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1314 I SÉRIE - NÚMERO 36

responder. Então, porque não anda nem desanda esta obra? Também aqui se prejudica gravemente Coimbra, o seu distrito e as suas populações.
Quinto grande problema: o nó da Geria, na estrada da Cidreira que liga Coimbra a Montemor.
Há mais de um ano que as obras deveriam estar concluídas, mas estão paradas. É um espectáculo desolador. Para quando o fim desta obra? Será que, também aqui, se está à espera de um milagre?
Sexto grande problema que detectámos: o metropolitano de superfície entre Coimbra, Lousã e Mirandela do Corvo.
Lançado há mais de dois anos, não há sinais de que avance. A indefinição reina. Quererá este Governo pôr termo ao projecto? Também aqui, o Governo está a prejudicar gravemente Coimbra e os concelhos vizinhos.
Sétimo grande problema: a extinção da. CENEL Empresa de Energia Eléctrica do Centro.
O Sr. Secretário de Estado, por sinal, de Coimbra, admitiu já asna extinção -parece que poderá pretender criar uma empresa nacional. Quererá com isto o Governo regressar ao passado, à EDP majestática? Também aqui, se essa nova fórmula for avante, Coimbra será gravemente prejudicada tal como a Região Centro, regressando-se ao velho centralismo.
Oitavo grande problema: a Universidade.
O anterior Governo assumiu o compromisso da instalação no Pólo lII, em estreita colaboração com a Faculdade de Medicina e a Reitoria, de um centro de tecnologias nucleares aplicadas à saúde, na sequência da candidatura apresentada ao programa PRAXIS XXI (foram mesmo enviados estagiários para o estrangeiro), mas com o actual Governo o projecto encalhou - está a ser repensado, segundo se diz. Não obstante o empenho reiterado da Reitoria e da Faculdade de Medicina, a Ministra da Saúde e o Ministro da Ciência e Tecnologia não têm vontade de decidir. Será o Governo contra o projecto? E quanto à construção da futura faculdade de Medicina, no mesmo Pólo III, quando é que o Ministério define a sua calendarização? Aqui, de novo, o Governo prejudica gravemente Coimbra e a sua Universidade.
Nono problema: os estudantes timorenses.
Reunimos com Zito Soares, um dos estudantes do massacre de Santa Cruz que vive em Coimbra: andava no 3.º ano de Direito e... foi colocado no 1.º ano de Psicologia!...

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este é apenas um exemplo do problema das equivalências de estudo dos timorenses. São tratados muito pior do que os estrangeiros em Portugal. Não pode ser!
O PSD assumiu o compromisso de apresentar uma iniciativa legislativa que rectifique a situação e vai cumpri-lo.
Para além deste, há problemas de integração e, sobretudo, de língua portuguesa relativamente aos quais tam
bém não se sente que haja grandes medidas para resolvê-los.
Sr. Presidente, Sr.ª e Srs. Deputados: O  Sr. Primeiro Ministro anunciou recentemente querer um Governo de
obra feita em 1997. É o reconhecimento de que, em 1996, fez uma governação virtual, a pensar em eleições antecipadas.

Risos do PSD

. Vai o Sr. Primeiro-Ministro, no fim do mês, realizar um «Governo em Diálogo» no distrito de Coimbra. Seja bem
vindo! Na intenção de que possa ser um Governo de trabalho, vou enviar ao Sr. Primeiro-Ministro esta intervenção para que, assim, possa anunciar e assumir a resolução destes nove problemas aqui levantados.

Risos do PSD

Mas outras grandes questões lhe sugerimos para a agenda de trabalho, promessas que, a serem assumidas para cumprir, serão bem-vindas e o Sr. Primeiro-Ministro poderá contar com o apoio do PSD.

Em primeiro lugar, temos a questão da ponte Europa, em Coimbra. É bom que acabe uma certa disputa entre o presidente da câmara e o governador civil: este último insinuando que a obra daquela ponte não consta do PIDDAC para este ano só porque a câmara municipal não fez o projecto. É bom que, agora, a obra possa ser anunciada. Seria bem-vinda a concretização dessa promessa.

Em segundo lugar, temos a obra da circular externa. Também seria bom que o Governo desse um grande impulso a esta obra, uma vez que a câmara tarda em fazê-lo há muitos anos.

Em terceiro lugar, o palácio dos congressos com. a reconversão do Convento de S. Francisco. Também neste caso seria bem-vinda essa promessa, desde que para cumprir.

Em quarto lugar, temos o Mosteiro de Santa Clara-aVelha, que precisa de ser recuperado. Esta recuperação é desejada, bem-vinda e por nós apoiada.

Em quinto lugar, o novo tribunal de Coimbra, há tantos anos prometido e que também está em stand by. Seria bom que fosse despoletado o cumprimento desta promessa.

Seja bem-vindo o «Governo em Diálogo». Esperemos que, finalmente, também seja um «Governo de trabalho, para proveito das pessoas de Coimbra, seu concelho e, seu distrito.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem, a palavra o Sr. Deputado Carlos Beja.

O Sr. Carlos Beja (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Calvão da Silva, em primeiro lugar, dado que também sou Deputado pelo círculo eleitoral de Coimbra, gostaria de saudá-lo pela sua intervenção. Saúdo-o ainda porque, ao fim de ano e meio, V. Ex.ª e «deu uma volta» por oito concelhos do distrito.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Ainda bem que V. Ex.ª saiu da Praça da República e percorreu o País real. Espero que V. Ex.ª passe mais vezes pelo distrito e o conheça melhor, não só o seu interior como o seu litoral e não se limite à Praça da República e aos «Gerais».

Vozes do PS: - Muito bem!

Protestos do PSD.

O Orador: - V. Ex.ª, equacionou 14 problemas nove e mais seis - isto é, 15 problemas...

Sendo formado em Direito não sou forte em Matemática,...