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ver cerca de 150 000 jovens. Certamente que muitos milhares de jovens vão ser integrados nas empresas porque vão adquirir formação profissional adequada.
Também o sistema de aprendizagem aumenta mais 200% este ano e atinge quase 3500 jovens.
Em actividades independentes - ocupação temporária, apoio salarial, desempregados de longa duração serão envolvidos 40 000 jovens.
Em inserção de jovens técnicos, de jovens quadros, em apoio a contratação e à criação do próprio emprego serão envolvidos mais de 3000 jovens.
O sistema de incentivos para a contratação de jovens por tempo indeterminado poderá atingir, em 1987, 20 000 jovens, ou seja, novos contratos de trabalho.
Através do Fundo de Apoio, das iniciativas de jovens empresários e da aplicação dos fundos estruturais da CEE várias centenas de pequenas e médias empresas surgirão que, certamente, gerarão alguns milhares de postos de trabalho.
Em 1986, as acções lançadas pelo Ministério do Trabalho permitiram criar emprego líquido, aliás, conforme o demonstram as estatísticas, o desemprego de jovens diminui, ainda que haja quem ande à procura do novo modelo estatístico para demonstrar o contrário.
Em 1987, a criação líquida de emprego poderá ser superior se deixarem o Governo governar e mais de 120 000 postos de trabalho poderão ser criados para jovens.

Aplausos do PSD.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, concedo-lhe a palavra quando acabar esta pergunta.

O Sr. Jorge lemos (PCP): - Mas, Sr. Presidente, o meu partido foi expressamente citado pelo Sr. Secretário de Estado. Penso, pois, que a altura própria para eu usar da palavra seria neste momento.
Mas se o Sr. Presidente entende que deve ser no fim, não me oponho ...

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Relvas.

O Sr. Miguel Relvas (PSD): - Sr. Secretário de Estado, fiquei elucidado em relação à pergunta que lhe coloquei. Gostaria, no entanto, que pormenorizasse o número de postos de trabalho a criar em 1987, que objectivos pretende o Governo atingir e se considera simultaneamente suficientes esses objectivos.

O Sr. Presidente: - Sr. Secretário de Estado, tem a palavra para responder.

O Sr. Secretário de Estado da Juventude: - No que diz respeito ao atingir os objectivos, direi, em primeiro lugar, que os projectos previstos já correspondem ao máximo de financiamento possível dentro dos condicionalismo financeiros. Mesmo assim, conforme acabei de demonstrar, serão geradas muitas oportunidades de trabalho.
Quanto às metas, diria que elas serão atingidas a 100% - até poderão ser ultrapassadas - desde que para isso os partidos responsáveis compreendam que os interesses dos jovens e a gravidade dos seus problemas estão acima dos interesses partidários.

I SÉRIE - NÚMER0 35

O Sr. Miguel Relvas (PSD): - Muito bem!

O Sr. Eduardo Pereira (PS): - Parece uma cassette!

O Orador: - Para isso, acho que bastava que o grupo de partidos que referi como tendo-se colocado muitas vezes bloqueando determinadas acções governativas encarasse a necessidade do desenvolvimento económico e social do País ...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Muito bem!

O Orador: - ... , que encarasse e compreendesse, finalmente, que os problemas dos jovens portugueses exigem consenso, exigem colaboração em busca de soluções que não estão, tal «varinha mágica», na mão de uma só pessoa. É em nome desses jovens que é preciso saber encontrar este consenso e esta colaboração. Para tal, basta que os partidos políticos responsáveis assumam a problemática juvenil na dimensão nacional, encarando-a como o centro de gravidade da construção do futuro.

O Sr. Miguel Relvas (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Um exemplo sintomático, Srs. Deputados, é o que se passa com a legislação laboral. Haja coragem política para criar um modelo moderno e europeu e será vencido um dos maiores obstáculos à criação de novas empresas! E o problema, Srs. Deputados, não é as empresas que já existem. Com a actual legislação, algumas empresas já responderam e alguns jovens também. O problema é a criação de novas empresas, e com o actual quadro político essa criação não existe, e sem novas empresas não há empregos. Por isso, os objectivos do Governo serão atingidos se nos deixarem governar.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Jorge Lemos, pergunto-lhe agora para que deseja a palavra.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Sr. Presidente, uma vez que o meu grupo parlamentar foi citado e não tinha sido posta a questão de a minha bancada intervir nesta «encomenda» de pergunta e resposta entre o Grupo Parlamentar do PSD e o Governo ...

O Sr. Miguel Relvas (PSD): - Não temos os vossos hábitos!

O Orador: - ... , era apenas para dizer que acho que o Sr. Secretário de Estado fez tudo o que pôde - mas foi pouco - para tentar «repor a cara» que tinha perdido no programa da RTP «Parlamento», quando não foi capaz de responder ao País sobre as questões colocadas. Mas, enfim, o Governo entenderá que está a governar bem. Aliás, vê-se! Os jovens têm-no aplaudido, vêem-se os jovens aí a crescer num movimento de apoio ao Governo.

O Sr. Miguel Relvas (PSD): - É um facto!

O Orador: - Gostaríamos era de menos palavras e de mais acções para combater o desemprego juvenil.

O Sr. Presidente: - Se desejar responder e dar explicações, o Sr. Secretário de Estado tem a palavra.