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1713 | I Série - Número 030 | 11 de Dezembro de 2003

 

que termine.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Quanto aos instrumentos, vamos titularizar, vamos criar uma espécie de título que o cidadão poderá utilizar, ele próprio, em qualquer hospital público, privado ou social.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr. Presidente, permite-me o uso da palavra?

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Para defesa da honra da bancada, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - E em que é que a bancada do PCP se sentiu ofendida?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr. Presidente, a bancada do PCP sentiu-se ofendida quando o Sr. Ministro da Saúde se referiu a ela como tendo "cegueira ideológica"…

Protestos do PSD.

… e como pondo preconceitos ideológicos à frente dos interesses dos portugueses.

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Tem a palavra, Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr. Presidente, o Sr. Ministro da Saúde disse, na sua intervenção, de forma, aliás, pouco elegante, porque não respondeu às perguntas concretas, que as propostas do PCP estavam ainda no século XIX.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Olhe, Sr. Ministro, não lhe vou dizer que a sua política e a política do seu Governo é que estão ao nível do 24 de Abril, tempo em que quem determinava as acções e as políticas do Governo eram dois ou três grandes grupos económicos, com destaque, por exemplo, para o Grupo Mello.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

O Orador: - Não lhe vou dizer isso, Sr. Ministro, mas a verdade é que há uma espantosa coincidência entre os interesses dos grupos económicos privados empenhados em progredir nesta área e as políticas que os senhores estão a aplicar.
O que lhe quero dizer, Sr. Ministro da Saúde, é que aquilo que os portugueses esperam deste debate, e foi por isso que trouxemos muitas questões concretas para esta discussão, é que o Sr. Ministro responda aos problemas que eles efectivamente sentem.
Sr. Ministro, não venha falar outra vez da aplicação de medidas que potenciem os genéricos, porque nós somos os únicos que, durante muitos anos, os defendemos sozinhos nesta Casa.

Risos do Deputado do PSD Patinha Antão.

Não é este o problema! Eu sei que o Sr. Ministro já entendeu isto, porque o Sr. Ministro não é pouco inteligente, não é este o seu problema! O que o Sr. Ministro tem de dizer, e diga-o de uma vez por todas, é se há ou não muitos portugueses que, por decisão do Governo na aplicação de um sistema de preço de referência e por decisão dos médicos que impedem a utilização dos genéricos, pagam mais pelos seus medicamentos. Existem ou não estes portugueses?! Estão ou não a pagar mais, nestas situações, pelos medicamentos?!
Há ou não mais portugueses, no total, em listas de espera para cirurgias?! Houve ou não um aumento das listas de espera?!
É a estas perguntas concretas que o Sr. Ministro tem de responder. E não venha, perdoe-me a expressão, com a sua cassete do preconceito ideológico do PCP,…