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2324 I SÉRIE-NÚMERO 68

te, se obter êxito no combate à desertificação do interior, combate que é de todos e para todos.
Ninguém negará que os vários nós de acesso da A3, colocados ao longo do seu trajecto e desembocando no coração dos concelhos do interior, constituem, por si só, importantíssimos pólos dinamizadores do desenvolvimento concelhio.
Com efeito, é conhecida a apetência que as' empresas demonstram em localizar as suas unidades em zonas envolventes a esses nós, na medida em que lhes permitem um acesso muito mais rápido ao destinatário dos seus produtos. Esta circunstância pode ser decisiva na escolha de um empresário, quando este hesita entre dois locais para instalar a sua empresa e, nessa medida, assume uma importância vital para cada concelho a existência de um nó de acesso que o sirva directamente.
Os mentores e os decisores do trajecto da A3 tiveram este aspecto em devida conta e brindaram quase todos os concelhos por onde a auto-estrada passa com uma saída, com um nó de acesso: Braga, Barcelos, Ponte do Lima, Paredes de Coura e Valença.
Porém - e "não há bela sem senão"... -, o concelho de Vila Verde, porventura aquele que mais ansiava e carecia desse n6 de acesso, não foi contemplado e limita-se a ver a auto-estrada passar nos limites geográficos do seu território sem que a ela possa aceder directamente. Um lapso, certamente! Uma grande falta de vontade política em alterar essa situação na altura da elaboração do projecto e do lançamento do troço em causa. Com certeza que sim! E não foi por falta de reclamação e vontade política das forças locais que, a uma só voz, por várias vezes e por diversas formas, tentaram, em vão, sensibilizar o Ministro dos Transportes de então, o Sr. Eng.º Ferreira do Amaral.
Na verdade, uma comissão formada por elementos de todas as forças políticas representadas na assembleia municipal, com o Presidente da Câmara à cabeça, fez vários convites ao responsável governamental para se deslocar a Vila Verde, para in loco avaliar da justeza da pretensão. Infelizmente, não tiveram tão-pouco direito a uma resposta que, por elementar dever democrático de respeito pelos autarcas, lhes seria devida.
Mais recentemente - e como é agradável vincar a diferença -, o Sr. Secretário de Estado Maranha das Neves, em audiência que, prontamente, concedeu ao novel Presidente da Câmara de Vila Verde, eleito nas listas do PSD, mostrou-se sensibilizado para o problema e, consciente das dificuldades da sua resolução nesta altura, prometeu analisar a questão e ponderar devidamente os custos e vantagens da mesma.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Desta tribuna, quero associar-me aos cidadãos de Vila Verde, bem como aos de Amares e Terras de Bouro, igualmente beneficiários desse eventual nó de acesso, no sentido de reclamar a reparação de uma grande injustiça que lhes foi feita em nome de interesses que se não vislumbram e sem justificações sérias e credíveis.
Acontece que todos nos queremos associar de alma e coração à grande festa que constitui a conclusão da primeira auto-estrada que liga Portugal e Espanha, mas gostaríamos de fazê-lo sem qualquer "nó" na garganta e com o coração pleno de esperança de que, em breve, nos será feita a justiça a que temos direito.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Roleira Marinho.

O Sr. Roleira Marinho (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Maninho Gonçalves, disse V. Ex.ª que, pela primeira vez, os objectivos do Governo, no que diz respeito à ligação, por uma auto-estrada, a Espanha, foram conseguidos pelo Governo do Partido Socialista. Quero lembrar-lhe que o projecto desta auto-estrada foi da iniciativa dos governos do PSD; que as expropriações que foram executadas foram efectuadas pelos governos do PSD; que a concentração dos meios financeiros para a realização desta auto-estrada foram deixadas pelo governo do PSD.

Vozes do PS: - Oh!...

O Orador: - Por isso, V. Ex.ª foi injusto ao fazer essa apreciação, porque toda a auto-estrada foi, praticamente, da responsabilidade do PSD, à excepção da adjudicação final do último troço de ligação de Ponte de Lima a Valença. Mas tudo isso foi deixado para que o PS o pudesse fazer. Portanto, quando V. Ex.ª fala em 10 anos para fazer chegar a auto-estrada a Valença, a Ponte de Lima e a Braga, esquece-se que foi executado todo um trabalho, para que hoje se possa fazer esse lançamento final e possamos chegar finalmente a Valença.
Esqueceu-se ainda de dizer, Sr. Deputado, que aquilo que o Governo do PS devia fazer, como referiu, era a ligação a todos os concelhos, uma vez que Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira continuam a ficar longe da auto-estrada, e esqueceu-se, sobretudo, que Viana do Castelo, a capital do distrito, continua muito longe da auto-estrada, apesar de ter sido assumido pelos governos, do PSD que Viana do Castelo teria, aquando da inauguração da auto-estrada a Valença, duas ligações, ambas com características de auto-estrada, pelas margens norte e sul do rio Lima. E hoje, nem sequer pela margem norte, que é a única que o PS assume que fará, mas fará não sabemos quando. É mais uma promessa que fica na gaveta e, com certeza, não é capaz de cumpri-la nem daqui a outros 10 anos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Maninho Gonçalves.

O Sr. Martinho Gonçalves (PS): = Sr. Presidente, Sr. Deputado Roleira Marinho, se bem esteve atento à minha intervenção, eu elogiei o traçado da auto-estrada, que foi previsto durante os governos do PSD. Limitei-me, na minha intervenção, a dar realce a uma coisa que parece que é evidente, e os números não enganam: é que em 10 anos - e a isto o Sr. Deputado não pode fugir - de governo do PSD foram feitos 43,9 km e gastaram-se 30 milhões de contos; em dois anos e meio de governo da Nova Maioria fizeram-se 59,5 km e gastou-se 63 milhões de contos...

Protestos do PSD.

Para um governo que, com toda a convicção, apostou e bem nas questões sociais, na valorização dos cidadãos e que, mesmo assim, tem estes resultados notáveis na área da construção, que era aquela que os senhores mais se