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20 DE MARÇO DE 1965 4593

da ordem e da integridade nacional, exercem, como sempre exerceram, uma função educativa das sucessivas gerações, e a que o povo português continuará a ser prontamente receptivo e grato.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sobre a actual capacidade técnica eficiência em campo do nosso Exército, a começar, como a hierarquia pede, pelos altos comandos, são eles bem dignos do reconhecimento da Nação e de este aqui se proclamar. Não é segredo para ninguém que qualificaras elementos militares estrangeiros, que, sobretudo pelo jugo das alianças, têm entrado em contacto com as nonas forças armadas, vêm reconhecendo a sua modernização, a colocá-las ao nível das nações mais bem preparadas.
Ora, é esse um valor acima das contabilidades e que por isso não pode
integrar-se na materialidade do produto bruto do crescimento económico. No entanto, continuará ele a ser sempre penhor inestimável e necessário para a defesa desta nossa pátria sem pedaços pelo Mundo repartida». Por detrás os muros da cidade, a fortaleza dos corações.
Forjadas pelas forças armadas nestas condições consecutivas gerações que ora se integram anualmente peia recrutamento na vida militar, com a pontualidade igual à da arrecadação das receitas públicas, eu confio inteiramente que havemos de ganhar a partida Efémeras efervercências estudas, explicáveis por imaturidade política excitada por astuta exploração da generosidade própria da idade juvenil, de elementos de fora, não se nos afiguram alarmantes. A reeducação dessas almas far-se-á por si nacionalmente válida através da milícia, perante as realidades vividas e mediante «a disciplina militar prestante».
Isto nada impede, antes pelo contrário, que pejas correspondentes sectores da educação nacional o problema não seja descurado ante a premência que a remordente pressão actual impõe.
Ouvi aqui falar, a propósito das Universidades, de que estas deviam ser reintegradas na pureza da sua autonomia corporativa. Mas eu, por formação intelectual precisamente corporativista, pergunto não será da Índole específica dessa concepção social a não intromissão de elementos estranhos, e por de mais antinacionais, nos correlativos corpos instituídos?

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Não foi precisamente pela penetração progressiva de elementos de outras classes, em particular intelectuais, nas corporações de operários construíres, que veio a operar-se na Inglaterra, em princípios do século XVIII, a transformação da maçonaria chamada operativa, na maçonaria especulativa, cuja expansão mundial e cujos efeitos políticos, embora discretos, são por de mais conhecidos? São isto lições da experiência histórica, que é sempre bom ter presentes e de que cumpre esclarecer os mais novos que entram no mundo real.
A este propósito, não posso deixar de louvar a lúcida e corajosa lição que desta tribuna, no curso da discussão, nos deu o Sr Deputado André Navarro, chamando a atenção, para além dos elementos subversivos consagrados - os bolchevistas -, para as forças internacionais da finança, da maçonaria e outras, que vêm criando tantas dificuldades à Pátria Portuguesa, como nação, e nação particularmente católica.
Sr Presidente perdoem-se-nos estas divagações, que poderão antolhar-se marginais à matéria em discussão, mas que, segundo o critério ampliativo, bem justificado, que ontem aqui formulou o Sr Deputado Rapazote, cabem perfeitamente dentro do seu âmbito, como observações, críticas, sugestões, etc, que melhor ocasião não encontram de serem desenvolvidas.
Não será preceito da maior conveniência para todos prestarem-se anualmente contas a Deus, fazendo-se contas à vida e porque não à vida nacional. E que outra melhor conjuntura para nós, Deputados, de um bom exame de consciência política do que esta da aprovação das Contas Públicas?
Sr Presidente Feitas as considerações supra, a que, por imperativos de consciência até, me não podia furtar, voltemos a concretizar, tangencialmente embora, alguns pontos para que ou a leitura do relatório e parecer citados ou o curso deste debate nos solicitam.
Reservo-me ainda para outra ocasião falar sobre as promulgadas disposições relativas ao novo imposto da indústria qualificada agrícola, que opinamos prematuras, por estarem em curso diligências construtivas de entidades competentes, para tratarem esse assunto, e a cujos juízos nos não queremos antecipar.
Outro ponto que desejamos focar é, quanto a investimentos hidroeléctricos, o da coordenada regularização dos respectivos rios para efeito da sua navegabilidade, até à fronteira, o Tejo e o Douro, e, porque não, até certa altura e, desde já, o Mondego Ao caso se refere com o devido destaque o Sr Deputado Araújo Correia, a p XI do seu citado relatório. De resto, a tradicional utilização de caminho fluvial aproveitável desses dois rios, em tempos de incrível desmantelamento, da rede de vias romanas, contribuiu para definir os limites orientais da Nação e assim, sem paradoxo, pode dizer-se que esses limites orientais têm por base o mar, que acidentalmente a limita.
Por agora quero em especial focar para o efeito o no Douro e a sua bacia
Já se vê que, sob imperativo critério reprodutivo que os nossos encargos militares sem prazo à vista impõem, esse deverá ser o inicial a executar-se. Em primeiro lugar, pelo aproveitamento da energia eléctrica respectiva, que pode como que autofinanciar o resto, em segundo lugar, pelo transporte, que facilita, dos minérios, quando feito até à Régua, de Vila Cova, quando levada até à fronteira, de Moncorvo, sem falar dos produtos agrícolas regionais exportáveis e daqueles que se torna possível incrementar pela bombagem a melhor preço da água.

O Sr Sousa Meneses: - Muito bem!

O Orador: - Disto tratou aqui largamente já nesta sessão o Sr Deputado Águedo de Oliveira, com toda a competência e devoção, no que foi acompanhado pelo Sr Deputado Virgílio Cruz Tal nos dispensa de estar aqui agora a repeti-los. Apenas queremos chamar a atenção para quanto este problema vem incandescendo o espírito daqueles a que mais directamente respeita, e assim há pouco vimos debatê-lo entre os marginais dá parte superior daquele ao, dos quais nos ocorre destacar o Sr Eng º Camilo de Mendonça, cujo talento votado às coisas públicas ficou bem ilustrado nesta Casa.

O Sr Sousa Meneses: - Muito bem!

O Orador: - O mesmo assunto acaba de ser primorosamente tratado no Colóquio Nacional de Transportes em curso, particularmente pela comunicação do
Sr Engº Van