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1 DE JUNHO DE 2001 23

des para a participação dos interessados, no sentido de Deve ou não o tempo da escolaridade mínima obrigató-contribuir para a melhoria deste nível de ensino. ria ser alargado? Devem ou não introduzir-se novos méto-

Não faltará ocasião para que os estudantes e as suas dos eficazes na avaliação dos professores, tanto a nível organizações representativas… científico, mas sobretudo a nível pedagógico, pois não

basta muito saber para bem ensinar? Defendemos clara-O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Sr.ª Deputada, mente que não podemos apenas responsabilizar o estudan-

terminou o seu tempo. te pelo insucesso escolar. Devemos ou não criar de raiz uma disciplina de educa-A Oradora: —… possam continuar a enriquecer, com ção sexual leccionada logo a partir do 7.º ano de escolari-

o seu contributo, a revisão curricular em curso, que, de dade? Neste contexto, não pode ser descurada, de forma resto, demorará, no total, oito anos a ser implementada no alguma, a formação de professores nesta área. terreno. Deve-se ou não introduzir, de uma forma obrigatória, a

Serão, certamente, os estudantes, quando mais familia- disciplina de inglês no 1.º ciclo? Deve ou não valorizar-se rizados com as alterações introduzidas, os mais entusiastas o ensino tecnológico ou a criação de disciplinas específicas da sua concretização e os mais beneficiados com o seu ligadas às novas tecnologias, preparando o indivíduo para sucesso. uma melhor inserção no mercado de trabalho?

Por tudo o que foi dito, o PSD reforça a sua posição Vozes do PS: —Muito bem! inequívoca ao lado dos estudantes portugueses. O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Tem a palavra O Sr. António Capucho (PSD): — Muito bem!

o Sr. Deputado Ricardo Fonseca de Almeida. O Sr. Presidente (Narana Coissoró): —A Sr.ª Deputa-O Sr. Ricardo Fonseca de Almeida (PSD): — Sr. Pre- da Isabel Pires de Lima pediu a palavra para que efeito?

sidente, esta revisão tem merecido a contestação de toda a comunidade educativa e, pode-se dizer, de toda a socieda- A Sr.ª Isabel Pires de Lima (PS): — Sr. Presidente, de portuguesa. Desde os professores, através dos seus queria apenas fazer uma interpelação. sindicatos, aos pais, passando pelo próprio Conselho Naci- Dado estarmos hoje a falar de revisão curricular do en-onal de Educação, a unanimidade é clara na oposição a sino básico e secundário e dado estar a assistir aos nossos esta descabida reforma. trabalhos um grupo de jovens do ensino básico, queria

Contudo, a contestação mais significativa tem partido aproveitar o facto para, através deles, saudar o Dia Mun-de jovens estudantes do ensino básico e secundário. Facil- dial da Criança que hoje se comemora. mente se compreende, na medida em que serão os princi- pais prejudicados, pois o Governo, com indispensável Aplausos do PS. suporte do Partido Socialista, permanece na sua arrogante e autista postura de imposição de uma reforma reconheci- O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Se as outras damente negativa para o ensino e para o País. bancadas quiserem tomar a palavra sobre o Dia Mundial da

As repetidas e maciças manifestações que ocorrem por Criança, têm cerca de 1 minuto e 30 segundos cada. todo o País são sintomáticas do total desfasamento entre a proposta do Governo e a vontade dos estudantes. Teria O Sr. António Capucho (PSD): — Sr. Presidente, faço sido bom que os jovens Deputados do Partido Socialista minhas as palavras da Sr.ª Deputada Isabel Pires de Lima, tivessem feito uma opção fundamental para milhares e com muito gosto. milhares de jovens portugueses. É pena que os jovens Deputados do Partido Socialista tenham mostrado estar no O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Tem a palavra Parlamento para servir cegamente as políticas do Governo a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia. e o aparelho do PS e não servir jovens portugueses. É pena que tenham seguido cegamente a orientação de voto do A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presiden-Partido Socialista. Aliás, bastava que um dos tantos Depu- te, queria também, em nome do Grupo Parlamentar de Os tados da JS fizesse a opção de estar ao lado de jovens Verdes, saudar o Dia Mundial da Criança e informar a portugueses, em prejuízo da disciplina do seu partido, para Câmara e os jovens que assistem a esta sessão que o Grupo inviabilizar a teimosia do Governo nesta matéria. Parlamentar de Os Verdes entregará hoje, na Mesa da

Gostávamos que os jovens do PS não se limitassem a Assembleia da República, um pacote de legislação sobre imitar o Governo, mantendo uma atitude autista e distante questões de segurança infantil. da juventude portuguesa. É pena que os jovens Deputados do PS tenham tido um papel de mera «muleta» das asneiras O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Tem a palavra do Governo, não preferindo estar ao lado dos interesses e a Sr.ª Deputada Margarida Botelho. expectativas dos estudantes portugueses.

O PSD reconhece a necessidade de uma profunda mu- A Sr.ª Isabel Pires de Lima (PCP): — Sr. Presidente, dança na lógica curricular do ensino básico e secundário, aproveito, desde já, para saudar o Dia Mundial da Criança, e, como tal, o Partido Socialista, em conjunto com os estu- esperando que esta seja uma data em que se comemore e se dantes do nosso país, deveria caminhar num sentido posi- lute por constituir melhores condições de vida para o cres-tivo na construção de um melhor ensino no nosso país e cimento das crianças. levantar questões importantes para o debate.