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4545 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

O Orador: - Ora, nós estamos contra essa situação, como estamos contra o sorriso simpático e branco do Sr. Ministro da Defesa Nacional, que, em relação ao Sr. Bush, sempre estará ao lado de V. Ex.ª, em convergência. Nós não estaremos em convergência em relação ao Iraque nem em relação ao seu modelo económico, que é a razão do afundamento de Portugal e do atraso do País, com consequências muito graves para os portugueses.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Carvalhas, V. Ex.ª vem agora dizer que afinal não está nada incomodado. Mas que parecia, lá isso parecia!

Risos do PSD.

A verdade é que podemos hoje anunciar algumas medidas positivas, porque foi necessário passar por algum período de sacrifício. Qualquer pessoa entende, qualquer político sabe, qualquer português reconhece que se um governo pede sacrifícios o faz porque se tornam inevitáveis esses sacrifícios.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - E se quando o Governo começou a exercer funções, em 2002, pedimos sacrifícios aos portugueses foi porque a situação que encontrámos não era boa. Não será assim? Se a situação fosse boa não era necessário ter pedido esses sacrifícios. Por isso, quando, durante dois anos consecutivos, não aumentámos os funcionários públicos, a não ser os salários mais baixos, não foi porque o Governo tivesse algum prazer em pedir sacrifícios,…

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Enterraram a economia!

O Orador: - … mas porque a situação que encontrámos nos obrigou a essa política de rigor.
É isso que hoje nos permite dizer que vamos em 2005 aumentar os salários dos funcionários públicos, prosseguir a política de convergência das pensões, continuar a baixar os impostos para as empresas e iremos, até ao fim da legislatura, baixar os impostos sobre as pessoas.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - São boas notícias.
Ora, o que me parece, por vezes, é que a oposição fica triste com boas notícias para o País. É, de facto, extraordinário! Como aconteceu no caso do levantamento do processo da Comissão Europeia contra Portugal! Foi uma boa notícia para o País, mas a oposição ficou triste, ou incomodada, ou desconfortável com essa boa notícia.
Por isso, Sr. Deputado, essa é que é uma oposição cega. Cega é a oposição que não é capaz de reconhecer, apesar das diferenças ideológicas, alguns passos positivos. Os portugueses querem uma oposição que critique, se oponha, mas não querem uma oposição que já sabem o que vai dizer antes de abrir a boca!
Sr. Deputado Carlos Carvalhas, antes de o Sr. Deputado se levantar já toda a gente sabe o que V. Ex.ª vai dizer!

Risos do PS e do PCP.

Não é capaz de dizer algo positivo. Os senhores dizem mal sistematicamente! Não são capazes de reconhecer nada de positivo em nenhum governo, não é só neste! Desde os tempos idos de 1975, dizem "Governo para a rua! Governo para a rua!" - o meu, o anterior e todos os anteriores! E no próximo governo também vão continuar a dizer "Governo para a rua!" Os senhores não vêem que se cobrem de ridículo com essa posição?! Os senhores não vêem que não ganham qualquer credibilidade com essa posição?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.