora, atendendo ti devoção sem limites à terra-mãe, apreciadas as qualidades morais dos habitantes, sempre desejosos de assistirem ao progresso da cidade u da valiosa área que a tem como núcleo principal. No interregno das sessões legislativas dois factos se verificaram na região visada que abrem fundada expectativa de próxima resolução de importantes problemas pendentes e esses directamente atingem e sensibilizam as populações do Porto e da Póvoa de Varzim.
Ambos respeitam às recentes visitas ali efectuadas pulo engenheiro Arantes e Oliveira, ilustre Ministro das Obras Públicas, responsável pela gerência de um departamento detentor de honrosas tradições, cujas notáveis actividades o País segue com o maior interesse.
Por ordem cronológica, S. Ex.ª visitou a Póvoa de Varzim em 30 de Julho passado, onde ao examinar as obras e projectos de melhoramentos da vila, anotou a sua mais instante aspiração - ver concluído o porto de pesca.
Com denodado amor à sua terra, ciente dum destino ligado ao mar, reconhecendo o valor económico da área que habita, sentindo os problemas sociais que o afectam, o Poveiro espera que da notável obra do engenheiro Arantes e Oliveira, removidas as exigências de ordem técnica, e financeira, se encontre dentro à e breve prazo remédio -de angustiosas privações, constituindo o futuro porto d* pesca, como verdadeiro local de abrigo, o encetar de nova era de efectiva prosperidade.
Em 6 de Setembro o Ministro das Obras Públicas procedeu, no Porto, a minucioso exame de assuntos relacionados com a execução de melhoramentos de primordial importância.
Inaugurou então a 2.º fase do Bairro de Casas Económicas da Rainha D. Leonor, a cuja bênção presidiu o venerando e ilustre prelado da diocese.
As cem novas habitações que se proporcionaram, às classes mais necessitadas vieram juntar-se às cento e cinquenta já construídas pelo Município Se no conjunto do problema o empreendimento vale como um símbolo, oferece, porém, a garantia da preocupação em o resolver, de rosto claramente definida no brilhante discurso então proferido pelo titular das Obras Públicas.
Aludiu ainda S. Ex.ª com particular empenho ao projecto definitivo da ponte da Arrábida, já aprovado, "obra de excepcional envergadura", à urbanização da zona do Campo Alegre, a justificar o título, ao plano rodoviário e a outros trabalhos em curso de evidente interesse para o progresso da cidade alguns entregues à acção competente e reflectida da Câmara Municipal.
Hoje, ao recordar estas visitas, prevemos para um futuro próximo esta consoladora realidade: o desenvolvimento económico e o acréscimo de bem-estar social numa região cuja importância si; Torna desnecessário encarecer.
O nome do engenheiro Arantes e Oliveira, a quem prestamos reconhecida homenagem, ficará então indissoluvelmente ligado àquela melhoria, dando jus à gratidão da gente do Porto e do sen distrito, sentimento que julgamos ser estímulo bastante aos que, como S. Ex.", incansavelmente trabalha tu a bem da Nação.
Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Mário de Albuquerque: - Sr. Presidente: não tendo ontem estado presente quando falou o Sr. Deputado Antão Santos da Cunha e tendo apenas vagas informações sobre as considerações de S. Ex.ª - e digo vagas porque algumas são contraditórias -, reservo-me para dizer o que achar oportuno sobre o assunto, quando ler o Diário das Sessões referente á sessão de ontem.
Creio que esse Diário estará cá amanhã, mas, se não estiver, eu aguardarei que ele chegue.
Tenho dito.