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21 DE FEVEREIRO DE 1969
As cifras não são muito diferentes das de 1966. 0 reforço das matérias têxteis veio de melhores valores no algodão em rama, porque o sisal continua em crise, como já se viu ao tratar da conta geral de Angola.
Nos produtos alimentares ocupa posição de relevo a castanha de caju, que em 1964 teve a exportação de 124 293 t. As de 1967 não atingiram metade.
O quadro mostra a dependência de poucas secções pautais. Se às que foram já mencionadas, II, IV XI — reino vegetal, produtos alimentares e matérias têxteis— for acrescentada a v —produtos minerais—, obtêm-se mais três quartas partes do total das exportações, ou cerca de 83 por cento.
Esta é a realidade de Moçambique. A melhoria provém também da secção respeitante aos produtos minerais, que contém a produção vendida da refinaria, à volta de 250 000 a 280 000 contos.
Mas neste caso há a contrapartida na importação de petróleo bruto.
Principais exportações
14. Mencionaram-se os decréscimos na exportação de castanha de caju, do açúcar e do sisal, três mercadorias que pesam muito no comércio externo de Moçambique.
Felizmente que houve melhorias noutros, como se verifica no quadro seguinte:
[Ver Diário Original]
Às mercadorias do quadro haveria que adicionar os produtos refinados, com valor de cerca de 277 000 contos em 1966.
O algodão em rama ocupa o primeiro lugar em 1967, com 642 558 contos, e 39 334 t. A melhoria foi de 147 062 contos e no peso de 10 050 t. E um progresso muito sensível e útil. A intensificação desta cultura auxiliará a balança de pagamentos da zona do escudo.
A metrópole importa grandes quantidades de algodão de países que nem sempre merecem protecção, como a Síria, o Egipto e outros. No parecer da metrópole trata-se desta mercadoria.
Na castanha de caju a quebra foi grande, menos 127 912 contos; a tonelagem não atingiu metade de 1964. Elevou-se a 56 192 t. E verdade que Moçambique já exportou 8080 t de amêndoa de castanha de caju, no valor de 222 798 contos. E uma indústria recente com grandes possibilidades. Deste modo, os produtos de caju —castanha e amêndoa — contam nas exportações com 531400 contos, o que não é superior à cifra de 1964.
Outros produtos mantiveram os seus valores, com nítida melhoria nos óleos vegetais (mais 57 320 contos) e na copra (mais 22 861 contos), e ainda em outros, como os óleos minerais.
15. Os valores unitários, no conjunto, melhoraram. A balança do comércio foi auxiliada pela melhoria de 101$. Mas os valores unitários na exportação são baixos e ainda estão longe dos de. 1960, como se verifica no quadro seguinte:
1960.................. 3 686$50
1961.................. 4 159$20
1962.................. 2 667$30
1963.................. 2 548$00
1964.................. 2 902$00
1965.................. 2 697$30
1966.................. 2 614$10
1967.................. 2 715$20
O nível dos valores unitários depende muito da qualidade das exportações. Moçambique não exporta géneros ricos, daí o baixo valor.
16. Um exame mais profundo da tonelagem exportada (em certos produtos) e do valor unitário mostra as causas do pequeno aumento.
O algodão, com peso relativamente alto no total, teve o valor unitário de 16 336$, menos do que nos três últimos anos. Na lista das principais mercadorias houve progressos nas madeiras e nos minérios; nestes últimos o valor unitário atingiu 8329$, contra 4304$ em 1966.
O caso do sisal é doloroso. O seu valor unitário em 1967 foi inferior a metade do de 1964 — 4316$, contra 8688$.
No quadro seguinte inscrevem-se os pesos exportados e os valores unitários de alguns produtos:
[Ver Diário Original]
Mantém-se o que se escreveu o ano passado sobre a produção de algodão, extensivo à de açúcar. Na verdade
não se compreende a baixa para 109 451 t, menos 37 618 t do que em 1966. Ano incerto? Más colheitas?