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1883 | I Série - Número 033 | 19 de Dezembro de 2003

 

europeias, o que podemos desejar, embora haja partes que não dependem de nós - uma oposição mais sensata, por exemplo, não depende de nós -, é força e coesão na maioria, com o nosso apoio incondicional, porque um bom ano para si e para o Governo será um bom ano para os portugueses.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Telmo Correia, permito-me fazer-lhe um reparo: com toda a franqueza, considerei excessivas algumas das palavras com que se referiu, na sua intervenção, a um antigo membro desta Casa, que foi também Primeiro-Ministro e Presidente da República.

Protestos do CDS-PP.

Isto, sem prejuízo da total liberdade das suas opiniões e da controvérsia que esta personalidade tem com o seu partido.
Em todo o caso, entendo que há determinadas expressões, cuja inclusão nas Actas não traz qualquer ganho ao Parlamento.
Era este o reparo que pretendia fazer-lhe, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, permite-me o uso da palavra?

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, obviamente, quero dar-lhe explicações, de modo a não permitir que, de alguma forma, a consideração de V. Ex.ª se possa sentir melindrada ou ofendida.

O Sr. Presidente: - A minha intervenção não tem carácter pessoal, Sr. Deputado, é uma questão institucional.

O Sr. José Magalhães (PS): - Perceba a diferença!

O Orador: - A sua sensibilidade, se quiser, Sr. Presidente. Não quero que a sua sensibilidade se sinta, de algum modo, ofendida.
Em qualquer caso, Sr. Presidente, quero dizer-lhe que tenho o máximo de respeito por toda a gente e que isso, de resto, faz parte da minha forma de fazer política. No entanto, o debate político obriga a que, quando um determinado tom é usado, a resposta seja dada no mesmo tom, sob pena de isso ser analisado e julgado como uma incapacidade de resposta de quem respondeu.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, recomendo-lhe que leia as declarações do Dr. Mário Soares e verá que não fui outra coisa senão suave e brando no que disse.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. José Magalhães (PS): - Suave?! Grosseiro!

O Sr. Presidente: - Quanto a suavidade e brandura, é óbvio que cada um tem a sua.

O Sr. António Costa (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para exercer o direito regimental da defesa da honra da bancada.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado pode concretizar a ofensa?

O Sr. António Costa (PS): - Sr. Presidente, a nossa sensibilidade será talvez maior do que sua, mas, tal como V. Ex.ª sentiu que as expressões empregues pelo Sr. Deputado Telmo Correia, relativamente ao Dr. Mário Soares - antigo secretário-geral do Partido Socialista, antigo Chefe de Estado de Portugal -, mereciam reparo, esta bancada sente-se ofendida pela forma como o Sr. Deputado Telmo Correia se referiu ao Dr. Mário Soares.