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lutas entre os partidos da oposição, seja qualquer conflitualidade dentro do maior partido da oposição.

Risos do PS.

Nós poderíamos também responder com a conflitualidade dentro do Governo e dentro do maior partido da oposição. Mas cabe perguntar: de quem é a responsabilidade da situação no País?

Vozes do PSD: - Do PS!

O Orador: - Por que razão estão as famílias, hoje em dia, endividadas? É por causa do PSD?
Por que razão é que Portugal se está a afastar da média da União Europeia? É por causa do PSD?

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Por que razão é que em Portugal se sente cada vez mais intranquilidade, insegurança e até muito medo de os idosos saírem à rua ou, mesmo, esperarem na sua própria casa pelos seus familiares? A culpa é do PSD?
A culpa, de facto, é de um Governo que não corresponde às expectativas, nem sequer às expectativas daqueles que nele votaram. Por isso esta tentativa do Governo de desviar o debate da substância, da insegurança e da situação económica do País para as questões acessórias do jogo e da estratégia política.
O Governo, ao fim ao cabo, não reconhece ao PSD o direito de apresentar uma moção de censura.

Protestos do PS.

Quando o PS estava na oposição e era líder parlamentar o Eng.º Guterres ou também, já agora, o Dr. Jaime Gama, eles apresentaram as suas moções de censura a governos que tinham a maioria absoluta e sabiam que não tinham qualquer hipótese de os derrubar com aquelas moções de censura!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - É bem verdade!

Protestos do PS.

O Orador: - Mas aquilo que era um direito para o Partido Socialista parece não ser um direito para o Partido Social Democrata! Curiosa concepção de democracia e de socialismo aquela que tem este Governo!

Aplausos do PSD.

Mas eu compreendo por que é que isso acontece!

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Então, diga lá!

O Orador: - Isso não acontece porque o Partido Socialista ou o Governo e o Sr. Primeiro-Ministro tenham qualquer instinto negativo contra a democracia.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Hélas!

O Orador: - Acho que isso acontece por uma outra razão que eu só posso identificar como tendo que ver com a psicologia política do actual Primeiro-Ministro!

Risos do PS.

Eu vou conhecendo o actual Primeiro-Ministro! O Eng.º Guterres tem uma característica. Eu não digo que ele não queira que haja oposição, mas, no fundo, ele gostava que a oposição apoiasse o Governo!

Risos do PS.

Ele acha que a oposição deve apoiar o Governo!

Aplausos do PSD.

O Eng.º Guterres pensa assim: eu ando a esforçar-me imenso, eu estive sem dormir quando foi a questão de Timor, eu trabalhei imenso na presidência da União Europeia e estes ingratos - a oposição! - não reconhecem o meu valor!

Protestos do PS.

O Eng.º Guterres, ao fim e ao cabo, o que é que gostaria? Gostaria de, de vez em quando, vir aqui - concedo -, de vez em quando, reconheceria algum erro, até era capaz de pedir desculpa, pediria à oposição para apresentar alternativas, até era capaz de seguir algumas sugestões, como aquelas que eu lhe fiz em termos de remodelação,…

Aplausos de PSD.

Risos do PS.

… mas aquilo que o Eng.º Guterres não compreende, custa-lhe efectivamente a compreender - aliás, ele é sincero nesta sua posição! -, é por que razão a oposição se opõe ao Governo,…

Risos do PS.

… por que razão a oposição critica o Governo, por que razão, ao fim e ao cabo (e sejamos agora um pouco sérios), a oposição dá voz àqueles que, fora desta Assembleia, já não acreditam no Governo…

O Sr. António Capucho (PSD): - São a maioria dos portugueses!

O Orador: - … e estão sinceramente preocupados com a evolução negativa que o País tem tido ao longo destes últimos anos!

Aplausos do PSD.

Nós apresentámos preocupações reais, sobretudo relativamente à economia. E dou-lhe mais um conselho, Sr. Eng.º Guterres: Sr. Primeiro-Ministro, olhe para a economia! Atenda verdadeiramente ao que se está a passar em termos de problemas estruturais da nossa economia!