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3234 I SÉRIE - NÚMERO 91

Portanto, Sr. Deputado, e para terminar, foi V. Ex.ª que incorreu num lamentável erro político, foi V. Ex.ª que incorreu numa lamentável hipocrisia política, foi V. Ex.ª que veio procurar baralhar as coisas.
Termino como comecei: há assuntos sérios para discutir na economia e na sociedade portuguesas. Aproximamo-nos rapidamente de um momento decisivo para a economia portuguesa, que é a avaliação das nossas performances face ao Tratado da União Europeia. Não ouvimos uma palavra de V. Ex.ª a esse respeito nem acerca do rigor que o Governo tem introduzido nesta matéria, que, aliás, entra em conflito com a falta de rigor das outras economias mais poderosas, por não serem capazes de o manter. Era sobre isto que gostaríamos de ter ouvido V. Ex.ª.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, queira terminar.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Assim, lançamos um desafio ao PSD para que assuma uma postura de oposição séria e democrática, forneça a esta Câmara alternativas válidas em relação à reforma fiscal e não se embarace em situações meramente ocasionais, que podem ter alguma popularidade num determinado momento, mas que não podem fazer esquecer nem esconder o vazio das vossas propostas e da vossa política do passado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Luís Queiró inscreveu-se para formular um pedido de esclarecimento, mas o Sr. Deputado Manuel dos Santos não dispõe de tempo para lhe responder.
Suponho que o Sr. Deputado Pedro Passos Coelho também se inscreveu para o mesmo.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): - Não, Sr. Presidente. Inscrevi-me para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Então, tem a palavra.

O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): - Sr. Presidente, quero apenas perguntar à Mesa se algum Deputado do Grupo Parlamentar do Partido Socialista está inscrito para falar sobre o motivo deste debate de urgência.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, como sabe, já usou da palavra o Sr. Deputado Manuel dos Santos, que esgotou o tempo atribuído ao PS para este debate. Desse facto poderia concluir que ninguém mais do PS estava inscrito para falar.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Presumo que para uma interpelação igual à anterior.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Igual, mas provavelmente mais rápida.

O Sr. Presidente: - Para esse efeito, tem a palavra.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Queria apenas dizer a V. Ex.ª que um Deputado do PS já fez uma intervenção sobre esta matéria,...

Risos do PSD.

... aliás, na linha e na filosofia da intervenção feita pelo Sr. Deputado Luís Marques Mendes.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Luís Queiró, se não pode ceder tempo ao Sr. Deputado Manuel dos Santos para lhe responder, não faz sentido dar-lhe a palavra.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, vou fazer um exercício de síntese...

O Sr. Presidente: - Mas tem de ceder tempo ao Sr. Deputado Manuel dos Santos, porque hoje temos uma agenda muito sobrecarregada...

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, se me desse licença, acabava muito rapidamente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, vou fazer a minha pergunta em 2 minutos e cedo 1 minuto ao Sr. Deputado Manuel dos Santos para ele responder.

O Sr. Presidente: - Muito bem, Sr. Deputado.

O Orador: - Sr. Presidente, muito rapidamente, porque tenho de encurtar a minha pergunta. gostaria de dizer o seguinte: ao ouvir o Sr. Deputado Manuel dos Santos, e antes dele o Sr. Deputado Luís Marques Mendes, estava a ver a capa do Povo Livre, que diz «Sucesso da convergência PS/PSD, a propósito da Cimeira de Amsterdão».
Na realidade, os senhores estão ambos prisioneiros a rapar no fundo dos bolsos dos contribuintes para conseguirem cumprir os números mágicos dos critérios de convergência,...

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - ... tal qual se tem de alimentar esse tamagoichi que agora aí aparece, se não morre ao fim de 30 dias.

Risos do CDS-PP.

O Sr. Deputado Luís Marques Guedes disse que isto, na verdade, era um imposto cego, igual para todos...

Risos do CDS-PP.

Peço desculpa, queria dizer «Sr. Deputado Luís Marques Mendes».
Como dizia, o Sr. Deputado Luís Marques Mendes referiu que isto era um imposto cego, igual para todos. Se tiver tempo, já lá irei e falarei da autoridade que ele tem para se pronunciar sobre esta matéria, ele, com o percurso que tem, desde 1985, altura em que se fez a reforma fiscal.