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3222 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 161

Alentejo, e dá-me a impressão que a fixidez é realmente muito mais útil e proveitosa.
Mas, dizia eu, é favor granido que ficamos devendo ao Sr. Ministro do Interior, este de resolver problema de tanta incidência no viver alentejano, em forte reflexão.
Sr. Presidente a Srs. Deputados:
Mus na verdade todos sabemos das dificuldades tremendas, nos dias de hoje, de policiamento com fixidez, e quer nos aglomerados mirais como nos urbanos, onde a Guarda Nacional Republicana e a Polícia dia a dia sentem os' seus efectivos assustadoramente decrescidos.
Beja, cidade a acresceu ter-se em ritmo da maior aceleração, tem já mais de duas dezenas de vagas na sua Polícia, já de si extremamente minguada. E, aqui em Lisboa, não é novidade para alguém, que é grande o desfalque nos quadros, e a acentuar-se cadn vez mais.
Por isso mesmo a criminalidade aumenta - e em que medida! -, torna-se de exagerada violência e audácia, e agora "tinge gravemente o cerne do País, que é a nossa juventude, entregue já a provação da droga!

O Sr. Duarte do Amaral: - V. Ex.ª dá-me licença?

O Orador: - Faça favor.

O Sr. Duarte do Amaral: - V. Ex.ª está convencido que é só isso?

O Orador: - Não. Há mais razões, mas esta é importante. É, talvez, das mais importantes.
Contra esta tão negra nódoa moral, todos devemos, com redobre de forças, dar tudo por tudo para a apagai de vez, não consentindo que consporque miais o nosso viver até aqui isento dessa mancha infamante.
Sr. Presidente e Srs. Deputados:

Para tanto é preciso que os sentinelas vigilantes da ordem e da pureza dos nossos costumes tenham aliciação pura um exercício proficiente, por ganho acrescentado. Não é possível ter agentes da nossa quietude, bastantes e bons, se as letras onde se integra a sua existência dificultosa suo das últimas de um, alfabeto que somente conta vinte e três, mas na sua relação com os vencimentos, o U e até ao Z parecem estar a distância infinita do A!
Hoje pago-se no Alentejo muito mais, quase o dobro, se atentarmos nos muitos benefícios concedidos a um tractorista ou mesmo n um maioral, que a uma praça da Gr. N. R., a um agente da Polícia da Segurança ou da Judiciária.

De notar é que qualquer destes agentes obriga-se a serviço activo permanente, serviço que é da maior rudeza, e ainda mais sujeito ao risco,, tontos vezes sério, da turbulência do tempo e dos homens.

O Sr. Cancella de Abreu: - Muito, bem!

O Orador: - Incluídos na mesma letra dos escriturários, estes com diminuída responsabilidade, e apenas seis horas de serviço diário, é que não achamos bem, e connosco todos quantos prezam a tão necessária acalmia.
Ninguém, pois, verá com maus olhos, e pelo contrário isso só será visto por bem, que para além de outras regalias, tal como o subsídio de. renda de casa, e mais, & força seja dada- mais força de provento, para que todos nós tenhamos o sossego por que se anseia, que é ela n força maior da nossa promoção económica e social.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi cumprimentado.

O Sr. Dias das Neves: - Sr. Presidente: As populações do círculo de Santarém, de quem recebemos honroso mandato de representação nesta Assembleia, acabam de passar por duas situações a que desejo fazer referência.
A primeira, que vai já constituindo rotina, foi a verificação de mais uma cheia- do rio Tejo, que uma vez mais, também, indiferente às grandes obras de aproveitamento hidroeléctrico do seu curso superior e teimando em contrariar todas as previsões mais ou menos optimistas, galgou as suas margens e cobriu os terrenos marginais, transformando-os num imenso mar, apossando-se deles num deleite de posse, ao mesmo tempo belo e trágico, com todas as consequências nefastas daí resultantes.
O rio Tejo, que pode ser e é fonte imensa de riqueza e de progresso, mais uma vez espalhou as suas águas, à com elas a ruína e desolação, e transforma-se assim, à forca de repetição anual das suas cheias, numa espécie de condensação, a que estão votadas aquelas boas gentes trabalhadoras e pacientes, destruindo teres e haveres, que afectam toda n economia da região, que nos últimos vinte e cinco anos terá sofrido prejuízos que podem ser avaliados num valor médio da ordem dos 150 000 contos anuais.

À tristeza que sempre causa esta situação sucedeu-se, porém, outra, a alegria da notícia que veio a público na imprensa do passado dia 10 de Fevereiro, de que, em reunião u que presidiu S. Ex.ª o Ministro das Obras Públicas, foram, apreciados os estudos prévios para regulamento do caudal do Tejo.
Quando, há cerca de dois anos, mais uma cheia do Tejo atingiu os limites de uma trágica fatalidade, S. Ex.ª, em visita de- trabalho ao local flagelado, para além de medidas de emergência que. o momento requeria, e que prontamente concedeu, anunciou a criação de uma comissão para estudo dos problemas da regularização do Leito do Tejo.
Passado que foi este tempo, criada a Comissão Orientadora do Plano Geral de Regularização do Rio Tejo e o Gabinete do Plano Geral de Regularização do Rio Tejo, eis que o estudo prévio surgiu, e com ele a esperança de solução deste grave problema, que afecta Extraordinariamente toda a economia da região, e que, sendo das mais férteis do País, tem certamente a maior incidência na economia nacional.
À clarividência de pensamento do Sr. Ministro Bui Sanches, na apreciação das problemas que correm pelo seu Ministério, a que corresponde sempre uma dinâmica de acção, que S. Ex.ª imprime às suas resoluções, e uma rapidez de execução dos serviços do Ministério das Obras Públicas, e a que o País inteiro se vai habituando, tão evidentes são os benefícios deste estrio de governo, fica o Ribatejo e todo o distrito de Santarém devendo o mais alto dos serviços.
Efectivamente, aquele rio, que é fonte de riqueza, mas que, como dizia, representa uma espécie de condenação permanente de ruína e miséria, está em vias de se tornar numa for-te esperança devida, se não numa grata certeza de desenvolvimento e aproveitamento total dê uma região que oferece ao País a promessa de um mais amplo desenvolvimento.
Assim, o meu distrito de Santarém, que tanto tem merecido já o carinho e a atenção de S. Ex.ª o Ministro das Obras Públicas, sente que lhe fica devendo o mais relevionlte dos serviços.
Sabendo embora que a solução do problema, tal como foi anunciado, não é fácil nem a curto prazo; sabendo embora que haverá ainda que sofrer algo, sente igual-