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1 DE JUNHO DE 2001 25

todos os anos que já tive de estudo, tinha obrigação de, A revisão curricular não promove, por exemplo, um pelo menos, os perceber. período experimental nos 5.º e 6.º anos e, quanto a nós, em

Não estou, por exemplo, de acordo com a divisão entre vez de promover o interesse pelo estudo, promove a des-História e Geografia, que até aparecem misturadas no motivação dos alunos. Promove, ainda, a existência de mesmo livro na segunda fase do ensino básico. Penso que estudantes de 1.ª e de 2.ª classes. é uma visão interrompida da História, uma visão interrom- Enfim, há, de facto, um conjunto de questões em rela-pida da Geografia e que nunca poderá ter bons resultados. ção a esta revisão curricular que deveriam ter merecido

uma participação e um envolvimento efectivo de toda a O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Terminou o comunidade escolar para que se encontrassem soluções

seu tempo, Sr. Deputado. adequadas às carências e às necessidades dos ensinos bási- co e secundário. O Orador: —Penso que podiam, sobretudo, falar da Por outro lado, teria sido fundamental que o Governo

má qualidade dos manuais, porque também aí reside gran- do Partido Socialista tivesse em conta o que é a realidade de parte do insucesso que vemos à nossa volta. do nosso país. Ora, a realidade do nosso país é arrepiante

no que respeita, fundamentalmente, às condições do par-Vozes do CDS-PP: —Muito bem! que escolar. A este propósito, tive conhecimento, há relativamente O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Tem a palavra, pouco tempo, das condições em que funciona a maior

para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia. escola de Almada, a qual gasta cerca de 600 contos em água devido à grande degradação das canalizações, pelo A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presiden- que a perda de água é enorme, já que as estimativas de

te, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar de Os Verdes gastos determinam que 200 contos seria uma verba perfei-associa-se às pretensões expressas nesta petição. Ela, tal tamente suficiente. É o próprio Ministério da Educação como toda a luta que se tem feito em torno da revisão que dá cobertura a esta situação, mas, depois, recusa a curricular, é também uma prova de como este Governo é, realização de obras fundamentais nesta escola, argumen-de facto, avesso ao diálogo. Um Governo que propagan- tando que não tem dinheiro. deou a sua forma diferente de fazer política, onde o diálo- Portanto, de facto, há aqui uma má gestão, uma má go seria assumido plenamente, afinal promove uma revisão administração, uma política completamente avessa e errada curricular desta natureza sem envolver a participação dos relativamente às necessidades do nosso parque escolar, dos professores e dos estudantes, protagonistas, na verdade, da nossos estudantes, dos nossos professores e da nossa edu-comunidade educativa. cação.

A Sr.ª Isabel Pires de Lima (PS): — Tem ideia do que Vozes do PCP: —Muito bem!

está a falar? O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Srs. Deputa-A Oradora: —Tenho, tenho ideia do que estou a falar. dos, não há mais inscrições, pelo que dou por terminado o

A Sr.ª Deputada deveria ter também ideia e ganharia mais debate sobre a petição n.º 28/VIII (1.ª). se ouvisse aquilo que os estudantes e os professores dizem Os dois próximos pontos previstos na nossa ordem de relativamente a esta matéria. trabalhos para hoje, são as propostas de resolução n.os

55/VIII e 56/VIII. No entanto, informam-me que, em Con-O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem! ferência dos Representantes dos Grupos Parlamentares, ficou combinado que ambas serão votadas sem debate A Oradora: —Por outro lado, esta é também uma prévio.

questão que deita completamente por terra a paixão pela Assim, dou por encerrados os trabalhos de hoje. educação, que este Governo do Partido Socialista tanto A próxima reunião plenária terá lugar na terça-feira, propagandeou. Na verdade, fica-se sem saber como tratará dia 5, pelas 15 horas, e terá, além do período de antes da o resto quem trata assim uma paixão! ordem do dia, como período da ordem do dia a discussão

Estamos a falar de uma revisão curricular que promove da proposta de lei n.º 74/VIII, do projecto de lei n.º conhecimentos diferentes, com cargas horárias e distribui- 142/VIII (PSD) e da discussão conjunta das propostas de ções de horário por disciplina que são diferentes de escola resolução n.os 37/VIII, 43/VIII, 53/VIII e 57/VIII. para escola. Pensemos, pois, o que significa isto em termos Está encerrada a sessão. de avaliação final nas diversas regiões do nosso país.

Esta revisão curricular promove, também, as assime- Eram 12 horas e 25 minutos. trias regionais, porque bem sabemos que as condições das escolas divergem muito de zona para zona. Por Faltaram à sessão os seguintes Srs. Deputados: exemplo, o número de escolas existentes no interior não é igual aos das escolas no litoral, pelo que as opções por Partido Socialista (PS): diferentes cursos não serão iguais relativamente aos jo- Alberto Bernardes Costa vens do litoral e aos do interior. Estes últimos, aliás, por António Alves Martinho vezes, para poderem optar por determinados cursos, têm António de Almeida Santos de sair de suas casas ou, então, terão de optar por cursos Carlos Alberto Dias dos Santos que não desejariam.