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3543 | I Série - Número 064 | 18 de Março de 2004

 

Em primeiro lugar, porque diz ter, finalmente, a casa arrumada quando, na verdade, este Primeiro-Ministro leiloeiro já nada tem em casa que possa arrumar. Ficará para a História como o Primeiro-Ministro que vendeu Portugal a retalho, o Primeiro-Ministro "barateiro".

Aplausos do PS.

Depois, para quem elegeu o défice como desígnio nacional, nada mais dramático do que constatar que todos os anos ele bate à porta dos 5%. Vejam bem que até os bonecos do Contra-Informação deram conta desta graça, qual publicidade da Vodafone, rindo o "Furão", fora do carro, até mais não poder, sempre que a "Manuela" lhe repete que o défice é de 2,8%.

Risos do PS.

Em terceiro lugar, anunciou a retoma, o bem-estar, mas esqueceu-se de dizer aos portugueses que o desemprego continua a crescer, que atinge quase 0,5 milhão de famílias e que, durante Fevereiro, continuou a crescer à média de 100 novos desempregados por dia. No entanto, Sua Ex.ª o Primeiro-Ministro está contente porque o desemprego aumenta devagar, como quem morre devagar, mas morre, e como se isso para ele até fosse bom!

Aplausos do PS.

Dois anos depois é preciso dizer a verdade!
Por isso, era bom que o Governo dissesse a verdade sobre dois projectos estruturantes para Portugal:
Em 9 de Fevereiro, uma delegação de socialistas de Aveiro, Viseu e Guarda reuniu com o PSOE de Castilla y León, na presença de Jesus Caldera, porta-voz nacional. Com ele, em conferência de imprensa, anunciaram exigir aos governos dos dois países uma antecipação para 2010 do calendário para a ligação em alta velocidade entre Aveiro e Salamanca, bem como imputariam aos respectivos Governos uma inexistente componente, significativa, de investimento público.
Durão Barroso, na cimeira luso-espanhola da Figueira da Foz, com o pretérito José Maria Aznar, deitou foguetes, anunciando, com pompa e circunstância, a concretização da linha de TGV ligando Aveiro, Viseu, Guarda e Salamanca até 2015.
Acontece que, entre as propostas prioritárias para Portugal feitas por Durão Barroso à União Europeia, este projecto não só não aparece como desaparece e, por isso, nem tão-pouco foi abordado o financiamento que não existia. Durão Barroso omitiu tudo isto e já mandou o às vezes Ministro, às vezes vereador, Carmona Rodrigues começar a dizer na comunicação social que é tudo muito caro, que são precisos muitos túneis, ou seja, que não compensa e que nada vai ser feito.
Na Ota a estratégia é semelhante. Depois das indefinições lamentáveis de Valente de Oliveira "ora não faz, ora faz", Carmona Rodrigues começou por dizer que não ia fazer; depois de advertido, disse que iria fazer; mas agora, apanhando boleia do TGV, já vai dizendo que este investimento não justifica o outro. Até quando é que o Governo vai continuar a omitir a verdade aos portugueses? E até quando vai durar este comportamento de "barata tonta" assumido pelo Governo?

Aplausos do PS.

Dois anos depois é preciso dizer a verdade!
Tão grave como um Governo que não diz a verdade é um Governo sem autoridade e que põe o País a andar para trás, que não executa, que atrasa e que empata.
Sem autoridade, porque, por exemplo, perante o folhetim lamentável da TAP não consegue pôr ordem na casa. O Eng.º Cardoso e Cunha, que representa o Governo na TAP - diga-se de passagem, um despesismo desnecessário -, diz que o "Estado é um parceiro inútil, que o Governo não ajuda e que é preciso despedir mais trabalhadores".
O Administrador Fernando Pinto, pelo contrário, envolve os trabalhadores nos objectivos da empresa e procura prestigiar a companhia. Perante a notícia de êxito na exploração da TAP, em 2003, o Governo congratulou-se com o facto, enquanto o Eng.º Cardoso e Cunha, perante a mesma notícia, diz não saber de nada e desqualifica a empresa. O que decide o Governo? Nada! Disse ontem o Ministro Carmona Rodrigues, institucionalmente nessa qualidade - nunca se sabe! -, que não se passava nada, que tinha havido um empolamento de algumas afirmações, um fait divers, que as contas ainda não estavam prontas. Então por que é que o Governo se congratulou com os resultados que não existem?