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1218 I SÉRIE - NÚMERO 35

de Angelo Correia o esbirromor do Governo AD -, são obrigadas a retirar. O PSD e o CDS são aqui o eco dos grandes senhores arcaicos de Guimarães e não do povo laborioso de Guimarães, que é explorado pelos mesmos grandes senhores.
No entanto, a combatividade e a coragem dos trabalhadores vizelenses não pode deixar-se enredar num regionalismo retrógrado, como pretendem os reaccionários de Guimarães. Os operários e os trabalhadores de Vizela também não podem deixar que esta unidade, que agora está contra os grandes senhores de Guimarães pela imposição do concelho de Vizela, os deixe enredar e os impeça de, depois, continuarem uma luta pelos seus interesses mais concretos dentro do próprio concelho, porque a existência do concelho de ^Vizela não vai acabar com os problemas dos vizelenses. É uma grande vitória, mas terão que continuar a lutar por melhores salários, contra o desemprego, contra todas as medidas que estes governos querem atirar sobre vós. Portanto, esse exemplo de luta tem que prosseguir sempre
Sr. Presidente e Srs. Deputados, este exemplo de luta do povo de Vizela está ligado à luta dos operários da Siderurgia, dos operários da Lisnave e da Setenave, dos operários dos proletários agrícolas da Reforma Agrária. É nesta luta por melhores salários, contra as repressões e despedimentos, que serão cada vez mais uma realidade com o agudizar da crise, que se forja a luta maior do nosso povo para dar melhores condições de vida para todos os portugueses que trabalham, para todos aqueles que, com o seu suor e até já com o seu sangue, têm levantado este país e têm tentado levantar a democracia no nosso país contra as imposições dos senhores que aqui são representados pela AD, nomeadamente pelo PSD e pelo CDS.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, se outro mérito não tivesse a luta dos Vizelenses, que há-de sair vitoriosa, teve o de confirmar ao nosso povo, por todo este país, que os caminhos da luta firme e corajosa aí estão para impor a vontade dos trabalhadores e do povo contra os seus inimigos, os únicos caminhos que levarão à vitória e que poderão levar à liberdade, ao bem-estar e à independência para o povo.

Viva o concelho de Vizela!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, declaro encerrado o debate e vamos proceder à votação.
Penso que seria desnecessário voltar a recordar que toda e qualquer manifestação estranha ao Regimento desta Casa não pode ser consentida e seria um insulto, que não será tolerado, dirigido a este Órgão de Soberania.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Estou convencido que assim não sucederá porque todos os presentes sabem que em democracia é o voto, e só o voto, que conta.

Vozes do PSD e do PPM: - Muito bem!

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, compreendo perfeitamente os apelos de V. Ex.ª ao comportamento das pessoas. No entanto, gostaria que me dissesse se faz parte do entendimento democrático desta Câmara estarem as galerias cheias de polícias neste momento.

Vozes do CDS e do PPM: - Faz sim senhor!

O Orador: - A resposta não é vossa, mas sim do Sr. Presidente, porque eu interpelei a Mesa.
Considero que não faz parte do comportamento democrático e da confiança democrática que aqui tantas vezes é expressa o facto de as galerias estarem neste momento cheias de polícias. Acho que não devem e que não têm que lá estar.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, os agentes de segurança estão hoje aqui presentes como estão sempre nas sessões da Assembleia da República.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - E pelo facto de estarem presentes não podem, de maneira nenhuma, perturbar o funcionamento da Assembleia.
Ora, estou certo que eles se saberão comportar tal e qual como as pessoas que estão a assistir à sessão porque têm a noção do respeito que têm que ter por esta Casa.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - É que há intimidação implícita e explícita em relação aos assistentes, Sr. Presidente.

A Sr.ª Helena Cidade Moura (MDP/CDE): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Helena Cidade Moura (MDP/CDE): - Sr. Presidente, queria que V. Ex.ª fizesse o favor de recomendar à Polícia de Segurança que não tomasse posições diferentes daquelas que tem tido durante a discussão no Plenário.

Vozes do PSD: - Ah!

O Sr. Silva Marques (PSD): - Isso é uma provocação!

A Oradora: - Srs. Deputados, isto é extremamente sério. Quando o Sr. Presidente anunciou que se ia passar à votação houve alguns senhores polícias que avançaram para o meio das galerias. Portanto, penso que não se deve proceder à votação sem que esses polícias se remetam ao lugar que lhes compete, que é atrás das galerias.

Vozes do MDP/CDE e do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, os agentes de segurança só agirão sob minha ordem. Enquanto eu não a der, eles não agirão.

Aplausos do PSD, do PS, do CDS, do PPM, da ASDI, da UEDS e do MDP/CDE.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.