O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE MAIO DE 2001 25

define um plano director de maximização da capacidade O Sr. Manuel Queiró ( CDS-PP): — Considera o Sr. do aeroporto de Lisboa e por que é que não lança um con- Ministro! curso internacional para a apresentação de soluções alter- nativas, tendo em vista alcançar uma capacidade de 20 A Oradora: —E o Sr. Ministro, sabendo que nos pe-milhões de passageiros/ano no aeroporto da Portela? diu para não falarmos sobre a TAP, pensa que agora esta-

mos calados porque está a questão correr bem?! Considera O Sr. Basílio Horta ( CDS-PP): — Exactamente! isto correcto, Sr. Ministro? O Orador: —Não é hoje verdade que o Governo de Aplausos do PSD.

V. Ex.ª não utilizou critérios técnicos mas única e exclusi- vamente políticos, que podem interessar a este ou àquele O Sr. Presidente ( João Amaral): — Para dar explica-empreiteiro mas que não convêm ao interesse nacional? ções, tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social.

Aplausos do CDS-PP. O Sr. Ministro do Equipamento Social: —Sr. Presi- dente, Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite, em primeiro O Sr. Presidente ( João Amaral): — Srs. Deputados, a lugar, devo salientar a excelente reunião de trabalho sobre

Mesa tem um pedido de uso da palavra da Sr.ª Deputada esta questão da TAP que tivemos na Comissão de Econo-Manuela Ferreira Leite, para defesa da honra e considera- mia, Finanças e Plano, durante algumas horas. Mas devo ção da sua bancada, em relação ainda à intervenção do Sr. dizer-lhe que não pedi a nenhum Deputado que não falasse Ministro. Qual é o tema, Sr.ª Deputada? sobre a TAP, nem poderia fazê-lo! O que pedi foi que o

plano que foi entregue em Bruxelas fosse alvo de alguma A Sr.ª Manuela Ferreira Leite ( PSD): — Sr. Presi- confidencialidade.

dente, tem a ver com uma afirmação que o Sr. Ministro fez acerca da TAP, com a qual ofendeu a honra da minha Protestos da Deputada do PSD Manuela Ferreira Leite. bancada, porque disse que não falávamos porque sabíamos que o assunto estava a correr bem, dando a sensação que São duas coisas completamente diferentes. só falamos quando os assuntos correm mal. Portanto, não pedi, nem podia pedir, a ninguém que

não houvesse intervenções políticas sobre a questão da O Sr. Presidente ( João Amaral): — Sr.ª Deputada, TAP.

isso devia ter sido mencionado no momento exacto da intervenção, mas posso considerar que aquele seu pedido O Sr. Presidente ( João Amaral): — Retomamos os de interpelação tinha esse sentido. Agora, como temos um pedidos de esclarecimento ao Sr. Ministro. problema de ordenação dos trabalhos, peço à Sr.ª Deputa- Tem, então, a palavra a Sr.ª Deputada Lucília Ferra. da que deixe a Sr.ª Deputada Lucília Ferra e o Sr. Deputa- do António Pinho colocarem os seus pedidos de esclareci- A Sr.ª Lucília Ferra ( PSD): — Sr. Presidente, Sr. mento, fazendo a Sr.ª Deputada a defesa da honra e consi- Ministro, seis anos de acção governativa levam os portu-deração da sua bancada logo a seguir. gueses a entender que este Governo do Partido Socialista é

verdadeiramente incapaz de gerir e de defender os interes-A Sr.ª Manuela Ferreira Leite ( PSD): — Preferia ses do País.

fazê-la de imediato, Sr. Presidente, O caso da política nacional de transportes é um exem- plo paradigmático desta situação, em que a actuação do O Sr. Presidente ( João Amaral): — Então, tem a pala- Governo se tem pautado por quatro vertentes fundamen-

vra, Sr.ª Deputada. tais. A primeira é a da apresentação de projectos a pagar pelas gerações vindouras, bem ao modo socialista de A Sr.ª Manuela Ferreira Leite ( PSD): — Sr. Presi- «quem vem atrás que feche a porta». A segunda, a do

dente, como o Sr. Ministro sabe, entregou nas minhas constante derrapar financeiro de alguns projectos em cur-mãos, na qualidade de presidente da Comissão de Econo- so. A terceira, a do anúncio de obras sucessivas sem que se mia, Finanças e Plano e como membro desta bancada, um vislumbre qualquer concretização prática das mesmas. relatório sobre um programa de reestruturação da TAP, Estou falar do novo aeroporto na Ota, da terceira travessia mas o Sr. Ministro não sabe o que cada um de nós pensa sobre o Tejo, anunciada pelo seu antecessor, e do metro de após a leitura desse plano. superfície, relativamente ao qual quero fazer algumas

Posso assegurar que tive o máximo cuidado em manter perguntas concretas. sob reserva esse relatório e não me passaria pela cabeça, a A quarta vertente é a do fechar de olhos à realidade do despeito de tudo o que penso sobre o programa, trazer hoje País, não só ao estado caótico em que se encontram muitas esse tema a esta Câmara. Portanto, o Sr. Ministro não estradas e obras de arte, mas também ao estado caótico em pode, em troca de uma coisa que me proporcionou, explo- que se vive nas áreas metropolitanas, que, por via do seu rar a confiança que lhe dei, explorar o meu silêncio na base crescimento exponencial, não encontram, por parte deste de que achamos tudo bem. Pode fazê-lo na base de qual- Governo, uma política adequada às necessidades do dia-a-quer coisa, mas não da que achamos tudo bem! dia.

Será que alguém neste país considera que a questão da As questões concretas que quero colocar-lhe são de du-TAP está a correr bem? as ordens, uma regional e outra local, e a questão de ordem

regional tem a ver com o metro a sul do Tejo.