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13 DE NOVEMBRO DE 1998 665

sidade ou não de um orçamento rectificativo e, ainda, de como reage à postura deste Ministério e do seu partido que, perante a nossa proposta, dizia que era preciso esgotar a capacidade instalada enquanto, mais tarde, aprovou e apoiou um escândalo de negócio com a Cruz Vermelha Portuguesa, SA.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira para responder.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Bernardino Vasconcelos, em primeiro lugar, convém que fique claro que, mais do que sustentar, eu apoio o Governo.
Em segundo lugar, quero dizer-lhe que damos tanta importância às questões sociais que, daqui a pouco, o meu camarada Artur Penedos fará uma intervenção de fundo sobre questões sociais, para a qual chamo a sua atenção.
Por outro lado, reconheço que, efectivamente, não fui exaustivo porque se fosse citar todas as benfeitorias deste Governo elas são tantas que estaria aqui o dia inteiro e pela noite fora! Ora, não sei se muitos colegas acompanhariam o Sr. Deputado e ainda corria o risco de, no fim, pelo menos 12 Deputados da bancada do PSD se passarem para a nossa...!
Já que falamos em saúde, há uma coisa que é clara. É que os Srs. Deputados do PSD sofrem de obsessão, são obcecados pela Dr.ª Maria de Belém!

Risos do PS.

Bem sei que a simpatia e a capacidade da Sr.ª Ministra são grandes, mas os senhores estão obcecados! Fala-se em economia e os senhores respondem «saúde!», fala-se em finanças e os senhores dizem «saúde!», fala-se em educação e os senhores respondem «saúde!», fala-se em ambiente e os senhores respondem «saúde!». Não têm mais nada em que pensar!

O Sr. Bernardino Vasconcelos (PSD): - O senhor é que fica incomodado!

O Orador: - Não fico nada incomodado! Estou calmo, Sr. Deputado!
Por outro lado, fico extremamente sensibilizado pela atenção com que, linha a linha, os Srs. Deputados lêem os humildes relatórios - pelos vistos, fizeram «mossa»! - que, no tempo em que estava na oposição, eu fazia sobre a vossa actividade no domínio da saúde.
É claro que não conseguimos competir com o verbalismo e a capacidade de discurso do Sr. Prof. Paulo Mendo. Nunca nenhum Orçamento traduziu o que ele dizia: o que ele dizia era bom, o que o Orçamento apresentava nada era! Também não temos o rigor de um Secretário de Estado que andou lá pela Saúde...!

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Não têm rigor nenhum!

O Orador: - Também não temos o espírito consensual da Sr.ª ex-ministra Leonor Beleza e, de facto, não conseguimos espalhar a confusão no sector como ela conseguiu!
Ou seja, para além das dificuldades, nós, não tendo feito tudo, fizemos muito mais em três anos do que os senhores em 10! Tenham vergonha!

Protestos do PSD.

O que é que os senhores queriam? Quando uma operação vem claramente explicada pela equipa das Finanças, com todo o rigor,...

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Então, e a PARTEST?

O Orador: - Lá está outra obsessão! Os senhores têm duas obsessões: o Belmiro de Azevedo e a PARTEST!

Risos do PS.

Como dizia, a equipa das Finanças explica com clareza a operação de assunção da dívida, mas surgem algumas dúvidas... O que é que os senhores querem exactamente? Os senhores não sabem o que querem! Esse é que é o problema! Entendam-se! Organizem-se!

A Sr.ª Rosa Maria Albernaz (PS): - Isso mesmo, organizem-se!

O Orador: - Quanto às medidas que os senhores propõem, são coisas desgarradas. De vez em quando, «sacam» um projecto de lei: «Listas de espera? Tomem lá!». Pergunta-se quanto é que custa e respondem: «Não sabemos bem, mas há-de ser uma coisa boa!». Depois, telefona-vos alguém de Madrid, da Bessarábia ou de Vale do Lobo, dizendo «Inventem uma coisa sobre isto ou aquilo!»...
Mas temos de reconhecer que há imaginação prodigiosa na liderança do PSD. Então, fazem um projecto de lei à pressa e apresentam-no na Assembleia?! Isso não é maneira de tratar das coisas! Quanto a nós, discutimos uma estratégia, sólida, integrada... Nas perspectivas sociais conduzimos, efectivamente este processo...
Os senhores, como não sabem de que hão-de falar, falam de saúde e o senhor, que é médico, até vem usar uma linguagem de mineiro...! Mas está tudo bem!

Risos do PS.

Protestos do PSD.

Continuando, devo dizer que, não obstante a minha formação em engenharia e economia, tive o cuidado de usar poucos números, portanto, exprimi com clareza os nossos objectivos, as nossas propostas.
O senhor fala, e bem, do que sabe. O problema não é seu, é de quem lhe disse «não sabemos o que havemos de dizer, por isso, fala lá tu da saúde!». Por isso, agradeço-lhe a sua questão, Sr. Deputado Bernardino Vasconcelos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Queiró.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira, vou fazer um ou dois comentários à intervenção de V. Ex.ª.
Em primeiro lugar, é de registar com satisfação á afirmação que V. Ex.ª fez de que as nossas propostas iriam ser analisadas com todo o cuidado, o que significa que lhes reconheceu mérito e, portanto, temos a expectativa