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5282 I SÉRIE - NÚMERO 109

pois com elas pode fazer palavras cruzadas para si mas a verdade é que nesta Casa não sou capaz de abordar os assuntos de uma forma galhofeira ou provoca tona que atenta contra a dignidade da Assembleia Por tanto isto não tem resposta.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Deputado Rogério Brito cada um procede como entender utiliza os adjectivos que quiser isso é repito o sortilégio da democracia que aliás os useiros e veseiros nestas coisas nunca desejaram - convém lembrar-lhes: Os Srs. Deputados nunca desejaram e ainda hoje mão desejam. Por isso os senhores compensam esse déficit democrático com um excesso acusatório e digamos insultuoso.
Sr. Deputado aqui mesmo se verificou o desfasa o mento total e flagrante entre a veemência do seu discurso e o vosso comportamento prático Coloquei isso em evidencia através de depoimentos comprovativos por parte de diversos participantes nos acontecimentos. Por isso Sr. Deputado meta a sua veemência verbalística no bolso e aproveite a sobretudo para as barricadas para o processo revolucionário.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente peço a palavra para exercer o direito de defesa da honra do Grupo Parlamentar do PCP.

O Sr. Presidente - Faça favor Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente Srs. Deputados: O Sr. Deputado Silva Marques excede se frequentemente. É verdade que há muitos ícaros o Sr. Deputado Silva Marques foi membro do PCP. Por tanto tinha nessa altura as suas convicções como membro do PCP que não eram as deste partido. Logo o Sr. Deputado era um homem que pretendia resolver tudo como se resolve nas zonas das tempestades. O Sr. Deputado era um Comunista com um tipo de convicções profundamente maoísta queria levar tudo à bomba mas não eram essas as posições do PCP. Ora o Sr. Deputado continua a pensar como o PCP pensava nessa altura em que já não pensa a como o PCP. Portanto aquilo que o Sr. Deputado diz não vale por aquilo que pensamos porque nunca pensou como nós.

O Sr. Presidente: - Para dar esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente Srs. Deputados: De facto esta é uma situação muito interessante.
Sr. Deputado Carlos Brito graças a Deus - e devo dizer que sou ateu - que nunca pensei como o PCP senão ainda lá me encontrava.
Srs. Deputados do PCP VV. Ex.ªs tem de se convencer que não tem o monopólio da democracia! A democracia não está controlada pelos senhores nem sequer as iniciativas de fiscalização. Ainda hoje os Srs. Deputados identificam Estado com Partido Comunista. E por isso que se permitem identificar a Festa do Avante com máquinas e dinheiro das câmaras e fazem no tranquilamente - dou-vos esse beneficio da duvida. Portanto é uma circunstância atenuante como se verificará no inquérito que certamente irá ter lugar. É uma circunstância atenuante. Os senhores fizeram isso em plena consciência dessa concepção que tem de identificação entre o partido e o Estado e portanto também entre a câmaras e Festa do Avante. Contudo Sr. Deputado não vale a pena incomodar se com o meu passado que como sabe e publico e eu próprio me encarreguei de o publicitar. O Sr. Deputado recorda se perfeitamente dos nossos velhos tem pôs em que fiz mais barulho com a minha dissidência na clandestinidade do que todos os dissidentes de hoje em liberdade Portanto somos velhos conhecidos.
Na clandestinidade - aliás e lindíssimo invocar esses tempos - fui perseguido pela policia política amordaçado pela censura e perseguido - permita me o termo mas era legitimo do ponto de ista do afronta mento político - pelo próprio Partido Comunista Há trinta anos fiz vos mais a vida negra do que hoje se fazem todos os dissidentes em democracia. Por isso o Sr. Deputado tem de facto toda a razão em invocar esses velhos tempos que recordo aliás com saudade estética porque se tratava de uma luta ética e cheia de emoções. Hoje a democracia é uma coisa rotineira enfim não tem o mesmo grau de ardor.
Mas do que eu queria falar Sr. Deputado era do incidente entre o discurso do seu colega que dava a impressão de que a Nação estava a cair em consequência da actuação horrorosa do Governo que está de olhos fechados para todos estes problemas palpitantes da Nação e o vosso comportamento prático ocorrido ainda esta manha Portanto foi apenas isto que eu quis por em flagrante contraste e felizmente com testemunhas neste momento presentes. Refiro me pois aos factos que ainda se passaram há pouco ao meio dia como aliás confirmou o Sr. Deputado Carlos Brito. Ora os senhores perante um caso tão trágico tão importante para a Nação só apresentaram o projecto de deliberação ao meio dia. Ao menos deviam no ter apresentado ontem já que o assunto era tão grave.
Por isso Sr Deputado conhecemos tudo isto de cor e salteado. Eu só intervim para por alguma água nessa fervura mas isto felizmente não tem quaisquer con sequências práticas para a democracia. No fundo foi apenas um pequeno incidente que uma vez mais pôs a claro a grave incoerência entre o vosso verbalismo e o vosso comportamento mais nada.
Mas agradeço ao Sr. Deputado Carlos Brito que diga que nunca pensei como o Partido Comunista Português. De facto o PCP pensava de uma forma horrorosa não dava qualquer entusiasmo. Nem hoje dá. Hoje é a mesma coisa.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção tem a palavra o Sr. Deputado José Apolinário.

O Sr. José Apolinário (PS): - Sr. Presidente Srs. Deputados: Em Portugal o cavaquismo reinante tem idolatrado ate ao exagero o culto da juventude instalada adocicada e a mercê de um juventudismo aparvalhado Confrontados com o peso do marketing governamental muitas vezes demasiadas vezes ficamo-nos no plano político parlamentar pela discussão do lufa lufa diário talvez pela discussão das manchetes mas entendemos que consolidando a alternativa importa apresentar propostas pela positiva. É pois nesse sentido que apresentamos hoje três projectos de lei sobre as questões da juventude que tem como marca