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26 DE MAIO DE 2001 17

questões da segurança social e das pensões. Se fizermos as O Orador: —… e, depois, julgarem que é aumentan-contas àquilo que era o conjunto das propostas feitas pelos do, apenas aumentando, o preço dos bilhetes que se resol-senhores em matéria de segurança social, estoirava o sis- ve esse problema, quando isso teria como consequência tema público. diminuir ainda mais o número de passageiros transporta-

dos. O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Ah! 50 milhões

de contos por ano! Protestos do CDS-PP. O Orador: —Os senhores estão tão preocupados com O Sr. Presidente ( João Amaral): — Tem de concluir,

as empresas públicas de transportes, mas, pelos vistos, não Sr. Ministro. se preocupavam com o estoirar do sistema público de pen- sões —… O Orador: —Portanto, é bom que também tenham

coerência naquilo que dizem. O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Não se entusiasme

tanto com as palavras! Aplausos do PS. O Orador: —… aí, havia alternativas privadas, que, O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para pedir escla-

certamente, seriam mais interessantes. Não entremos, pois, recimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda. nessa demagogia.

Cuidado também com o alarmismo que criam ao dizer O Sr. Luís Fazenda ( BE): — Sr. Presidente, Sr. Mi-frases como: o País todo está em risco, vai cair o País. nistro Ferro Rodrigues, quero também saudá-lo neste seu

novo cargo e dizer-lhe que da sua intervenção retive com O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Eu não disse isso! atenção a parte relativa às suas convicções e a outra, mais detalhada, acerca dos anúncios. Ora, era exactamente sobre O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — Vai cair é o alguns desses anúncios que gostaria de lhe fazer perguntas

Governo, o País não! concretas. Antes, porém, gostava de lhe dizer que fez aqui uma O Orador: —Ó Sr. Deputado, tenha mais cuidado declaração que tem um certo efeito de boomerang. É que

com as coisas que diz! E não tenha dúvida nenhuma de ninguém aqui tinha falado de eleições autárquicas nem de que estamos a apostar fortemente na fiscalização e na ins- debates acerca da rede de alta velocidade por causa das pecção das pontes e de que vamos reparar muito mais do eleições autárquicas, mas, agora, fiquei alertado para o que alguma vez foi feito em Portugal,… facto de o final do prazo estipulado pelo Governo ter efec-

tivamente alguma coisa a ver com as eleições autárquicas. O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Só se for agora! O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Você é tão mau! O Orador: —… estamos a fazer isso — e o Sr. Depu-

tado sabe-o bem, porque isso tem sido transmitido à opi- O Orador: —Agora, indo directamente aos anúncios, nião pública. Sr. Ministro, em relação à rede de alta velocidade, gostava

de lhe perguntar se, para além dos trabalhos da sociedade, O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Não sei, não! que nos deixou um documento bastante condensado e sem grandes estudos de suporte, o Governo tem estudos de O Orador: —Quanto à situação financeira das empre- procura e projecções desses estudos de procura, nos pró-

sas públicas, não tenho a menor dúvida de que não sei lidar ximos anos, relativamente a passageiros e à gama desses com estas situações de défices permanentes e de dívidas passageiros e também em relação a mercadorias. crescentes. Por isso, o Sr. Secretário de Estado dos Trans- A minha segunda pergunta acerca desta matéria visa portes, que está aqui ao meu lado, tem tido contactos com saber se, de facto, as autoridades espanholas vão imple-a Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças, para, em mentar o transporte de mercadorias na rede de alta veloci-conjunto com o Ministério das Finanças, se proceder a dade, o que parece não ser o caso, e qual a conexão ou uma operação, que é evidentemente gradual, de melhoria desconexão da rede de alta velocidade portuguesa com da situação financeira das empresas públicas de transpor- essa expectativa de transporte de mercadorias, que não tes, e que deverá ter consequências ao nível não só da parece ter grande fundamento. responsabilidade colectiva mas também de determinados Sr. Ministro, quero também perguntar-lhe, porque re-preços em determinadas áreas. passou no seu discurso a criação das autoridades metropo-

Agora, o que acho extraordinário é dizerem, errada- litanas para a coordenação de transportes, quando é que mente, que existe uma sobrelotação dos transportes públi- prevê que isso se efective e o que é que queria exactamen-cos em Lisboa, o que é falso, pois uma parte dos proble- te dizer com o saneamento financeiro de empresas sem mas das empresas públicas de transportes, em Lisboa, é tibiezas. Para quando, como e o que quer exactamente que não estão sobrelotadas, pelo contrário, têm sobredi- dizer esse saneamento financeiro? mensão para o número de passageiros que transportam,…

O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para responder, O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Não é verdade! tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social.