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DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 67 1788

seis vidas de bons beirões e avultadíssimos prejuízos. Causa forte impressão a permanência no local de uma viatura destroçada e ensanguentada que o comboio apanhou, talvez só justificada pelo desinteresse e pela frieza com que a ocorrência foi olhada, que muito tem ferido os bons sentimentos do povo!

Isto impõe a solução conveniente deste importante problema, aliás semelhante aos problemas das vinte passagens de nível existentes nus estradas nacionais de todo o distrito e de todo o País, e recordemos que só em Coimbra existem sete, cuja extinção no distrito já se encontra devidamente estudada e só aguarela a oportunidade da imprescindível efectivação, que muito já está a tardar.

Pelo que concerne a referida passagem de nível do Calhabé, é do meu conhecimento que a Câmara Municipal de Coimbra, dentro do seu notável programa de engrandecimento da cidade, que está a ser seguido com inteligente determinação, já tem devidamente estudada e pronta a ser imediatamente executada uma passagem superior que, desenvolvendo-se a sul do Estádio Municipal em zona quase livre de peias das construções, permitirá o acesso muito fácil do centro da cidade ao Bairro Marechal Carmona e descongestionará n via de penetração na cidade, acabando com os graves inconvenientes que deixei sumariamente apontados.

Estudada por técnicos de comprovada competência, esta obra, que tanto se impõe e tão desejada é pela Câmara Municipal, em cujos planos de trabalho se integrou por ser imprescindível a valorização da cidade, será uma realidade logo que, como é de lei, os Ministérios das Obras Públicas e das Comunicações a comparticipem cada um com 40 por cento do seu custo e não surjam ventos contrários resultantes de sobreposições intoleráveis a empecilharem a iniciativa.

Sr. Presidente, encarados estes ligeiros aspectos das comunicações mais relacionadas com a cidade de Coimbra, resta ainda referir alguns outros problemas do distrito dentro do mesmo capítulo.

Já tive oportunidade de evidenciar nesta Assembleia a imperiosa necessidade da construção das duas estradas, n.º 343 e 344, para servirem uma zona populacional muito importante, agora inteiramente desprovida de comunicações, no concelho de Pampilhosa da Serra.

Ao recordar essa intervenção renovo todas as considerações que entoo fiz.

Trata-se, na verdade, de iniciativas quo não podem continuar a ser apenas velhas aspirações, mas que se tem de transformar em realidades, por serem gritantes necessidades.

O concelho de Pampilhosa da Serra, cujo progresso tem sofrido grandes atrasos, principalmente por falta de vias de comunicação, encabeça toda uma vasta região de incontestável valor e com irrecusáveis direitos.

Ainda na mesma região se impõe construir também os 13 km que separam a povoação de Alvares,- no concelho de Gois, das povoações de Derreada e Vendar da Gaita, completando assim o troço que falta para que a estrada nacional n.º 2 possa ligar os distritos de Coimbra e Leiria, permitindo aos povos da serra mais fácil acesso ao Sul do País.

E, contemplando ainda a região montanhosa a que me venho referindo, aparece também como necessidade de tomo a conclusão da chamada estrada das Pedras Lavrarias, que há quase um século anda em trabalhos de abertura.

Estudada para ligar Coimbra com a Covilhã, servindo numerosos povos de reconhecida importância, esta estrada interessa a toda uma vasta e importantíssima região, concedendo apreciáveis facilidades para penetração na serra da Estrela e nos seus pontos turísticos de tão saliente valor.

Parada actualmente na povoação da Barriosa, urge continuá-la com brevidade, como tanto desejam os povos que ela sê destina a servir.

De muito interesse também é a construção dos 5 km que faltam para ligar a, povoação de Semide com a de Segade, nas proximidades da estrada da Beira, completando, assim, o importante acesso a várias povoações do concelho de Miranda do Corvo, agora servidas por forma muito deficiente.

Para a ligação da região da Bairrada, nomeadamente da estância termal da Cúria a praia de Mira, com uma via fácil e cómoda, impõe-se também construir os 5 km que faltam para estabelecer a comunicação entre as povoações de Monte Arcado e Co voes, no concelho de Cantanhede.

A falta deste troço, que representa uma arreliadora solução de continuidade no traçado da estrada nacional n.º 334, está a comprometer a muita utilidade desta valiosa estrada.

Sr. Presidente: na sessão desta Câmara que teve lugar em 22 de Fevereiro do ano findo entendi dever chamar a atenção do Governo para ser construída a ponte sobre o Mondego, ligando a estrada que passa pela Póvoa de Midões, no concelho de Tábua, com a que serve Currelos, no concelho de Carregai do Sal.

Evidenciei a grande importância deste melhoramento tão desejado, demonstrando que esta ligação interessa aos distritos de Coimbra e de Viseu e ainda a toda a vasta região que a este pertence.

Referi que muitas e variadas diligências têm sido feitas no sentido da obtenção desta ponte, e por todas terem resultado infrutíferas já ela foi cognominada a "ponte do enguiço".

Volto a falar deste problema para destacar, uma vez mais, a grande conveniência de lhe dar a merecida solução.

Já ouvi alvitrar que talvez esta desejada ponte se pudesse construir utilizando os tramos metálicos da ponte de Santa Clara, que foi substituída por aquela que agora se pode admirar na cidade de Coimbra. Não sei se tal alvitre poderá ter viabilidade; refiro-o por me parecer curioso.

De qualquer maneira, como estão em jogo não aspirações meramente locais mas sim interesses de toda uma grande região, importa ligar os duas estradas já existentes que o rio tem separadas, criando uma forma de além do mais, permitir o escoamento de valiosos produtos agrícolas de toda aquela zona para os mercados consumidores e para o futuro porto da Figueira.

Sr. Presidente: tem sido preocupação do Governo colocar RS nossas grandes rodovias em condições de satisfazerem às complicadas exigências do trânsito dos nossos dias, cada vez mais complicado. Obra a todos os títulos meritória, nela se evidencia a inteira devotação dó Sr. Ministro das Obras Públicas às grandes causas do engrandecimento nacional, comprovando-se ainda a acção do plena eficiência da Junta Autónoma de Estradas e do valioso escol dos seus técnicos.

O distrito de Coimbra já está a experimentar os benéficos efeitos dessa política, como os outros distritos com os quais confina. Torna-se, porém, necessário que a atenção daqueles técnicos se volte agora para as estradas que, partindo da cidade de Coimbra, demandam as regiões das Beiras, quer servindo Penacova e o Buçaco - estrada de Penacova, quer atingindo aquela região pela margem es-