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1698 DIÁRIO DAS SESSÔES N.º 84

ros do Estado, a quem todos aos, utentes da estrada, tanto devemos, um acréscimo do provento com nitidez da expressão.

Não teve, certamente, a nossa palavra apagada e produzida nesta Câmara, em intervenção de Abril de 1970, influência profundamente gravada pura tão exacto proceder, mas "pesar disso, e porque a situação de vincaria precariedade em que se debatia essa classe humilde, mas de tanta grandeza e máximo préstimo na sua exercitação, nos mereceu, e não só palavras, mas também passos largos a favor da sua melhor vivência, acabando por lhe ser atribuída uma maior renda, que bem merecia, eu não devo calar o meu grande reconhecimento aos dois homens públicos que, resolvendo desta maneira, com cautela mas em segurança, as perturbações mais agudas da vida nacional, assim seguem o rumo certo de pensamento de governo, bom e justo.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: E nesta certeza de um caminhar avante em perfeição, pelo que conheço da personalidade recta de sentido do Sr. Ministro das Obras Públicas, que eu venho renovar o pedido que fiz da melhoria de vencimento dos sumamente prestantes chefes de conservação de estradas, na esperança absoluta de o ver considerado muito em breve, que não só a da gratificação, porque essa é passo curto que não consegue destacá-los com a evidência requerida e ajustada de muitos dos seus subordinados, e até agora dos cantoneiros, sobre os quais têm hierarquia de comando, neste momento tão-só diferençarei por uns escassos 200$!

O Sr. Oliveira Ramos: - V. Ex.ª dá-me licença?

O Orador: - Com certeza.

O Sr. Oliveira Ramos: -Eu queria dar todo o meu apoio às considerações que V. Ex.ª acaba de produzir. E porque se trata de matéria do Ministério das Obras Públicas, desejava lembrar um problema da- mesmo, índole e referente a esse departamento. Está - resolvido o caso dos cantoneiros. É tempo de considerar a situação dos guarda-rios, assunto já mais de uma vez versado nesta Camará e que deve merecer do Ministério toda a atenção. Agora foi a ocasião dos cantoneiros. Oxalá em breve surja a oportunidade de atender aos guarda-rios.

Muito obrigado.

O Orador: - Agradeço a V. Ex.ª a achega preciosíssima que deu à minha intervenção, mostrando que outras situações existem, e que. precisam de remedeio urgente. Tonto quanto eu sei, o problema dos guarda-rios está em estudo e creio que para. solução, segundo me disseram, bastante breve. É tudo o que posso dizer a V. Ex.1 O mesmo não sucede aos chefes- de conservação.

É o que os chefes de conservação são mesmo credores do maior acarinhamento, pois, como oportunamente acentuámos, apesar de todo o desfavor da seu vivei1, nunca essa classe bem activa deixou de cumprir o melhor que pôde a missão árdua que lhe está confiada, com elogio e consideração dos superiores e também dos particular e que reconhecem o seu denodado esforço e vontade de ser útil, de que é testemunho expressivo a premiação que lhe é atribuída anualmente, e por vincado mérito, pelo Automóvel Clube de Portugal".

Ficamos, pois, no convencimento seguro de que o Sr. Ministro das Obras Públicas, no seu critério esclarecido, resolverá, bem e depressa, a ingratidão de vida destes funcionários devotados, que ocupam, certa posição social, mercê das habilitações culturais que lhe são exigidas e que há que ser lembrada.

Afinal, nem sequer o aumento de despesa com uma melhoria conveniente seria de difícil suportarão pelo orçamento dos serviços, pois os interessados mal chegam as duas centenas.

Aguardamos confiadamente na observação atenta- e recta do Sr. Ministro para mais um acto de justiça, que apreciaremos e creditaremos na sua já longa conta corrente de bem-fazer pelo País.

Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem l O orador foi cumprimentado.

O Sr. Almeida e Sousa: - Sr. Presidente: foi com extrema relutância, e apenas compelido pelo dever que me impõe o ter aceitado defender aqui, custe o que custar e custe a quem custar, os interesses do povo português, que no passado dia 4, denunciei nesta sala certas afirmações acerca dos preços praticados pela Siderurgia Nacional. Mais penoso me é ainda ter de analisar hoje, primeiro, a larga exposição aparecida em todos os jornais de Lisboa do dia 11 s mós do Porto do dia seguinte, e, depois, a que ontem nos surpreendeu, numa abundância de informação que, por intempestiva, intrigou muita geute.

Comentando a primeira, direi que, como esperava e o disse, não negava, esse documento nenhum dos pontos essenciais da minha intervenção. Nem a diferença de preços entre o ferro que poderíamos obter e o que nos obrigam a comprar, nem a protecção à da sociedade demonstrada pelos impressionantes números que deixei. Não negava, nem podia negar.

Todo o longo relatório, como se esperava e se disse que Re esperava, se referi-a apenas a franja da intervenção, nos preços dos mercados internos de outros países - dados, aliás, a título indicativo-, preços muito mais fluidos e muito menos controláveis pelo povo português. Essencialmente, e já que o preço francês se não contestava, falava-se de preços belgas.

Ora, e é com muita tristeza que o tenho de dizer, mas digo-o alto e bom som, todos os cálculos acerca dos preços belgas de varão comunicados País pela Siderurgia Nacional no passado dia ] l partem de uma base errada e estão errados, portanto.

Mais grave, se mais grave pode havei- do que induzir todo um país em eiró por intermédio dos seus órgãos de informação, mais grave é ainda, penso, ter-se lançado indevidamente sobre um membro desta Câmara o labéu, se não de dolo. espero, pelo menos de inexactidão, de injustiça e de incorrecção (dos números, que não da pessoa evidentemente).

Da gravidade deste facto deixo a V. Ex.ª, como representante da Nação, o juízo.

A demonstração rios meus números seria por de mais simples e indesmentível. Apresentá-la-ia certamente hoje aqui, perante V. Ex.ª se a Siderurgia Nacional se não tivesse adiantado em torná-la desnecessária, em longa e apressada exposição, que não houve a coragem de dizer não ter tido outro fim senão evitar o inevitável desmentido.

Confessa agora a Siderurgia Nacional - bem diluída. é certo - que a cotação de 5800 francos belgas que aqui tinha sido apresentada é de facto bem correcta, ao contrário do que, desmentindo-me peremptoriamente, afirmara em todos os jornais, há Reis dias apenas.

Se o confessasse clara e simplesmente, de maneira, que toda a gente compreendesse que tinha sido enganada,