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16 I SÉRIE — NÚMERO 87

discurso! É a mesma situação de uma família, que não tem te Resultante do Desabamento da Ponte sobre o Rio Dou-dinheiro para fazer uma casa-de-banho, ter um Mercedes ro, em Entre-os-Rios, dizer que não há condições para descapotável à porta. É essa a grande noção que o Sr. Mi- fiscalizar as pontes e que todo o País está em risco, mas V. nistro tem. Ex.ª não dá uma única resposta a isso. Vem, em vez disso,

Sr. Ministro permita-me, pela amizade que sabe que falar-nos do TGV, de obras faraónicas… tenho por si, que diga que me surpreende ao vir para aqui falar em milhões e milhões que hipotecam este Governo e O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sr. Deputado, tem as novas gerações, que é muito mais grave. E é o Sr. Mi- de terminar. nistro o mesmo homem, e não o mesmo Ministro, que regateou alguns milhares nas pensões! O Orador: —Não contem connosco para isso! Aben-

çoada a interpelação que fizemos! Vozes do CDS-PP: —Exactamente! Aplausos do CDS-PP e do Deputado do PSD Armando O Orador: —Milhões para as obras. Para as pensões Vieira.

alguns milhares, sempre regateados, sempre tirados a fer- ros! O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para responder,

tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social. O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — Muito bem

lembrado! O Sr. Ministro do Equipamento Social: —Sr. Presi- dente, Sr. Deputado Basílio Horta, parecia que estava a O Orador: —Este é que é um problema grave! começar bem, mas, depois, entusiasmou-se com as suas Sr. Ministro, depois desta introdução, queria colocar- próprias palavras.

lhe a seguinte questão: o sector dos transportes, no nosso É isso o que, às vezes, acontece no CDS-PP: vão-se entender e de acordo com os números que temos – que entusiasmando com as palavras e, depois, as coisas come-cremos que são reais e que eu queria confirmar com V. çam a correr mal. Começam bem e acabam mal. Ex.ª –, está em situação de completa insanidade financeira. É ou não verdade que o metropolitano, no ano passado, O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — O Sr. Ministro nem teve 25 milhões de contos de prejuízo? A CP, como há com as palavras se entusiasma! pouco dizia o Sr. Deputado do Partido Comunista, à custa de quem o Governo faz política social, pagando e subsi- O Orador: —Mas esteja descansado, Sr. Deputado, diando quem precisa e quem não precisa, perde 60 milhões que eu não mudei a minha maneira de estar na política, de contos, a Carris 17 milhões de contos, a STCP 5 mi- nem a minha maneira de estar na vida pelo facto de não lhões de contos, a Transtejo 200 000 contos, num total de estar no Ministério do Trabalho e da Solidariedade, mas 140 milhões de contos num ano. no Ministério do Equipamento Social — pode estar des-

O passivo acumulado do sector empresarial dos trans- cansado. portes, atingiu, em 2000, mais de 1000 milhões de contos. Foram 408 milhões de contos para o Metropolitano, 309 O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Não tem nada de milhões de contos para a CP, 239 milhões de contos para a pessoal! REFER, 57 milhões de contos para a Carris. Se juntarmos a estes milhões, o passivo da TAP (248 milhões de con- O Orador: —Aliás, há vários factos invocados em vá-tos), dá 1300 milhões de contos, ou seja, 5% do PIB! rias intervenções de Deputados da bancada do CDS-PP Quem é que paga? Como é que o Sr. Ministro financia? que não são reais, como, por exemplo, a pseudo-

inexistência de uma preocupação em matéria de reabilita-O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — Muito bem! ção e de melhoria das estradas, para além dos novos pro- jectos. O Orador: —Onde é que isto está no Orçamento? São

as Partest ou as Parpública, que não vêm aqui à nossa O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Não há é dinheiro! fiscalização? Como é que V. Ex.ª faz? Esta é a questão nos preocupa. Nós não entendemos que país é o nosso! O Orador: —Nunca houve como neste ano uma tão

Estávamos à espera que V. Ex.ª, com novas ideias, vi- forte percentagem no PIDDAC — consultem-no! — em esse aqui dizer: «as estradas do interior (…)» — e o Sr. matéria de reabilitação, em relação à construção de novas Secretário de Estado José Junqueiro sabe que é assim — estradas. «(…) estão em mísero estado».

O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — Não há é di-O Sr. Presidente ( João Amaral): — Faça favor de nheiro!

terminar, Sr. Deputado. O Orador: —Está prevista uma verba de 64 milhões O Orador: —Termino já, Sr. Presidente. de contos e ela será gasta. Não acontecerá, como acontecia O Sr. Ministro sabe bem que o Eng.º António Martins há sete ou oito anos, em que o pouco que lá estava não era

veio à Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar sobre sequer utilizado. Portanto, peço-lhe que não estabeleça as Causas, Consequências e Responsabilidades do Aciden- comparações, que não fazem o menor sentido, com as