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2144 | I Série - Número 038 | 15 de Janeiro de 2004

 

O Sr. Presidente: - Como já tinha alertado, o tempo de que dispunha terminou.
Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Marco António Costa.

O Sr. Marco António Costa (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Honório Novo, muito obrigado pelas suas questões.
Gostaria de começar por lhe dizer que, obviamente, faz parte da vida democrática a divergência de opiniões e de pontos de vista.
Nesse sentido, quando o Sr. Deputado considera que vale a pena continuar a discutir as questões do TGV para tentar alterar uma decisão tomada por um Governo legitimamente em funções e democraticamente eleito, eu continuo a pensar que vale a pena apoiar a decisão do Governo, uma decisão que olha o País no seu todo e que defende, na nossa óptica, os interesses da região Norte, nomeadamente porque torna uma prioridade absoluta a ligação entre o Porto e a Galiza, criando, assim, uma condição competitiva para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, de que os senhores tantas vezes falam, mas depressa esquecem quando precisam de fazer outra abordagem.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado, permita-me também que lhe diga que é um pouco de mau gosto a análise que fez da intervenção que apresentei. Tenho a mesma legitimidade que o senhor a uma visão sobre os factos - aliás, a minha visão é alicerçada nos factos em si mesmo e se não o interpelei foi por uma mera opção que tem a ver com a razão de eu ter intervindo de imediato.
Sr. Deputado, há uma questão que é essencial. O Sr. Deputado poderá sempre adjectivar as intervenções e as nossas visões da forma que bem entender, mas há factos que não consegue ultrapassar, ainda que diga que se trata de uma descentralização tutelada. É que a Autoridade Metropolitana de Transportes que os senhores tanto defendiam existe. Como os senhores já não têm o argumento de que a Autoridade não existe, agora vêm com o argumento de que é uma entidade tutelada. Perderam o argumento de que não existe uma Autoridade Metropolitana de Transportes.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - É uma dificuldade que vão ter para o futuro. Lamento, Sr. Deputado.
É verdade que o Sr. Primeiro-Ministro esteve no Porto e que anunciou a criação da REFER norte e eu não ouvi uma única palavra sua sobre essa matéria. É verdade que o Sr. Primeiro-Ministro esteve no Porto e anunciou que a GabLogis sairia de Lisboa para ser instalada na Maia. É um facto. É uma verdade inegável!
O Sr. Deputado prefere sempre terminar as suas intervenções com alguns factos para fazer alguma mise-en-scéne em volta da sua intervenção.

Protestos do PCP.

Sr. Deputado, estou muito preocupado com os trabalhadores do Hospital de São João.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Não estamos no tempo da escravatura!

O Orador: - Mas o Sr. Deputado sabia que, em 1996, o Instituto de Emprego e Formação Profissional do Porto tinha 386 funcionários? Note bem: o Instituto de Emprego e Formação Profissional da região Norte, instalado no Porto, tinha 386 funcionários, em 1996. Sabe quantos funcionários tinha em 2001? Eu digo-lhe:…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o tempo de que dispunha esgotou-se. Faça favor de concluir.

O Orador: - … 931 funcionários. Esta é a lógica de emprego que o governo que nos antecedeu tinha relativamente ao País.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.