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2446 I SÉRIE-NÚMERO 75

Europa, como é o caso dos concelhos de Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha e outros.
Tem, na sua área geográfica, diversos monumentos históricos, que atestam e ilustram que já vêm, de muito longe, os laços existentes entre as gentes deste distrito, com as suas tradições, usos e costumes, que, ainda hoje, se mantêm vivos, como é o caso dos Mosteiros da Batalha e de Alcobaça, dos Castelos de Óbidos, Porto de Mós, Leiria e Pombal, entre muitos outros verdadeiros ex libris no domínio do património histórico do País.
Tem, na capital do distrito, a cidade de Leiria, uma cidade moderna, que tem levado a que seja referida, no futuro, como a quarta cidade do País e, ao mesmo tempo, que deverá aprofundar, mais e melhor, o seu relacionamento com os outros 15 concelhos, que com ela constituem o distrito.
Tudo isto é sentido, no distrito de Leiria, principalmente pelas forças associativas, que têm um peso decisivo na vida dos cidadãos, através do seu empenho na defesa de grandes metas de desenvolvimento para todos os concelhos do distrito e especialmente na defesa da unidade do distrito de Leiria.
Será, aliás, justo reconhecer-se não só o papel de várias associações como também o papel da comunicação social, que, na generalidade, tem tido uma função pedagógica, determinante na defesa da valorização e unidade do distrito, no sentido de polarizar uma região entre Coimbra e Lisboa.

A Sr.ª Maria Luísa Ferreira (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Sr.ªs e Srs. Deputados: O Estado, através de um novo olhar para esta região do nosso país, contribuiu decisivamente para que as transformações económicas e sociais ocorridas transformassem o distrito de Leiria num distrito mais urbano e menos rural, onde hoje se vive melhor e existe uma melhor qualidade de vida.
Mas, infelizmente, associados aos grandes períodos de desenvolvimento, existem sempre alguns sectores, que, por vezes, não conseguem acompanhar estas transformações.
No distrito de Leiria, existem ainda problemas, que têm de ser entendidos como prioritários para o futuro, problemas no sector agrícola, piscatório, têxtil e ainda de melhoria da competitividade e qualidade em alguns sectores vitais da actividade económica.
Para contrariar estes problemas, é necessário, no futuro, que o Estado continue a apostar na construção de infra-estruturas vitais em diversos sectores, que apoie e facilite o investimento privado, que defina uma política ao nível do ensino superior e politécnico, de maior ligação ao meio social e industrial do distrito, passando pela criação de uma universidade pública, que conclua, com rapidez, a restante rede de vias de comunicação prevista (caso do IC n.º 1, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz e do IP n.º 6 Peniche-Castelo Branco, da abertura ao tráfego civil da Base Aérea de Monte Real e da modernização da linha ferroviária do Oeste), sendo urgente que, com coragem, se pare para pensar na actual definição geográfica e administrativa ao nível das NUT II e III, que começa a verificar-se não servirem os interesses dos cidadãos, dos concelhos do distrito e da região.

A Sr.ª Maria Luísa Ferreira (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Com estas e outras questões resolvidas, estou em crer que os cidadãos do distrito de Leiria, com a sua grande dinâmica e criatividade, continuarão decisivamente a moldar a mudança, que se justifica para um futuro melhor para si e para Portugal.

Aplausos do PSD.

O Sr. Rui Vieira (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Para que efeito?

O Sr. Rui Vieira (PS): - Gostaria de pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado João Carlos Duarte, se fosse possível, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Ferraz de Abreu): - Sr. Deputado, o PS já não dispõe de tempo, mas, dada a importância do tema e da região, aqui representada pelo Sr. Deputado João Carlos Duarte, a Mesa concede-lhe um minuto.
Tem a palavra.

O Sr. Rui Vieira (PS): - Muito obrigado pela atenção. Sr. Presidente.
O Sr. Deputado João Carlos Duarte fez uma intervenção onde realçou, e bem, os aspectos positivos que podem ser observados em Leiria. No entanto, ficou-se apenas por aí, embora na parte final, timidamente, tenha aflorado alguns aspectos que constituem hoje as principais preocupações não só das pessoas que ali vivem como de nós, que somos os representantes do distrito aqui na Assembleia da República.
Disse o Sr. Deputado, depois de ter traçado um quadro mais ou menos cor-de-rosa, que ainda havia sectores com problemas, que não acompanhavam o nível de desenvolvimento da região, que era o caso do sector agrícola, das pescas, do têxtil e de outros sectores da actividade económica. Sr. Deputado, estamos praticamente com problemas em todas as áreas! Mas diz ainda que ali temos dois portos de pesca que, provavelmente, são dos melhores do país. De acordo, temos os portos, corremos é o risco de não ter pesca, pelo que deixarão de ser portos de pesca. Poderão chamar-se portos, mas não de pesca provavelmente, porque, se as coisas continuarem como até aqui, será difícil a actividade da pesca continuar a ter a importância que tem registado no distrito nos últimos anos
Falou da universidade pública, uma preocupação em que acompanho V. Ex.ª. Porém, há aqui uma questão que, em meu entender, com toda a seriedade, temos de deixar de falar ou, então, falar mas numa outra perspectiva, que é a abertura ao tráfego civil do aeroporto de Monte Real. O senhor não ignora que ali vão ficar estacionados os aviões F-16, pelo que. não apenas o Sr. Deputado mas todos nós, principalmente o PSD com o Sr. Deputado Silva Marques à cabeça, pois tem especiais responsabilidades nisto,...

Vozes do PS: - É verdade! É verdade!

O Orador: - ... em vez de andarmos aqui a enganar as pessoas do nosso distrito com a abertura ao tráfego civil do aeroporto de Monte Real, que é uma coisa que dificilmente acontecerá - como o senhor sabe, este Governo já anda a falar disto há 10 anos -, melhor seria que fizéssemos toda a força, toda a pressão, no sentido de «puxar» o aeroporto nacional, que está sediado na Portela de Sacavém, ou o novo aeroporto, que se irá construir, mais para norte, não deixando que fosse para o Montijo, por-