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2584 I SÉRIE - NÚMERO 75

quando apoiaram a bancada do Governo. Nessa altura, os senhores é que não tinham liberdade nem possibilidade de fazer nada no que diz respeito ao desempenho cabal do vosso mandato.

Vozes do PSD: - Conversa fiada!

O Orador: - Sr. Deputado, assumo que, na comissão e conjuntamente com outros Deputados, interroguei, no uso do meu direito inalienável de Deputado, o Sr. Comissário Cardoso e Cunha, tendo-lhe colocado questões que eu entendia que deviam ser respondidas.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Essas questões estão registadas em acta e umas foram efectivamente respondidas, enquanto outras não.
Se, na altura, o Sr. Comissário não gostou e os senhores também não gostaram, digo-vos, com o devido respeito, que é problema vosso. Os senhores não têm é o direito de vir invocar esse facto para, agora, porem em causa o nosso procedimento na comissão.
Como acabou de referir o Sr. Deputado João Amaral, o Sr. Comissário Torres Campos esteve na comissão, respondeu a todas as questões, ou seja, às que os senhores quiseram colocar-lhe e, obviamente, não respondeu às que os senhores não quiseram colocar-lhe. Portanto, esta postura é que é totalmente diferente.
O que para nós não seria admissível é que, a propósito da EXPO, houvesse jogos escondidos. Isso é que não seria admissível. O que para nós tinha de ser totalmente claro era saber quais os custos existentes, como eram calculados, que receitas estavam previstas e como eram calculadas. Sr. Deputado, com base em projecções, não! O que exigimos foi ter um conhecimento claro e profundo da situação económica e financeira da EXPO. Neste momento, o Sr. Deputado tem esse conhecimento tal como eu próprio. Os senhores aceitaram a situação tal como eu próprio aceitei, portanto, não podem vir pô-la em causa agora.

Uma voz do PS: - Exactamente!

O Orador: - Quanto à Câmara Municipal de Lisboa, é óbvio que esta, tanto quanto a Câmara Municipal de Loures, como accionista, tem assento no conselho de administração, tem responsabilidades muito sérias no que diz respeito à concretização da EXPO. O Dr. João Soares é um entusiasta da EXPO. Porque não dizê-lo? E ele assume-o, na sua qualidade de Presidente da Câmara!

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Nota-se!

O Orador: - Sei bem que os efeitos que os senhores querem extrair são outros. Mas essa bandeira não vos dou, esse caminho não vos abro. É problema vosso, não é nosso!

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - O que não aceitamos é que, contrariamente, alguns Deputados do vosso partido confundam desígnios nacionais com desígnios partidários ou com desígnios pessoais. Escuso-me de citar aqui nomes, mas os senhores sabem perfeitamente que, ainda hoje. Deputados do vosso partido continuam a confundir - aliás, penso mesmo que estão a sonhar - e pensam que estão no Governo quando já não estão. Continuam a pensar que grandes desígnios nacionais são desígnios partidários e
pessoais. É um problema vosso que têm de resolver, não sei se com recurso ou não ao psiquiatra, os senhores decidirão!

O Sr. António Braga (PS): - Ora aí está!

O Orador: - Quanto à questão que me colocou relativamente aos acessos e que o Sr. Deputado João Amaral também suscitou, estou absolutamente convicto de que tudo está a ser feito, seja pelo Governo seja pela Câmara Municipal de Lisboa, no que diz respeito à concretização desses acessos.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): - Isso é só «de boca»!

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Isso é pouco!

O Orador: - Não é pouco! O que estamos a fazer é a recuperar atrasos dos senhores!

Risos do PSD.

Os senhores têm de ouvir isto! Os senhores têm de ouvir e não podem continuar...
Os senhores é que não têm uma postura responsável porque esquecem que, até há dois anos, eram os responsáveis, que deixaram projectos no papel, que não conseguiram avançar com as expropriações quando deviam, que não conseguiram fazer os realojamentos quando deveriam ter feito e, agora, tentam assacar as responsabilidades a outros. Sr. Deputado, isso é que de maneira nenhuma é razoável nem eticamente sério. Não é! Aí, os senhores não deixam de ter uma perspectiva estritamente partidária. Esta é uma acusação que faço com muito gosto ao PSD que continua a confundir desígnios nacionais com desígnios partidários.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Roleira Marinho, para uma intervenção.

O Sr. Roleira Marinho (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Um dos estrangulamentos da economia e do desenvolvimento reside na falta de mão-de-obra especializada, na falta de formação dos jovens, e se isto é verdade em termos gerais tal também é verdade no que se refere ao distrito de Viana do Castelo e esta lacuna, no distrito de Viana do Castelo, teve por base a falta do ensino superior a que, nos dias que correm, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo já começou a dar resposta quando as primeiras vagas de licenciados são lançadas no mercado de trabalho.
Entretanto, foi localmente amadurecida a ideia e apresentada uma proposta de construção de um Centro de Formação Profissional, que teve o devido acolhimento do governo - do governo do PSD -, dando-se início à obra em Fevereiro de 1995, que ficou concluída em Agosto de 1996, com um investimento rondando os 700 000 contos.
O Centro de Formação Profissional encontra-se mobilado e com algum equipamento, mas não tem director, não