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3284 | I Série - Número 059 | 05 de Março de 2004

 

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - A componente ambiental é fundamental para o futuro deste país, bem como a reserva de água, pois a água é o bem mais precioso com cuja falta a humanidade se vai debater nos próximos anos. Mas é também a componente turística e outras componentes correlativas que é preciso desenvolver.
Em torno do aeroporto, o road show efectuado veio dizer-nos que a componente manutenção poderá criar 4000 postos de trabalho, o que promoverá todo o desenvolvimento da zona envolvente.

O Sr. Presidente: - O tempo de que dispunha terminou, Sr. Deputado. Agradeço que conclua.

O Orador: - Termino, Sr. Presidente, perguntando o seguinte: como é que se pode compreender que tudo isto continue estagnado, Sr. Deputado?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Raimundo.

O Sr. Miguel Raimundo (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Rodeia Machado, o Congresso do Alentejo XXI, realizado no fim-de-semana de 14 e 15 do mês passado em Montemor-o-Novo, permitiu efectivamente que as diversas forças políticas com representatividade na região consensualizassem quanto às grandes questões que afectam este terço do território, o que me apraz registar.
Foi possível diagnosticar de forma comum os graves problemas que afectam o Alentejo: a escassez da população, o envelhecimento da mesma, a falta de água, a falta de investimento, a quebra da agricultura, a ausência de indústria ou a inactividade socioprofissional da população, em que uma grande parte vive de pensões de reforma ou de subsídios de desemprego.
Por outro lado, também foi possível detectar factores positivos no Alentejo: a qualidade e a cultura das suas gentes, o facto de se tratar de um território vasto com muitas potencialidades de desenvolvimento industrial, comercial, agro-pecuário, no sector do turismo ou da vertente cultural, o seu património rico e preservado e o sector do conhecimento onde pontificam a Universidade de Évora e os Institutos Politécnicos de Beja e Portalegre.
Também é verdade que foi comum ouvirmos dizer que falta uma estratégia global para o Alentejo, que é preciso captar investimento, fomentar o espírito empreendedor e promover a competitividade. Tudo isto é verdade!
É minha convicção que os responsáveis máximos deste país têm conhecimento bastante das nossas insuficiências. E a nós, alentejanos, que aí vivemos, não nos incumbe, de alguma forma, procurar melhores soluções?

Vozes do PSD: - Exactamente!

O Orador: - E, meus senhores, o poder local? As câmaras municipais alentejanas, de esmagadora maioria comunista ou socialista, não têm grandes e graves responsabilidades em toda esta problemática?

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Em vez de continuarem a ser os maiores empregadores dos respectivos concelhos, não seria mais vantajoso dedicarem-se a adoptar medidas que pudessem vir a fixar as suas populações, designadamente os mais jovens?

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Parece-me que a esta questão terá de ser respondido forçosamente que sim. É que toda esta situação não se resolve, como fizeram alguns que foram a esse Congresso, esporadicamente, exigindo que a administração central olhe para o Alentejo.
Pergunto, Sr. Presidente e Srs. Deputados: não é olhar para o Alentejo por parte do actual Governo a continuação, a excelente ritmo, de todas as vertentes do projecto do Alqueva? Tivemos oportunidade de constatar isto numa visita há pouco tempo realizada a esse empreendimento. O Alqueva vai finalmente regar, só a partir deste mês de Março, através da famosa Infra-estrutura 12, devido a erros estruturais que tiveram agora de ser reparados e de que é responsável o anterior governo socialista devido a inaugurações