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2582 I SÉRIE - NÚMERO 75

imponderáveis de uma realização como esta, mas isto é precisamente a medida do desafio que todos temos pela frente.
O PS, contrariamente a outros, nunca arvorou a Expo 98 em bandeira partidária, e assim continuaremos.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

A próxima exposição mundial é uma prova da capacidade de realização dos portugueses na concretização de um acontecimento de características internacionais, que decerto se materializará na memória e na vida da cidade e do país, bem como da comunidade internacional, para lá de 1998.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Esta aposta e o empenho do PS na concretização da Expo 98 não nos fazem esquecer que outros importantes investimentos de norte a sul do país devem ser apoiados e incentivados pelo Governo, tal como de resto tem vindo a ser feito. Esta é, e será com toda a certeza, a melhor resposta para o desafio que a Expo 98 consubstancia. Em todo o caso, é importante que algumas forças políticas entendam e assumam que o desenvolvimento regional está também intimamente ligado à regionalização.

Risos do PSD.

Os desafios assumem-se de forma positiva, com respostas claras e não com interrogações de quem navega ao sabor dos ventos e em nome exclusivo dos interesses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Pedro Moutinho.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes, começo por dizer que fiquei de facto surpreendido, e penso que o país também, com as suas declarações. De facto, o país tem consciência de que o Sr. Deputado e o Grupo Parlamentar do PS, na Comissão da Expo 98,- comportaram-se, durante alguns meses, como se fossem um partido da oposição irresponsável e não um partido que apoia o Governo, que claramente apostava na Expo 98.

A Sr.ª Maria Celeste Correia (PS): - Ora essa!

O Orador: - Eram questões e mais questões, complicações e mais complicações, e, sobretudo, via-se o Deputado Nuno Baltazar Mendes como o protagonista de todas estas questões, mas também se viu o Deputado Nuno Baltazar Mendes, quando mudou o Comissário, a ter um outro comportamento completamente diferente. No entanto, penso que não foi por ter mudado a cor política do Comissário - e gostava que não tivesse sido por isso - que o Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes mudou de opinião em relação à Expo 98.
Mas o que o Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes não disse aqui, a esta Assembleia, e é matéria que deveria preocupá-lo como vereador da Câmara Municipal de Lisboa assim como a todos os portugueses, é que o projecto Expo 98 não deve ser um projecto partidário nem um projecto camarário mas, sim, deve ser um projecto nacional. E é por isto que pergunto, Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes: quando é que nos garante que o Metro chega de facto à Expo 98, onde o actual Comissário deixou dúvidas? Quando é que estão concluídos os acessos a toda a zona oriental e norte de Lisboa, nomeadamente a CRIL e a variante da EXPO? Estes acessos estão ou não garantidos, Sr. Deputado? São estas as matérias que fazem o sucesso ou insucesso da Expo 98, que dependem do Governo e da Câmara Municipal de Lisboa e em relação à conclusão das quais o próprio Comissário tem dúvidas. É sobre estas matérias que o país exige respostas, e merece tê-las, e ainda as não teve, pois o projecto Expo 98 é um esforço nacional.
Por outro lado, o Sr. Deputado deve estar equivocado quando fala do «custo zero». Recorde, pelo menos através a comunicação social da época, que foi o actual administrador Mega Ferreira quem falou no «custo zero» da EXPO 98. É bom recordar, para não atirar palavras feitas do passado, e «enfiar a carapuça quem deve enfiá-la».

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - Diga que não sabe quando é que ficam feitas as coisas! Diga! Fica-lhe bem!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes, havendo ainda outros pedidos de esclarecimento, deseja responder já ou no fim?

O Sr. Nuno Baltazar Mendes (PS): - No fim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes, creio que a questão fundamental a assinalar hoje, dia 22 de Maio de 1997, nesta Assembleia da República, é o facto de faltar um ano para abrir a Expo 98 e isso significar que é preciso intensificar os esforços, mobilizar vontades, para que a Expo 98 se realize conforme é necessário.
Creio que o pior que se pode fazer à Expo 98 é tratá-la na primeira pessoa do singular, dizendo: «Eu é que fiz a Expo... Eu é que sou o dono da Expo... Eu é que tive a ideia... Eu...» Se a Expo 98 é para ser apropriada, então isso é meio caminho para o seu fracasso.
O importante e relevante é considerar que ela concitou os esforços e mobilizou as vontades de câmaras municipais, de governos de diferente cor política, de personalidades da cultura, de gestores muito qualificados e de muita gente que está empenhada em realizá-la.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Creio que a Expo 98 já sofreu o suficiente, nos meses passados, com a artificial crise criada e que conduziu à demissão do seu comissário e à sucessão por outro. Quero deixar aqui muito claro que o que ouvi do novo Comissário e a forma como se portou nomeadamente na Comissão mostra que ele está à altura dos desafios que estão colocados. E, portanto, não estou a questionar a pessoa, mas permito-me qualificar a situação de