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2418 I SÉRIE -NÚMERO 71

sáveis. E os responsáveis são todos aqueles que, ao longo destes quase 25 anos, não foram capazes, não quiseram, não puderam - mas aqueles que não puderam terão aí, eventualmente, menos responsabilidades - ou não souberam reduzir
e acabar com essas assimetrias.
E nisto também envolvo os senhores, pois também os senhores foram governo, também os senhores impediram o desenvolvimento deste país, criando, no PREC, os problemas que. se conhecem, também os senhores, ao longo destes quase 25 anos, tiveram atitudes que condicionaram a acção governativa daqueles que, porventura de boa fé e com sinceridade, pretendiam, de facto, combater essas assimetrias.
Agora, Sr. Deputado, há uma coisa que tem de ser dita: o diagnóstico, pelos vistos, é idêntico, o senhor concorda com o grito de revolta que ali quis levar. Porém, o Sr. Deputado diz que isso se resolve com a regionalização e eu digo-lhe
que a regionalização não vai resolver nada.
Quer ver um exemplo em como a regionalização não vai resolver nada? Ouvimos há pouco um Sr. Deputado, da bancada do Governo, regionalista, dizer que este discurso - que é verdadeiro - é miserabilista e demagógico. Portanto, a
regionalização não vai resolver coisa nenhuma, apenas irá, mais uma vez, tentar tapar a verdadeira questão.
Sr. Deputado, o que é necessário é dar mais meios, mais poderes, às autarquias locais, é necessário dotar as autarquias locais dos meios necessários não só para terem força e peso junto da Administração Central, mas também para que, elas próprias, possam resolver um determinado número de questões.
Finalmente, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que, evidentemente, não só como cidadão do Porto mas também enquanto Deputado eleito pelo Porto, estou inteiramente à disposição do Sr. Deputado ou de qualquer outro Deputado que queira fazer um esforço imaginativo na busca de uma qualquer gran
de iniciativa que possa projectar a importância do norte do País perante o mundo.
Mas, Sr. Deputado, não nos iludamos, porque isso não vai resolver a questão.

O Sr. Presidente: - Agradeço que termine, Sr. Deputado.

O Orador: - Tem havido uma falta vontade política para resolver os problemas, uma falta de vontade política tão grande que vai até ao ponto de dizer que mais vale não se falar dos números porque isso é demagogia, apesar deles serem
verdadeiros.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan.

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa: V. Ex.ª veio aqui dizer que estava satisfeito com a inauguração e com a realização da Expo 98. Pois se V. Ex.ª está satisfeito, também a bancada do PP e todos os seus Deputados estão satisfeitos com a realização de uma exposição que mobiliza o País e que deve ser o orgulho de todos os portugueses. Mas falou V. Ex.ª, nesta Câmara, de um problema muito
o importante. É que, para a realização da Expo 98 - e lembro ao Sr. Deputado que essa realização foi lançada pelo governo apoiado pelo partido de V. Ex.ª =,lançou então o governo um conjunto de obras públicas de desenvolvimento desta região e de suporte da Expo 98, tais como a CRIL, a CREL, a nova ponte sobre o Tejo, o tabuleiro do combóio na ponte antiga sobre o Tejo, ...

O Sr. Acácio Barreiros (PS): É a ponte25 de Abril.

Vozes do CDS-PP: - Isso é só de há alguns anos a esta parte!

O Orador: - ...ª gare do Oriente, a extensão da rede do Metro, o que significa que houve uma aposta política de investimento público na Área de Lisboa e Vale do Tejo.
E o Porto? O Porto foi, ao mesmo tempo, brindado com o Museu da Fotografia, onde podemos ver bonitas fotografias de toda esta obra pública.
E qual foi o primeiro grande investimento de que se falou no período pós-Expo 98? Foi do lançamento, pelo Governo do Partido Socialista, de um novo aeroporto para Lisboa e é bom lembrar aqui que o Partido Socialista sempre criticou a macrocefalia e o investimento público desmedido em Lisboa, como é bom lembrar nomeadamente ao Sr. Deputado José Saraiva, que escreveu tanto e tão bem sobre este tema, que V Ex.ª, das duas uma, ou devia dar-nos razão ou não devia dizer o que disse aqui hoje. V. Ex.ª concorda connosco, sente o mesmo que nós sentimos e, portanto, não percebemos, obviamente, aquilo que hoje V. Ex.ª aqui veio dizer.
Mas, Srs. Deputados, nada disto seria grave se o único grande investimento que está, neste momento, a ser feito na região do Porto não estivesse em causa. Refiro-me ao metro do Porto.
Notícias vindas a lume dizem-nos que ele custa mais 22 milhões de contos, verba que ninguém quer pagar e, por isso, as obras estão paradas. Sr. Deputados, não há vontade política, não há capacidade política, e o que nós sabemos, pelo que tem vindo a lume através dos jornais, é que o metro do Porto está parado.
Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa, faço-lhe um convite: que no próximo Orçamento do Estado, através da introdução das necessárias correcções, possa, connosco, melhorar esta circunstância, com muitos pequenos e médios investimentos que são necessários não só na região do Porto mas também na região norte, porque não estamos aqui apenas a falar na região do Grande Porto.
Porém, quero deixar um aviso à bancada do Partido Socialista e ao Governo:...

O Sr. Presidente: - Agradeço que termine, Sr. Deputa-

O Orador: - ...º metro estava prometido e o Porto não tem nem metro, nem decímetro, nem centímetro, continuamos a ver a obra estruturante do norte do País e da região do Grande Porto adiada todos os dias.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa.