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7 DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(685)

verifique um considerável aumento da produção, que se espera conseguir sem detrimento de outras culturas ricas a desenvolver e susceptíveis de promoverem uma necessária e útil diversificação das exportações.
Prevê-se que este aumento de produção seja obtido pela ampliação da área cultivada e introdução de variedades altamente produtivas, perfeitamente adaptadas ao meio, bem como a utilização de- processos culturais mais aperfeiçoados.

43. A copra ocupa o segundo lugar entre as exportações de Timor, embora o seu valor represente apenas um décimo do do café. Oferecendo a província boas condições para o desenvolvimento da cultura do coqueiro, convém expandi-la, com vista à satisfação das necessidades de consumo interno de óleo vegetal, obtido localmente, e à exportação, quer sobre a forma bruta, quer de óleo extraído. Prevê-se, para o período do III Plano, a plantação de 1900 ha de coqueiros, a que deverá corresponder um acréscimo de produção da ordem das 1500 t. Avaliada a produção de copra em 3500 t/ano, é de admitir que lhe corresponda uma produção de cairo da ordem das 1200 t, a exportar de acordo com as possibilidades de colocação.

44. A borracha ocupa, na exportação, o terceiro lugar, depois do café e da copra. A. sua boa qualidade garante uma fácil colocação nos mercados externos, com relevância para o de Singapura. Nestes termos, é de prever um programa de acção tendente à melhoria dos processos de exploração e à criação de novas plantações, que se espera permita, no final do Plano, um aumento de cerca de 70 t na quantidade de borracha extraída actualmente, e, a mais longo prazo, um acréscimo da ordem das 600 t. Prevê-se que em cada ano do Plano sejam plantados, em média, cerca de 35 ha de novas árvores.

45. Está praticamente assegurada a produção da quantidade de tabaco necessária ao consumo interno - cerca de 550 t - pelo que o seu desenvolvimento dependerá das possibilidades de colocação nos mercados externos.
46. Embora ainda não tenha sido lançada a cultura do algodão na província, considera-se que ela pode ser introduzida no decurso deste III Plano de Fomento, prevendo-se que, dois anos após o seu início, se alcance uma produção de 1000 t anuais.

47. Tem-se como possível uma produção anual de cerca de 300 t de camim, a serem exportadas em bruto ou sob a forma de óleo a extrair localmente.

48. Estima-se a produção anual de tuaca em cerca de 3 milhões de litros; destina-se à obtenção de álcool.

49. Quanto ao arroz, a produção média do« últimos anos anda à volta das 15 000 t anuais, prevendo-se que as necessidades de consumo no final do III Plano atinjam níveis, que ultrapassem as 25 000 t.
No entanto, admite-se que os trabalhos de investigação e fomento desta cultura, em vias de execução ou a realizar MO III Plano, elevem a actual produção para um nível muito próximo das 30 000 t, o que permitirá a exportação de 5000 t.
50. O milho constitui um dos alimentos básicos da população, e, embora se possa esperar um gradual aumento de consumo da arroz, deverá intensificar-se a cultura até um nível suficiente para assegurar o abastecimento do
mercado interno, que se prevê atinja, em 1973, valores superiores a 42 000 t. Para este aumento de produção deverão contribuir, além das medidas de ordenamento agrário e de selecção de sementes, a limpeza mecânica e arroteamento de zonas de planície e a introdução de sistemas racionais de rotação.

51. A batata-doce, cultura bastante difundida, tem uma produção que oscila pelas 15 000 t anuais. Estando calculadas em cerca de 30 000 t as necessidades de consumo interno em 1973, torna-se necessário duplicar a produção, o que se considera possível.

52. A batata europeia é alimento que, talvez pela escassez de produção, ainda não entrou nos hábitos alimentares da população autóctone. Crê-se que, com a manutenção e garantia de preço compensador para toda a produção, e resolvido o problema de armazenagem e distribuição de sementes seleccionadas, se poderão verificar aumentos sucessivos do volume de produção que eliminem as importações.

53. A produção actual de mandioca situa-se nas 9000 t, mas, tendo em atenção as condições favoráveis do meio. os poucos cuidados que exige e as elevadas produções unitárias, julga-se possível obter produções anuais da ordem das 40 000 t, o que excederá em muito às necessidades de consumo calculadas para 1973. Prevê-se ainda a transformação local dos excedentes, o que leva a admitir uma possível exportação anual de cerca de 5000 t de farinha de mandioca.

54. O feijão é alimento essencial para o equilíbrio da dieta alimentar do Timorense. Prevê-se, por isso, intensificação e o alargamento da sua cultura, para o que se apontam, como medidas a adoptar, a distribuição de sementes melhoradas, a introdução de sistemas rotacionais, a escolha de terrenos propícios e a prestação de assistência técnica.

55. A província está a importar anualmente mais de 14001 de farinha de trigo, num valor aproximado de 2000 contos. Para obviar a este inconveniente, e dada a existência de terrenos potencialmente aptos, a cultura do trigo deverá ser uma cultura a difundir intensamente durante o III Plano.

56. O amendoim, pelo lugar excepcional que pode vir a ocupar, quer directamente na alimentação, quer na industrialização e exportação, será uma cultura merecedora de uma atenção e interesse especiais nos próximos anos. Calculando-se em cerca de 24 000 t as necessidades de consumo interno ao findar o III Plano de Fomento e limitando-se, a produção actual a cerca de 650 t. tem-se uma ideia do desnível que será necessário preencher durante a vigência do Plano.

57. Existe na província um campo vastíssimo para cultivo do rícino, admitindo-se como possível uma produção da ordem das 300 t, a exportar em bruto ou então a transformar internamente.

58. A província oferece condições óptimas para todas as variedades da cultura hortícola, estando o volume de produção condicionado apenas pela intensificação cultural e, sobretudo, pelas possibilidades de colocação, em boas condições e com regularidade, nos mercados consumidores, dos quais se destaca o de Díli.