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1374 I SÉRIE - NÚMERO 38

circular, que não passa por todos os municípios mas melhora a situação no domínio dos transportes em todos eles.
Clama-se contra a falta de participação dos interessados ou chama-se farsa às reuniões de trabalho que eu próprio tive com os autarcas de todo o País, com membros da comunidade científica, com os governos das regiões autónomas, com as associações ou núcleos empresariais, com as universidades e institutos politécnicos. Todavia, nunca um documento como o plano de desenvolvimento regional, agora em ultimação, teve tanta auscultação dos destinatários e dos seus potenciais agentes implementadores.
Queixaram-se de que o Governo não coordena o esforço de desenvolvimento, mas logo disseram que ele está demasiado presente, através das comissões de coordenação.
Queriam, naturalmente, que estas estivessem ao serviço da Oposição, descoordenando as acções por cuja condecoração, o Governo é, afinal, responsável.

Vozes do PSD:- Muito bem! Protestos do PCP.

O Orador: - Apontaram-se fracassos regionais em zonas nas quais sabem tal não acontecer ou, quando muito, nas quais sabem surgirem dificuldades locais, que muito está a custar remover mas em cuja ultrapassagem se insiste todos os dias.
Disse-se que a condução de verbas comunitárias para o País depende de haver regiões, citando-se o caso espanhol como paradigma, demonstrando-se assim, publicamente, ignorância e esquecendo que, até agora, ficámos largamente acima das médias esperadas nos quantitativos absorvidos desses fundos.
Voltou-se às queixas já ouvidas quanto à insuficiência de verbas transferidas para as autarquias locais, esquecendo que hoje há mecanismos quase automáticos de compensação que as beneficiam, de acordo com a evolução da riqueza geral, e esquecendo-se também que há equilíbrios gerais que não podem ser comprometidos, sob pena de deitar por terra todo o edifício que estamos pacientemente a erguer.
Diz-se que o Governo não tem rumo para a economia portuguesa, quando todos os dias se vê, nos jornais estrangeiros e nos nacionais que as reproduzem, as mais elogiosas referências ao que estamos a conseguir e às perspectivas para o futuro, se continuarmos a fazer como até agora.
Srs. Deputados interpelantes, ouvimos com toda a atenção os vossos desabafos mas não ficámos convencidos nem da justeza das críticas, nem da existência de uma estratégia da vossa parte para solucionar os hipotéticos males que apontaram.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Compreendo as dificuldades que devem sentir e a sofreguidão com que se agarram a uma frase mal interpretada para «tocarem a rebate». Porém, não é caso para tal porque este Governo governa bem, promovendo as coisas certas no momento certo, reflectindo sobre as soluções que propõe e mantendo-se fiel às promessas que fez ao eleitorado.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - No entanto, esta interpelação foi útil porque deixou bem claro que este Governo tem uma estratégia e, como bom executante que é, vai adaptando a táctica ao evoluir das coisas, porque quer vencer todas as escaramuças e ganhar a grande batalha do desenvolvimento.

Aplausos do PSD.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para uma interpelação à Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, gostaria de informar que vamos entregar na Mesa 72 requerimentos dirigidos Governo, relacionados com esta interpelação.

Vozes do PSD: - Só?!...

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a próxima reunião terá lugar amanhã às 15 horas e do período da ordem do dia consta a discussão do Decreto da Assembleia da República n.º 127/V - Alteração à Lei n.º 14/87, de 29 de Abril (Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu).

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 20 minutos.

Entraram durante a sessão os seguintes Srs. Deputados:

Partido Social-Democrata (PPD/PSD):

Abílio de Mesquita Araújo Guedes.
Adérito Manuel Soares Campos.
Adriano Silva Pinto.
Amândio Santa Cruz D. Basto Oliveira.
António Abílio Costa.
António Augusto Ramos.
António de Carvalho Martins.
António Fernandes Ribeiro.
António José Caeiro Gomes da Motta Veiga.
António José de Carvalho.
António Manuel Lopes Tavares.
António Maria Oliveira de Matos.
António Maria Ourique Mendes.
António Mário Santos Coimbra.
António Paulo Martins Pereira Coelho.
António Sérgio Barbosa de Azevedo.
António da Silva Bacelar.
Aristides Alves do Nascimento Teixeira.
Arménio dos Santos.
Arnaldo Angelo Brito Lhamas.
Belarmino Henrique Correia.
Carla Tato Diogo.
Carlos Lélis da Câmara Gonçalves.
Carlos Manuel Duarte Oliveira.
Carlos Manuel Pereira da Silva.
Carlos Matos Chaves de Macedo.
Carlos Miguel M. de Almeida Coelho.
Cecília Pita Catarino.
César da Costa Santos.
Dinah Serrão Alhandra.
Domingos Duarte Lima.
Eduardo Alfredo de Carvalho P. da Silva.