O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 I SÉRIE — NÚMERO 87

com o que se passa. Até estranhei não o ver também a Vou pedir-lhe que não saia desta Sala sem falar concre-buzinar, mesmo prevaricando contra a nova lei do ruído!… tamente do milagre dos 900 milhões de contos. Quanto ao

De qualquer maneira, quero dizer que o ex-Ministro TGV, como é que se passa de um projecto de 600 milhões João Cravinho, na altura em que era titular da pasta, dizia de contos para um projecto de 1500 milhões de contos, com pompa e circunstância o seguinte: «Agora, sim, che- pouco após o Sr. Ministro tomar posse? gou a vez do comboio! Isso das estradas acabou». Dizia Admito que isto se tenha passado à revelia da vontade isto há seis anos atrás! Volvidos estes anos todos, o que do Sr. Ministro, aliás, julgo até ter algumas informações vemos é as comissões de utentes, por todo o lado, queixa- nesse sentido, mas queria que V. Ex.ª tivesse a coragem e a rem-se das condições em que os utentes vão sendo obriga- clareza de informar a Assembleia da razão que motivou dos a viajar. esta transmutação do projecto do TGV para qualquer coisa

Diria até que, na linha do Norte, tínhamos antes o «fo- de extraordinário. Ainda por cima, como já aqui foi nota-guete», depois passámos ao «alfa» e, agora, temos o «pen- do, com uma alteração fundamental entre o projecto ante-dulino». Os horários são praticamente os mesmos, mas rior, que era muito mais barato, e o projecto actual. reconheço que há uma diferença, que nada tem que ver com a sua chegada ao Ministério: agora, às vezes, somos O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — O mais barato acompanhados pelas chamadas «ferromoças», o que é uma não interessa! melhoria introduzida nesse meio de transporte. Aliás, o termo «ferromoças» nada tem que ver com o nome do Sr. O Orador: —A inclusão e a comparticipação de pri-Ministro, que só agora está nesta pasta! São chamadas vados no investimento desaparece, portanto, os 900 ou «ferromoças» porque trabalham nos caminhos-de-ferro! 1000 milhões de contos representam muito mais em termos

de esforço do erário público! Risos. Assim, se o Sr. Ministro não se dá bem com a facilida- de com que aparecem estes milhões de dívidas e com o E que dizer, por exemplo, do malfadado metro de su- acumular de défices, deve esta explicação à Câmara.

perfície de Coimbra? Cada Ministro e Secretário de Estado que entra de novo para o Ministério lá vai fazer a sua vol- O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Com certeza! É o tinha do costume. mínimo!

O Sr. Sílvio Rui Cervan ( CDS-PP): — Uma voltinha O Orador: —Em segundo lugar, ainda nesta linha de

ao choupal! raciocínio, gostaria que o Sr. Ministro não passasse por este debate sem uma referência muito concreta aos 400 O Orador: —Vai ao ramal da Lousã, dá uma voltinha, milhões de contos. É que ainda há bem pouco tempo ocor-

gaba as novas carruagens, naturalmente, associadas para reu um escândalo nacional com a aplicação do PESEF na aquele momento preciso, e, por isso, lá voltam a dizer «o TAP, assunto que tivemos o pudor de não trazer para este projecto vai ser realizado no próximo ano, depois, a obra debate (trata-se de uma questão já tão dilucidada, e havia será iniciada daqui a mais dois anos». E, enfim, lá conti- tanto a falar, que tivemos o pudor, e até a necessidade, de nuamos nós a assistir a esse folclore… Não mudem tanto não a carrear para esta discussão), em que se falava de uma de Ministro, senão já não há datas para tanta inauguração importância semelhante. de carruagens! Ora, é-nos dito agora que foram investidos 400 milhões

Diziam há bocado que não havia inauguração de car- de contos em 20% de uma obra que se destina a transfor-ruagens. Há, sim! No ramal da Lousã, há inauguração de mar a linha do norte numa linha de alta velocidade; esse carruagens, o que não há é inauguração da linha, o que não objectivo está, portanto, 20% atingido. Foi-nos dito ontem há é novos comboios! aqui, pelo Sr. Ministro da Presidência, que a obra estará

concluída em 2004 e que se traduzirá num percurso de O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sr. Deputado, duas horas e meia entre Lisboa e Porto.

peço-lhe que conclua, pois já esgotou o tempo de que Se as pessoas que fazem a viagem entre Lisboa e Porto dispunha. há vários anos tiverem a bondade de confirmar, isto signi-

fica, no máximo, uma redução do tempo do percurso em O Orador: —Concluo sim, Sr. Presidente, deixando 40 minutos.

as outras perguntas que quero colocar para uma próxima intervenção. O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sr. Deputado,

peço-lhe que termine, pois já esgotou o tempo de que dis-Vozes do PSD: —Muito bem! punha. O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para pedir escla- O Orador: —Termino já, Sr. Presidente.

recimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Queiró. Gostaria que o Sr. Ministro nos confirmasse se o Esta- do se propõe investir 400 milhões de contos e, depois, O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Sr. Presidente, mais 400 milhões de contos, ou seja, 800 milhões de con-

Sr. Ministro Ferro Rodrigues, V. Ex.ª disse há pouco que, tos, para reduzir em 40 minutos o tempo da ligação ferro-pessoalmente, não se dava bem com o acumular de défices viária entre Lisboa e Porto. e com a facilidade com que apareciam milhões de dívidas. Sr. Ministro, peço-lhe que explique a aplicação destes