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3622 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

O Orador: - Se a Sr.ª Deputada defende a desindustrialização do País, esse não é o nosso modelo; o nosso modelo é um modelo de crescimento e de riqueza,…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - À velha moda!

O Orador: - … naturalmente com respeito pelos valores ambientais.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminado o período de debate, vamos passar à fase de encerra-mento da interpelação.
Para usar da palavra, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, chamo à tribuna o Sr. Deputado António Costa.

O Sr. António Costa (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados e, muito em especial, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, permita-me que, antes de mais, na minha antiga qualidade de Secretário de Estado e de Ministro dos Assuntos Parlamentares, comece por lhe expressar pública solidariedade pela missão de sacrifício que hoje teve aqui de desempenhar.

Aplausos do PS e risos do PCP e do BE.

Exerci quatro anos essas funções sem ter uma maioria absoluta ao meu dispor e nunca, em qualquer um desses quatro anos, senti tantas dificuldades em enfrentar a Câmara, como as que hoje lhe pressenti.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Mas, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, façamos justiça: o senhor, hoje, não podia fazer melhor.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Melhor também era impossível!

O Orador: - Em primeiro lugar, porque o que, hoje, estava em causa nesta interpelação era a credi-bilidade do Sr. Primeiro-Ministro, e a defesa da credibilidade, essa qualidade pessoal e intransmissível, não é susceptível de delegação: ou é o próprio que dá a cara, ou ninguém pode dar a cara por nós!

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Fernando Pedro Moutinho.

Mas o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares também não podia fazer melhor. Todos lhe conhece-mos os dotes oratórios e a capacidade argumentativa, mas, como diz o povo, "contra factos, não há argu-mentos!"; os factos eram claros e o Sr. Ministro não tinha, nem podia ter, qualquer argumento.

Aplausos do PS.

Ouvimos, aqui, uma síntese da acção do Dr. Durão Barroso, antes de ser Primeiro-Ministro. Distrito a distrito, sector a sector, o Dr. Durão Barroso prometeu tudo a quase todos e nada cumpriu para quase nenhum!

Aplausos do PS.

Poder-se-ia dizer que o Dr. Durão Barroso teve promessa fácil em campanha quente, que o Dr. Durão Barroso, dois anos depois, aprendeu a lição, que, hoje, tem tino e sabe que só pode prometer aquilo que tem condições de poder cumprir.
Contudo, a verdade, a triste verdade, é que o Dr. Durão Barroso não aprendeu a lição.
Aqui, em Outubro, recordei ao Sr. Dr. Durão Barroso que, aquando da presidência aberta do Dr. Jorge Sampaio no distrito de Beja, o Primeiro-Ministro de Portugal prometeu que, durante o ano de 2003, entra-ria em funcionamento o aeroporto civil de Beja. Mostrei-lhe, então, uma fotografia que tirei sobre o