O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(19)

De qualquer modo, as taxas de acréscimo programadas para 1968-1973 não devem ser interpretadas como atribuição rigorosa do esforço de formação de capital pelos seis anos. Quanto aos montantes globais de investimento previstos para cada sector - estimativas de maior significado prático -, deverão ser tomados como os volumes globais de investimentos necessários para atingir as metas apontadas para o produto dos diversos sectores.

QUADRO IV

Projecções da formação bruta de capital fixo por sectores de actividade

[Ver tabela de imagem]

Os coeficientes capital-produto previstos para o período do Plano constituem nalguns sectores instrumento intrínseco da programação, surgindo noutros como resultado da conjugação das metas fixadas para o produto e das consequentes exigências em bens de investimento avaliadas directamente.
Os valores indicados para os coeficientes capital-produto dos sectores dos transportes e comunicações e casas de habitação - 12,2 e 20, respectivamente - afiguram-se ainda demasiadamente elevados, atendendo mesmo à tradicional intensidade de investimento destas actividades.
No primeiro caso, trata-se de valor superior ao do passado, em virtude de elevada parcela dos investimentos programados se destinar a reposição de equipamento. No outro caso, o valor apontado já traduz situação melhor do que a verificada no passado.
Ao longo dos próximos anos tornar-se-á necessário adoptar medidas que favoreçam a reprodutividade do capital nestes sectores, designadamente através de melhor coordenação dos diferentes meios de transporte e do prosseguimento da política de construção de habitações menos dispendiosas, melhor aproveitamento das construções existentes e execução de uma política de terrenos.
Em virtude do rápido crescimento programado para a hotelaria, o sector de serviços diversos exigirá maior proporção de investimentos por unidade de produto, revelando-se necessário também aqui tentar uma economia de capital, quer através da adopção de medidas correctivas quanto ao custo do equipamento hoteleiro, quer pela intensificação do recurso a outras modalidades de instalações.
Pelo contrário, para a agricultura e electricidade, os coeficientes apresentam níveis inferiores aos do passado recente, devendo atribuir-se o aumento de reprodutividade dos investimentos, no primeiro caso, a uma decisão integrada no conjunto de políticas programadas para o sector, e, no segundo, ao peso progressivo que as centrais térmicas virão a ocupar na expansão prevista para os fornecimentos de energia eléctrica.
Convirá ainda referir que, apesar da aceleração conferida aos sectores da educação e saúde, se prevê que os respectivos coeficientes capital-produto registem ligeira quebra, como consequência da cobertura de parte das novas necessidades pelo recurso à utilização de edifícios arrendados e aquisição de construções, já existentes.
No total das despesas em formação de capital fixo, continuarão a destacar-se, como componente de maior peso, as indústrias transformadoras. Devido aos elevados valores que apresentam os respectivos coeficientes capital-produto, outros sectores - electricidade, transportes e casas de habitação- ocuparão também posição saliente no total da formação de capital, bem como a agricultura, em virtude da aceleração conferida ao respectivo produto.
A concentração do investimento por sectores tenderá a atenuar-se. Com efeito, o conjunto das indústrias transformadoras, electricidade, transportes e casas de habitação representará em 1973 cerca de 67,3 por cento do total da formação de capital, quando em 1967 tal percentagem era da ordem dos 72 por cento. Também o conjunto dos serviços de saúde e educação verá atenuada a sua posição no total.