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290-(34) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 80

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A causa da baixa nas exportações, que como se notou acima foi sensível, proveio em grande parte da cortiça.
Os valores unitários diminuíram apreciavelmente. A baixa foi da ordem dos 337 000 contos em relação a 1955 e de 128 000 contos em relação a 1956.
As únicas exportações animadoras em 1957, relacionando os números com os de 1956, deram-se na exportação de tecidos de algodão e nos resinosos. Embora sem grande influência no resultado final, mostram um sintoma de possibilidades.
No caso da madeira e seus derivados há a considerar a celulose, com 46 000 contos, números redondos, e tendência para aumentar.

O comércio externo e a balança de pagamentos
75. Pela primeira vez de há uns anos a esta parte, a balança de pagamentos fechou com saldo negativo. Aliás, esse saldo já havia sido anunciado nestes pareceres depois de ter em conta a delicadeza das exportações, a fragilidade dos produtos fundamentais que as formam - a cortiça e o café - e as tendências para aumento de consumos.
O déficit não foi grande e é facilmente suportado pelas reservas financeiras. Ele vale, porém, mais como sintoma do que como realidade.
Tem amparado a balança económica portuguesa o elevado somatório de invisíveis - no ultramar a mão-de-obra portuguesa em territórios vizinhos e os caminhos de ferro de Moçambique contribuem com altas somas.
Em 1956 o saldo positivo dos invisíveis correntes subiu a 2 135 000 contos, dos quais na metrópole l 335 000 contos, e as operações de capital tiveram também um saldo positivo da ordem dos 614 000 contos.
Foi assim possível obter um saldo positivo na balança de pagamentos de perto de 900 000 contos (892 000 contos)
Publicar-se-ão adiante os números discriminados para 1957. Já se sabe que o desequilíbrio em relação a 1956 foi superior a l milhão de contos (l 072 000 contos).
É esta cifra que deva ser considerada. Estamos longe dos saldos de anos anteriores. Em 1954 ele subiu a quase l 400 000 contos.
A causa deste déficit está no desequilíbrio cada vez mais acentuado da balança do comércio da zona do escudo.
Indicam-se a seguir as cifras para a metrópole e províncias africanas:

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Nota-se que o ultramar acentuou o seu déficit. No parecer relativo às contas das províncias ultramarinos o problema será tratado com o pormenor merecido.
Quanto ao da metrópole já se examinaram as principais causas.
76. Publica-se a seguir o total das importações e exportações da metrópole e províncias de África, tal como é dado pelos valores estatísticos, e os saldos da balança do comércio pura diversos anos:

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(a) Não inclui a Guiné nem S. Tomé e Príncipe.

A importação total tem vindo num crescimento contínuo. E, embora outro tanto se dê no caso das exportações, nota-se haver atraso nestas em relação às primeiras. Este facto resulta essencialmente do valor de algumas importantes rubricas, como as do café e da cortiça. Mas há outras influências, sobretudo no ultramar, que serão vistas no respectivo parecer.
A preponderância do café e da cortiça transparece claramente, do quadro seguinte.