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3183 | I Série - Número 057 | 28 de Fevereiro de 2004

 

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Diogo Feio, muito obrigado também pelo apoio sem reservas que a sua bancada tem dado sempre à política do Governo nesta matéria.

O Sr. Artur Penedos (PS): - Não é bem sem reservas, mas está bem!

O Orador: - E faz V. Ex.ª bem em chamar a atenção para a economia real, porque, por vezes, muitos dos portugueses que nos escutam podem pensar que estes objectivos são meramente gerais e afastados da realidade concreta das suas vidas. E eu quero que os portugueses percebam que valeu a pena, que vale a pena,…

O Sr. Honório Novo (PCP): - Só os espanhóis é que o escutam!

O Orador: - … alguns sacrifícios no curto prazo para termos ganhos consolidados no médio e longo prazos.
Valeu a pena alguns sacrifícios, porque, corrigindo os desequilíbrios macroeconómicos, fazemos com que a nossa economia possa repartir numa base mais sã, é uma condição indispensável. E já começa a notar-se esse sinal de confiança precisamente porque as empresas procederam a reestruturações, estão hoje melhor preparadas e porque a solução não é, como V. Ex.ª disse - e bem - na sua pergunta, manter emprego inviável ou criar emprego artificial no Estado, a solução é ter a economia, nos seus princípios fundamentais, sã, as finanças públicas em ordem e continuar a promover as reformas para a competitividade da nossa economia.
Portanto, as prioridades são: produtividade, exportações e crescimento do investimento produtivo, já que nem todo o investimento é realmente produtivo,…

Vozes do CDS-PP: - Exactamente!

O Orador: - … porque, no período anterior, Portugal teve um dos investimentos mais elevados da União Europeia e nem por isso aumentou a sua produtividade; pelo contrário, Portugal perdeu, em termos de produtividade, na comparação com a União Europeia durante o período anterior,…

Vozes do PS: - Não é verdade!

O Orador: - … apesar dos altíssimos níveis de investimento público entretanto verificados.
Por isso, penso que hoje já há condições para que este discurso e esta acção sejam aceites e que temos as empresas focalizadas em ganhar quotas de mercado lá fora. Eu verifico isso, que este é o País real.
Alguma esquerda parlamentar reage sempre com incomodidade ao mercado de capitais, tem ainda aquela ideia de 1975, de que é tudo especulação, de que a economia capitalista é artificial, e esquecem-se de que isso traduz intenções de investimento, esquecem-se de que isso traduz uma racionalidade da nossa economia, que é condição para o seu desenvolvimento sustentável.
Por isso, estou absolutamente confiante, baseado em todos os números de que dispomos, de que a retoma já está aí.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Aonde?!

O Orador: - Compreendo, por razões meramente partidárias, que a oposição, que, algum tempo atrás, estava muito preocupada com o meu discurso, que diziam ser pessimista, esteja agora interessada sistematicamente em defraudar todas as expectativas positivas. Não deixa de ser curioso. Ou seja: não entenderam, quando estavam no governo, o que vinha aí e agora, na oposição, também não entendem a necessidade e a vantagem em reforçar o ambiente de confiança que, gradualmente, se vai consolidando no nosso país.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Só a verdade é que dá confiança!