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1710 | I Série - Número 030 | 11 de Dezembro de 2003

 

objectiva, que estamos perante uma verdadeira reforma, que enerva, naturalmente, a oposição, primeiro, porque é ambiciosa nos objectivos que traça, essencialmente nos timings de execução, mas, acima de tudo, porque é realista, exequível e está a resolver os principais problemas e flagelos da saúde, aparentemente irresolúveis por parte dos anteriores governos. Por isso, é caso para dizer que "pior do que o cego é aquele que não quer ver".

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - É o que se passa com o Partido Comunista, que prefere continuar agarrado a uma estratégia e a um modelo que disseram estarem esgotados a um modelo que faliu em vez de se ajustar às novas realidades do Serviço Nacional de Saúde e também, precisamente, às exigências dos utentes.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Só acredito em si quando conseguir que o Ministro vá ao hospital de Seia!

A Oradora: - O Partido Comunista preferia manter, naturalmente, o Serviço Nacional de Saúde no hospital, numa cama, internado, em coma, a morrer de esgotamento, para ir ao seu funeral! Nós, pelo contrário, preferimos interná-lo numa unidade de cuidados intensivos para o reanimar e o salvar. É esta a diferença entre os que querem continuar agarrados ao passado e os que querem optar por uma estratégia de desenvolvimento e de futuro.
A opinião generalizada era a de que o Serviço Nacional de Saúde estava esgotado e que um dos principais sintomas da doença era (e era um barómetro) as listas de espera - 123 000 doentes em lista de espera.
Hoje, passado ano e meio - e estes dados doem -, os números não enganam e são indiscutíveis: quanto ao tempo de espera, passámos de seis anos ou mais para apenas seis meses, o que, mesmo assim, ainda nos preocupa; quanto ao número, foram operadas 80 000 pessoas, o que, de facto, é um número significativo. São resultados verdadeiramente notáveis e animadores que nos levam a acreditar, Sr. Ministro, que estamos no caminho certo.
Porventura, esta era a reforma que o Partido Socialista adorava ter feito. Mas não fez, paciência; preferiu a política do ziguezague, do faz-de-conta. Fê-lo quando esteve no governo e hoje, na oposição, também não se entende.
Há uns meses atrás, quando os sinais da reforma começavam a aparecer, António Costa, o líder da bancada do Partido Socialista, dizia que o Ministro Luís Filipe Pereira…

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Sr.ª Deputada, já excedeu o seu tempo. Tem de terminar, por favor.

A Oradora: - … era um dos mais importantes ministros dos últimos tempos, em Portugal. Hoje, o Secretário-Geral do PS diz que a saúde vai pior.
Pensei que os portugueses iriam ouvir um pedido de desculpas da parte do Partido Socialista, mas não, infelizmente continua no seu pior, igual a si mesmo.

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Sr.ª Deputada, por favor, tem mesmo de terminar.

A Oradora: - Vou já terminar, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Oradora: - Por isso, Sr. Ministro, as questões que gostaria de lhe colocar são as seguintes: para quando a adopção da medida clara para resolver o problema das listas de espera, de forma a que, quando o período minimamente aceitável e clinicamente aceitável se mostre ultrapassado, se permita que os doentes sejam atendidos…

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Sr.ª Deputada, tem de terminar de imediato, caso contrário, ver-me-ei obrigado a desligar-lhe o microfone.

A Oradora: - Vou já terminar, Sr. Presidente.
Como estava a perguntar, para quando a adopção da medida clara para resolver o problema das listas de espera, de forma a que, quando o período minimamente aceitável e clinicamente aceitável se mostre