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4544 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

Fez bem, embora na última parte já lhe estivesse a "fugir a perninha" para onde não devia.
Nós não somos anti-Europa. O que somos é contra a submissão de Portugal aos ditames e aos burocratas de Bruxelas.
Em relação à revisão constitucional, continuamos a defender a posição de que a Constituição da República Portuguesa não deve ficar submetida à dita Constituição europeia.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Essa é a nossa posição. V. Ex.ª tem uma posição diferente, pois considera que a Constituição Portuguesa e Portugal devem ficar submetidos aos franceses, aos belgas, aos alemães, em Bruxelas e em Estrasburgo. Nós não temos essa posição.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Quanto às questões do alargamento e às questões económicas, não estou nada incomodado que o Sr. Primeiro-Ministro venha agora dizer, a um mês das eleições, que para o ano vai aumentar os funcionários públicos e que agora vai aumentar as pensões.

Risos do PS.

Repito: não estou nada incomodado! O que o senhor está a dizer é que os vai aumentar para o ano porque os andou a diminuir em 2002, em 2003 e em 2004!

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

O Orador: - Não nos venha agora dizer que foi devido ao levantamento do procedimento, pois já o podia ter feito! Posso demonstrá-lo agora, como o demonstrámos no debate orçamental.
Em relação às pensões, como se sabe, já em Dezembro tinham sido anunciados os aumentos de 4%, na altura, e de 2%, em Junho. Aliás, isso estava já na antiga lei de bases.
Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, nada de novo, a não ser a demagogia.

Vozes do PCP: - Essa também já não é nova!

O Orador: - O Sr. Primeiro-Ministro vem dizer que o que queremos é despesa. Não, não é despesa! O que queremos é o aumento do investimento, pois sem aumento de investimento, público e privado, não haverá alargamento do mercado interno, não haverá produtividade nem competitividade, Sr. Primeiro-Ministro. A Dr.ª Manuela Ferreira Leite pode explicar-lhe.
A Dr.ª Manuela Ferreira Leite ainda não conseguiu perceber que se pode "passear nas duas pernas", como disse, aqui, o Sr. Presidente da República. Não pode ficar "cega" com o Orçamento e não pode apenas escrever uma carta ao Comissário Solbes a dizer: "Meu Caro Pedro, no próximo ano vamos diminuir o défice."

Risos.

O "Pedrinho" não tem qualquer culpa por a senhora andar a "vender os anéis e as mãos"! E depois quem sofre as consequências são os trabalhadores, são os portugueses, é Portugal!

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Se o Sr. Primeiro-Ministro dissesse "Já ultrapassámos a Grécia", seria uma grande vitória de Portugal. Mas não, estamos em último lugar. Seria uma grande vitória se viesse aqui dizer: "Estamos a combater o desemprego". Mas não, o desemprego está a aumentar. Seria uma grande vitória se o senhor viesse aqui dizer: "Estamos a resolver o problema da Bombardier". Mas não, os senhores não o resolvem, estão caladinhos.
Quanto ao Iraque, o senhor continua com a posição submissa ao Sr. Bush. Não é aos seus aliados, porque os seus aliados na Europa, na Alemanha, na França e na Espanha, aqui ao lado, têm posições diametralmente opostas. O seu aliado único é o Sr. Bush. O Sr. Bush diz e o Sr. Primeiro-Ministro faz!

Vozes do PCP: - Exactamente!