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1712 | I Série - Número 030 | 11 de Dezembro de 2003

 

O Orador: - Sr. Deputado, fizemos 80 000 cirurgias!

O Sr. João Rui de Almeida (PS): - Dê exemplos!

O Orador: - Portanto, isso é pura demagogia, pura demagogia!
Mas deixe-me dizer-lhe outra coisa, Sr. Deputado: em relação às listas de espera, também só não vê quem não quer ver, porque, de facto, além de realizarmos 80 000 cirurgias, grande parte da nova lista de inscritos foi criada por nós. Porquê? Porque aumentámos claramente as consultas hospitalares e, por cada 100 consultas hospitalares, em média - é o ratio do sector -, mais ou menos 10 pessoas têm indicação cirúrgica, o que significa que, das pessoas que entraram, no último ano, em lista de espera, mais de metade fomos nós que as inscrevemos, com o sucesso das consultas hospitalares.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Sucesso?! Em quê?!

O Orador: - Sr. Deputado, esta é a questão, o Sr. Deputado sabe disso tão bem quanto eu, e é demagógico dizer para a televisão o contrário!

O Sr. Afonso Candal (PS): - Isso é falso!

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Responda às perguntas!

O Orador: - Em relação ao problema das poupanças, Sr. Deputado, o nosso objectivo não é poupar dinheiro.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Não conseguem!

O Orador: - Já disse que o nosso objectivo não é poupar dinheiro mas, sim, dar melhores cuidados de saúde à população.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Também não conseguem!

O Orador: - Porém, isso não se consegue com o "deixa andar" e com o descontrolo que os senhores tinham, porque, desse modo, somos todos penalizados.
Os portugueses que me ouvem sabem que esta é uma questão de bom senso, sabem que isto é equilibrado! E o Sr. Deputado, quando tenta fazer passar a mensagem contrária, só se desprestigia.

O Sr. Patinha Antão (PSD): - É isso mesmo!

O Orador: - É apenas isto, Sr. Deputado.
No que diz respeito às dotações para os hospitais SA, tivemos um orçamento que, para nós, é um veículo, é um instrumento, é uma variável instrumental, cujo aspecto crítico é o de estarmos a dar mais e melhores cuidados de saúde à população até com menos recursos. Isto é que os senhores não querem entender! Dói! Dói, porque os senhores não fizeram!

O Sr. Patinha Antão (PSD): - Dói?! Paciência!

O Orador: - Sr.ª Deputada Ana Manso, muito rapidamente, quanto à nova medida, tencionamos colocá-la no terreno quando terminarmos a lista inicial, de 123 000 pessoas, o que significa que, no máximo, até Março de 2004, muito antes dos dois anos. E já conseguimos um grande objectivo, que foi passar o tempo de espera de 6 anos para 6 meses. Isto é essencial! O objectivo do Serviço Nacional de Saúde é não deixar que um português esteja em espera mais tempo do que o clinicamente aceitável. Este é que é o verdadeiro objectivo! E só tivemos um objectivo quantificado, porque os senhores do Partido Socialista nos deixaram uma lista de 123 000 pessoas, que esperavam há 10, há 9, há 8, há 6 anos.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): - Isto é que são dados objectivos!

O Orador: - Portanto, estes são os dados objectivos!

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Sr. Ministro, terminou o tempo de que dispunha. Peço-lhe